Um Vampiro Em Cinquenta Tons ( Reescrita )

CAPÍTULO XXI

POV CHRISTIAN — Seus pensamentos  antes da suposta " mordida ".

Acreditem... É verdade quando digo que sou verdadeiramente muito forte, praticamente incansável, mas também é verdade que até os vampiros precisam repor suas energias após alguns "feitos", de certa forma, consumi-las. Você nunca está totalmente imune a isto, sendo assim... Começamos por aí! Afinal, você pode está, para todos os efeitos,  "morto", mas seu organismo continua precisando de "alimento" para sobreviver. No meu caso, como vampiro, sangue é o que, obviamente, me sustenta. E não era lá muito difícil de concluir que após gozar como louco por várias vezes seguidas, fosse de se esperar que embora eu pareça bem e externamente controlado, por dentro estou, gritando faminto! Um vampiro raramente está saciado, não há um limite de alimento, você nunca fica cheio, ou completamente satisfeito, apenas acomodado ao que por hora teve. A verdade é que quanto mais sangue, melhor e quanto mais você tem, ainda mais você quer ter e saciar-se por completo é algo "distante" de seu parâmetro. Realmente não há imposto um limite, não a um sinal de alarde que lhe indique PARE! A prova disso é que uma única gota de sangue durante o dia é o suficiente para te fortalecer, mas nunca em mil vidas, um vampiro se contentaria com apenas uma gota. Então sim, era um fato que eu estava alimentado, fazia poucas horas que um litro de sangue humano descia-me goela abaixo, eu estava acomodado ao pouco que tive, mas em nada saciado. Fisicamente eu estava bem, ofegante pela descarga de êxtase em meu corpo, mas em nada fraco! Embora um pouco cansado, ainda tinha a força de um trem de carga, mas em contrapartida eram as minhas veias famintas que se rastejavam aparentemente já exauridas, era a minha garganta que coçava e as minhas vísceras que exigiam por tal líquido quente e viscoso, mesmo que necessariamente, não era como se de verdade, neste exato momento, precisassem, mas ainda assim queriam! E ver uma artéria pulsando em meio ao ápice do meu prazer e a uma explosão de demasiado tesão e desejo, situação essa em que seus sentidos sobrenaturais estão totalmente sensíveis e vulnerabilizados, foi o que me deixou completamente atormentado! Era como esfregar um pedaço de carne na cara de um "leão faminto".

O descontrole repentino me deixou, então, cego... prestes a sucumbir e " segundos ", se transformou no único prazo que eu tinha para cair em si da irreversível burrada em que eu estava prestes a fazer e retomar as rédeas da situação.

Pois é... Segundos...

Um mísero e rápido período de tempo, suficiente para a execução de algumas coisas espontâneas, essenciais e aparentemente simples de nossa vida e insuficiente para outras mais complexas que você talvez poderia ter tornado simples e evitado, mas não o fez. E o que lhe restará para consertar a situação ou pelo menos contorna-la fora apenas tal curto período de tempo. Eu concluí que dois simples e míseros segundos são suficientes para um feito lhe fazer perder o controle totalmente, mas a grande pergunta é, após sucumbir e dá início a contagem regressiva para uma suposta execução, de quantos segundos precisamos para retomar as rédeas da situação antes que seja tarde demais, principalmente quando se é um vampiro?

... Eu não fazia idéia, até agora ousar em  por à prova!

            Uma vez, a muito tempo atrás, seguindo uma breve frase de Charles Chaplin — só que numa versão atualizada e reescrita — alguém me disse que:

"Cada segundo, embora pareça durar tão pouco, ainda é considerado tempo para mudar determinada circunstância, para sempre! Seja um momento importante ou uma situação embaraçosa. Quando se consegue compreender tal importância, quando você se permite ser rápido o suficiente para entender o que estás prestes a fazer ou a deixar de fazer, os ligeiros e muitas vezes tão irrelevantes e relativamente insignificantes segundos, podem se tornar muito valiosos e reverter uma situação aparentemente irreversível. Uma situação só é o que parece ser ou irá se tornar ser, se você não tentar muda-la enquanto pode, ignorando os poucos segundos que lhe resta e deixa-la realmente seguir seu propósito, bom ou ruim, a consequência será sempre fruto de uma escolha sua. "