CAPÍTULO XII

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Um disparo de bala cortando o ar, em direção ao céu, os fez estremecer juntos de forma súbita, com exceção do perseguidor que foi o autor de tal disparo acima de sua cabeça. Era apenas um alarme, totalmente inesperado, para os fazer ver que o tempo estava passando e que ele, impacientemente, não estava ali para delongas ou brincadeiras... Estavam pensando demais e demorando mais do que deviam para lhe obdecer. E o mesmo estava ali com um único propósito: Tinha que levar a garota...

Anastásia gritou se colocando a frente de Christian como se pudesse de alguma forma o proteger, mas continuava ainda sem manter contato visual com ele... com ninguém... as pálpebras estavam bem fechadas acentuando seu medo. Ela estava apavorada com o que ouvia e sentia que ficaria ainda mais se ela se permitisse ver... Christian suspirou sobressaltado sentindo-se honrado com tal ato, aquela mulher maravilhosa queria mesmo sendo humana, o proteger.

O quão mais perfeita ela conseguiria ser?

Christian agarrou a cabeça dela para proteger seu rosto contra seu peito. E cheirou suas madeixas achocolatadas. Tentando aliviar um pouco de sua aflição. Ela estava assustada, céus, muito assustada. E o pânico dela, por algum motivo misterioso, também o apavorava. Conseguia sentir tudo que ela sentia.

— Shihh vai ficar tudo bem, não deixarei que nada lhe aconteça, ele jamais tocara em você, eu prometo Anastásia... — Ele a tranquilizava, pronunciando palavras emboladas devido às presas afiadas amostra, se sobressaindo de seus lábios enquanto por um breve momento, ignorava seu inimigo de natureza com garras afiadas. Ele era totalmente sincero e convicto nas suas palavras... Ia protege-la, não importando os riscos ou o quão sanguinária aquela luta poderia ser. Não lhe importava que a mordida de um lobisomem fosse fatal para vampiros, ele só se preocupava neste momento em mante-la segura... Até mesmo de suas lembranças se for preciso... O que aparentava ser...

— Vamos poupar eu ter que machuca-la arrancado-a bruscamente de seus braços Grey. Solte a garota e me deixe leva-la. E talvez... Só talvez... Eu pense em poupar sua vida. Não precisa bancar o herói, tenho certeza que não é de seu feitio já que você não é humano. — Sugeriu em escárnio o lobisomem pronto para atacar a qualquer momento. Ele mentia, queria a cabeça de Christian como prêmio também. E tinha que levar a garota, ela representava perigo para os planos de uma certa pessoa... O homem o olhou fixamente e de repente, novamente deu um par de passos para frente. Christian via seu rosto claramente, inclusive a cicatriz na testa até a altura da buchecha e a pequena tatuagem em seu pescoço. Muito estranho, muito característico... familiar, mesmo sendo um lobisomem. Sabendo que o reconheceria se o voltasse a ver, ele pensou em seu plano. Não precisava matá-lo agora, não podia fazer tal atrocidade na frente de Anastásia, ainda que tenha que usar controle mental com ela. Era suficiente, por hora, apenas afugentá-lo e que seus homens se encarregassem dele mais tarde.

— Qual a finalidade disso tudo? Humm? O que você quer com ela ? Porque, infernos, você a quer? E quem o mandou? — Christian perguntou com indignação e uma estranha e passageira calma.

— É surdo? Eu quero apenas a mulher, simples assim e é tudo que posso dizer. Sem questionamentos Grey, as balas que tenho aqui não são de metal, a madeira revestida à cobre é bem mais dolorosa e destruidora para você. E não estou aqui para conversar, caralho! — Grunhiu o homem.

— Ela não é uma opção, cacete! — Retrucou Christian entre dentes.

— Então vou mata-lo. — Ameaçou desdenhoso.

— Não... Você não vai. Sabemos que sou eu quem estou em vantagem aqui. Você não é nada mais que apenas olhos brilhantes, presas e garras expostas sem a lua cheia. Ela quem te dá forças e hoje a lua é nova...

Um Vampiro Em Cinquenta Tons ( Reescrita )Onde histórias criam vida. Descubra agora