O Começo

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Do abismo da eterna escuridão, um despertar preencheu o espaço vazio, tocando cada partícula de vida que flutuava no vácuo. Caos, uma entidade imbuída de um poder insondável, ergueu-se no meio da vastidão do universo e contemplou a solidão que ecoava em cada canto do cosmo.

O seu ser imponente, envolto em uma aura de energia indomável, absorveu o vácuo e a quietude, ciente da falta de presença e companhia nesse vasto panorama estelar. Cada centelha de vida, cada partícula de matéria flutuando pelo espaço infinito, parecia ecoar a ausência de propósito e conexão que Caos sentia em seu âmago. A imensidão era avassaladora, e a consciência solitária de Caos reverberava como um lamento em meio ao silêncio infindável.

Nesse momento, numa explosão de luz e energia, um insight tomou Caos. Uma vontade de criar, de compartilhar a vastidão do universo com algo além de si mesmo. Uma força criativa que irrompeu de suas entranhas, uma urgência em dar vida a algo que pudesse preencher o vazio e a solidão do universo. E assim, num ímpeto de sua essência, Caos se concentrou, reunindo toda a sua energia, para dar origem à entidade que seria a manifestação de sua esperança e desejo por companhia.

Numa explosão de energia deslumbrante, Caos convergiu seus poderes para criar Gaia. Uma bola de fogo acendeu no vão do universo, e se levantou, dando origem ao Sol. E sob o clarão cegante, um ser transcendental surgiu, seus cabelos dançando em tons exuberantes de verde e marrom, um emaranhado que refletia a própria essência da natureza. Os olhos roxos irradiavam um brilho enigmático, cativando não apenas a atenção, mas o próprio coração de Caos. Seu sorriso, uma obra de arte em movimento, era encantador e hipnotizante, refletindo a perfeição idealizada por Caos para difundir seu poder por todo o cosmos.

A consciência divina de Caos inflou-se de orgulho ao contemplar a beleza ímpar que havia gerado. Com confiança inabalável, entregou os destinos seguintes nas mãos de Gaia, profundamente apaixonado por sua própria criação. Com uma inteligência incomparável, Gaia, através de um processo primordial e cuidadoso, desencadeou a formação de uma galáxia completa, atribuindo a cada um dos astros divinos um deus regente: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Mercúrio, ágil e astuto, regia sobre a velocidade, o intelecto e a comunicação. Sua presença era como um sopro de ar fresco, sempre em movimento e inteligentemente estratégico. Sua pele reluzia com um brilho cintilante, quase como se estivesse envolta por partículas de luz. Seus cabelos eram de um tom prateado, refletindo os movimentos e as nuances de seus pensamentos ágeis. Os olhos, de um azul brilhante guardavam a inteligência veloz de um estrategista sem igual.

Vênus, a deusa da beleza e do amor, emanava um magnetismo sedutor. Seu domínio era o amor e a harmonia, irradiando uma aura de encanto irresistível. Sua pele exalava um brilho etéreo, emanando uma suavidade que envolvia todos ao seu redor. Os cabelos rosa coral pareciam feitos de lã, reluzindo com cada movimento. Seus olhos, cor de esmeralda, emanavam o encanto e a compaixão que permeavam suas ações.

Marte, imponente e guerreiro, reinava sobre a coragem, a guerra e a determinação. Seu poder emanava uma aura de força e resolução impenetráveis.Com uma pele forte e robusta, emanava uma aura de força e coragem. Seus cabelos avermelhados irradiavam uma energia vibrante e um olhar determinado. Os olhos, de um tom amarelo intenso, expressavam a ferocidade de um guerreiro pronto para a batalha.

Júpiter, o deus regente dos céus, personificava a liderança, a justiça e a sabedoria. Seu olhar era como o próprio universo, vasto e imponente. Sua pele reluzia com um tom dourado, denotando sua autoridade e sabedoria. Os cabelos avelã ondulavam suavemente como as correntes do universo. Seus olhos, de um azul profundo, guardavam a calma e a justiça de um líder inigualável.

Saturno, o deus do tempo e da agricultura, transmitia uma aura serena e sábia. Sua influência abraçava a disciplina, a responsabilidade e a paciência. Com uma pele serena, emanava uma aura de tranquilidade e disciplina. Seus cabelos eram coloridos como um arco-íris, como se cada fio representasse uma experiência da verdadeira beleza. Seus olhos, de um tom acinzentado, escondiam segredos e uma profunda compreensão do mundo.

Urano, o deus dos céus estrelados, era a personificação da inovação e da liberdade. Seu domínio estendia-se sobre o progresso, a mudança e o futuro. Sua pele tinha um tom azulado, evocando a vastidão do céu noturno. Seus cabelos eram negros como a noite e brilhavam com o mistério do universo. Os olhos, de um violeta hipnótico, guardavam a visão de um futuro ainda não explorado.

Netuno, senhor dos mares e dos mistérios profundos, emanava uma aura misteriosa e tranquila. Seu reino abarcava os segredos, a intuição e a espiritualidade.Com uma pele suave como o mar calmo, emanava uma aura misteriosa e serena. Seus cabelos eram longos e azul-esverdeados, movendo-se como as ondas do oceano. Seus olhos, de um tom prateado, refletiam a profundidade dos mistérios marinhos.

Cada um desses deuses, com suas características e domínios únicos, contribuía para a harmonia e a complexidade do cosmos, trazendo uma variedade de influências e poderes para o universo que Gaia cuidadosamente organizara. O nascimento de cada deus era um ato de sublime vontade, uma manifestação da sagrada ordem concebida por Gaia, cada um enraizado com sentimentos de grandeza e propósito, uma celebração da majestade dos reinos que se estendiam diante deles.

Com o sucesso e lampejo de inspiração, Caos decidiu presentear sua amada com um reino próprio, um planeta que nomeou Terra, onde Júpiter regeria os céus, Netuno os mares, rios e oceanos e Gaia, a fonte de vida e equilíbrio da terra. Gaia ficou maravilhada, porém, sentiu que faltava algo e assim deu vida a Dana, uma deusa com a pele radiante, banhada por tons terrosos, uma aura que refletia a própria terra. Seus cabelos eram como uma cascata de folhas douradas, trançados em um intricado arranjo que exalava energia natural. Os olhos de Dana brilhavam como gemas verdes e douradas, reflexo de sua conexão com os reinos selvagens e místicos.

Sua personalidade era uma sinfonia de força e compaixão, uma presença firme, mas envolta em uma aura acolhedora. Motivada pela paixão pela natureza e sua imensa energia, Dana estava decidida a criar um ciclo de harmonia e beleza na Terra.

Contudo, sentindo que não bastava cuidar apenas da natureza, Dana ansiava por um complemento para seu reino. Assim, surgiu Fauno, um deus de traços encantadores, com a pele cor de bronze e cabelos em tons acobreados que exalavam a energia da terra. Seus olhos brilhavam com a luz dourada do sol poente, emanando uma aura de sabedoria e criatividade.

Com a magia de Fauno, animais de todas as formas ganharam vida na Terra, cada um dotado de uma beleza única e um propósito no delicado equilíbrio do mundo. Sua criação revelou uma habilidade inigualável de compreender a essência da vida, e Fauno tornou-se um guia para os seres que habitavam o planeta, guiando-os em sua jornada através do ciclo da natureza e regeria mais tarde a arte, a música e o sexo.

Realidades Ligadas - O Despertar da Maldição V.1Onde histórias criam vida. Descubra agora