CAPÍTULO XI

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Christian tornou a levantar seu olhar, direcionando-o ameaçadoramente para a mulher loira esguia à sua frente, que o olhava de volta numa postura provocativa e que ele odeia veemente, seus olhos ainda mantinham a cor vermelho vivo, as veias negras agora ameaçavam saltar abaixo de seus olhos a ponto de liberar o monstro nele em público. Mal conseguia controlar a transformação, mas tinha que o fazer, Anastásia estava vindo e não podia descobrir seu segredo, não assim, não hoje e não agora, talvez nunca, a julgar que o dia de amanhã era imprevisivelmente escuro, para ambos. Pôs as mãos no rosto, esfregando-a nos olhos. Em seguida buscou ligeiramente oxigênio para seus pulmões, sugando o ar pelo nariz e soltando pela boca, precisava se controlar, havia gente demais ali e não podia deixar Elena Lincoln lhe afetar, não mais... nunca mais...

Ergueu o olhar novamente, deixando seus ombros liberarem a evidente tensão sobrenatural, agora aos poucos conseguindo finalmente, para seu alívio, voltar a sua forma natural humana, com o olhar já posto a sua frente, ele se deixou a analisar melhor. Ela estava vestida extravagantemente num vestido vermelho, seu cabelo comprido ondulado, na cor loiro platinado, repousava artisticamente sobre seus ombros nus. O espartilho do seu vestido acentuava seus seios, e a cor vermelho escuro, complementava a cor do cabelo e da pele. Era impressionante, continuava uma vampira muito bonita, mas ele não se deixou enganar, não mais. Sentia raiva e nojo por tudo que ela disse e pela vergonha interna que o fez passar. Pela ira constante que tem lhe feito bloquear o seu desejo sexual, lhe posto num terrível mal humor por quase um ano e que lhe custou algumas vidas humanas devido ao excesso de raiva e sede de sangue quente tomado direto da veia.

— Ai amorzinho... — Ela ronronou sustentando seu olhar. — assim você me magoa, quando foi que você ficou tão malvado assim? Confesso que adoro!— A irônia e o falso tom magoado em sua voz era palpável. — E está um pouco tenso, não?

Christian cerrou a mandíbula e fechou os olhos brevemente, para se controlar. Lidar com Elena exigia dele muita paciência, algo que não era muito o seu forte.

— Nada que seja da porra de sua conta, Elena. — respondeu ele rudemente. — E você a essa altura, não deveria estar à caminho de alguma festa à fantasia em alguma parte do inferno?

Christian pegou a garrafa de água que o garçom lhe entregou e pagou por ela desviando por hora seu olhar de Elena.

— Definitivamente tenso. Assim é verdade o que me disseram, então? — Insinuou ela, com palpável divertimento.

Ele tornou subitamente a fita-la, lhe lançando um olhar penetrante, negando-se a sequer adivinhar, aonde se dirigia ela com sua insinuação.

— Vá jogar com outra pessoa, Elena. Você já deveria ter se dado conta que não me importa sua companhia.

— Uma vez desejava. De fato, procurava-me. Não se lembra?

Oh, ele se recordava muito bem, a memória nunca, por todos os infernos, lhe era falha. Mas não lhe diria isso. Não lhe daria esse gosto jamais. Ele com toda certeza do mundo, amaldiçoa constantemente o maldito dia em que a conheceu e os dias que estiveram juntos. 

— Não me recordo muito desse tempo, não se engane Elena, você nem foi tão importante, já que eu devia está temporariamente louco naquele tempo. Assim por que não segue adiante? Deve haver muitos homens ricos na cidade com quem não fodeu ainda. Ou tem feito seu caminho se deitando com todos eles? Eu não duvidaria...

— Pelo menos eles " levantam " . — Retrucou ela — Você por outro lado, soube que após terminarmos está com probleminhas... — Ele ouviu o leve estalar de sua língua no céu da boca. — O que é uma pena, para não dizer um tremendo desperdício, você sempre foi ótimo na cama, bem furioso, mas beeem ótimo...

Um Vampiro Em Cinquenta Tons ( Reescrita )Onde histórias criam vida. Descubra agora