CAPÍTULO V

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Christian saltou de seu lugar quando uma batida abrupta alcançou fortemente sua audição sensível. Chamando sua atenção. Quem diabos estava batendo dessa forma tão violenta e desesperada, na sua porta? — Christian se perguntou internamente.

Meus irmãos e os meninos... Oh, claro! Só podia ser aqueles impacientes, ansiosos e severos...

Ele teria que ensinar aos seus irmãos e amigos boas maneiras. Então se deu conta de que estava chovendo muito, agora era compreensível a má educação, porém não tolerável, isso não lhes dava o direito de danificar sua, aparentemente moderna e muito cara, porta. Lamentariam por isso em um segundo. Ele já estava de mau humor e eles chegarem batendo na porta como bárbaros, não tinha a menor graça.

Ele abriu a porta com um puxão nada gentil, e instantaneamente proferiu em um tom rudemente ameaçador:

— Arranco a cabeça de quem estiver quebrando minha porta!

Uma pequena figura feminina com o cabelo castanho molhado e com a roupa ensopada caiu em seus braços desesperadamente. Como um anjo indefeso, parecia ter caído do céu... frágil e amedrontada com a asa que ele imaginara, quebrada.

— Oh graças a Deus. — Ela o agarrou em total desespero e suspirou levemente aliviada. — Me ajuda, por favor! — Suplicou com a voz embargada, em meio às lágrimas. Ele piscou algumas vezes, sem estender o que acontecia, mas estranhamente disposto a ajudar aquela jovem amedontrada e indefesa mulher. A voz suave feminina carregava uma extrema aflição que ele não podia jamais ignorar. Instintivamente preocupado com a aflição beirando o pânico da bela moça, seguindo seus instintos, ele instantaneamente a colocou para dentro de sua casa, olhando para todos os lados da rua deserta, buscando entender o que acontecia ali para que estivesse sob tamanho desespero e ao franzir o cenho confuso, pois tudo parecia estranhamente normal e nada suspeito, fechou a porta atrás de si.

— Obrigada! — Ela o soltou de seu abraço apertado quando ouviu a porta atrás de si ser finalmente fechada. Agora estava segura. O suave murmúrio de sua voz era quase inaudível, mas misturado com mais um verdadeiro e penetrante suspiro de alívio.

Ela levantou a cabeça e o olhou de uma forma inexplicável, parou subitamente o movimento de sua cabeça e paralisou em seu lugar, parecia hipnotizada ao fita-lo finalmente nos olhos, o que tanto chamou sua atenção nele, Christian não sabia... Mas buscaria averiguar. Os grandes olhos azuis arregalados e cobertos por vestígios suaves de lágrimas, foi o que mais lhe chamou a atenção nela, pois brilhavam como o céu estrelado, estavam pouco marejados e malditamente brilhantes. Era inegável dizer que a garota tinha lindos olhos, com cílios enormes que se encaixavam perfeitamente em seu rosto fino, alvo, delicado e levemente ruborizado, com suculentos lábios carnudos muito convidativos, de um vermelho brilhante e extremamente vivo. Mas não parecia usar batom algum. — Uau! — Ele involuntariamente suspirou pesado. Christian estava estranhamente encantado, com os olhos presos, vidrados na estranha garota. Sua blusa branca estava encharcada, e poderia ter ganhado qualquer concurso de camisetas molhadas sem nenhum esforço ou problema. Não é como se ele já tenha presenciado um, mas certamente estando assim seria uma candidata muito forte. Seu sutiã preto mostrava, de forma completamente tentadora, seus proeminentes seios fartos ao ponto de querer saltar do bojo: tamanho M, supôs. E então, com este pensamento, sua mente clareou, as coisas começando a fazer sentindo...

Ela era a stripper! — presumiu de imediato.

Claro! Ela tinha que ser a stripper. Assim, Elliot conseguiu uma stripper que se fizesse passar por alguém totalmente inusitado. Nesse caso, uma pobre donzela em apuros. Era convidativo, ele admitia, assim como também era muito tentador e diferente da habitual mulher policial ou da enfermeira, mas ainda assim, certamente não funcionaria.

Um Vampiro Em Cinquenta Tons ( Reescrita )Onde histórias criam vida. Descubra agora