A Semente da Discórdia

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II

Mergulhado nos confins da escuridão e observando atentamente a relação entre os humanos e os seres celestiais, Lúcifer percebeu com mais cautela do que antes, que os arcanjos eram figuras poderosas e influentes no equilíbrio cósmico. Aproveitando-se disso, ele começou a sussurrar palavras de descontentamento nos ouvidos de alguns dos arcanjos, explorando suas próprias inquietações e desejos.

Lúcifer sabia que a chave para o seu plano estava na semente da discórdia plantada entre os arcanjos. Ele habilmente alimentou suas frustrações, incitando sentimentos de injustiça e dúvida em relação às decisões de Caos. Gradualmente, a lealdade dos arcanjos começou a se dividir, questionando as ordens do Criador.

Sob a influência sutil do Diabo, os arcanjos começaram a se afastar dos céus e da harmonia celestial, nutrindo sentimentos de rebelião e autonomia. O Príncipe das Trevas manipulou suas mentes, aproveitando-se das emoções conflitantes para distorcê-las, transformando gradualmente sua luz celestial em sombras do egoísmo e da ambição.

Cada arcanjo, seduzido pelas promessas de poder e liberdade, acabou sucumbindo às artimanhas de Lúcifer. Consequentemente, eles se voltaram contra a harmonia celestial, renunciando à sua lealdade aos céus e adotando novos papéis como os Príncipes do Inferno.

Lúcifer viu sua manipulação alcançar seu ápice quando os sete arcanjos, outrora emissários da luz divina, se tornaram líderes das hostes infernais, cada um governando sobre diferentes aspectos das trevas e dos pecados humanos.

Assim, a semente plantada por Lúcifer, regada por suas palavras tentadoras e incitadas pela insatisfação, cresceu até transformar os nobres arcanjos em sombras de sua antiga glória, redefinidos como os poderosos Príncipes do Inferno, alimentando os reinos das trevas e da tentação.


Realidades Ligadas - O Despertar da Maldição V.1Onde histórias criam vida. Descubra agora