A Rebelião

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Na manhã seguinte, o refeitório coven estava imerso em um clima de inquietação e expectativa. O ambiente estava animado, com risos e conversas permeando o ar enquanto todos saboreavam suas refeições. O clima parecia leve e descontraído, até que a porta do refeitório foi abruptamente aberta.

Diana, uma jovem bruxa de cabelos escuros e olhos intensos, trocava olhares preocupados com seus colegas. Ela carregava uma expressão de curiosidade misturada com uma ponta de receio, tentando entender o que estava prestes a desdobrar-se diante deles. Ao seu lado, estavam seus colegas de coven, cada um com características distintas que refletiam a diversidade mágica daquele espaço.

A porta do refeitório foi abruptamente aberta, interrompendo o ambiente animado. Um grupo de vampiros e lobos, figuras imponentes com olhares carregados de determinação, adentrou o espaço. Suas vestes refletiam uma mistura única de estilos, ressaltando as peculiaridades de cada criatura sobrenatural. A tensão, palpável no ar, fez com que o murmúrio cessasse instantaneamente, dando lugar a um silêncio expectante.

No centro desse grupo heterogêneo, destacava-se um bruxo com um carisma magnético. Vestia-se de maneira ousada, com elementos que desafiavam as normas do coven. Seus olhos faiscavam com uma mistura de determinação e rebeldia. Era o líder da rebelião, um personagem que irradia magnetismo e convicção.

— Companheiros e companheiras de magia, é hora de rejeitar as correntes impostas pelo Conselho! — Proclamou ele, sua voz ecoando pelo refeitório. — Dizem que covens compartilham conhecimentos, tradições e vivem em uma comunhão mística. Tudo isso não passa de um blá, blá, blá. Pois comunhão já vimos que é algo que não existe, principalmente quando há exclusão de uma parte desse mundo místico. E as tradições conservadoras já estão ultrapassadas.

A agitação nervosa se espalhou entre os bruxos, cada um exibindo características únicas em suas reações. Alguns observavam com curiosidade, enquanto outros mantinham olhares cautelosos.

No meio do refeitório, o bruxo rebelde liderava o levante contra a opressão do Conselho. O caos se instaurava, marcando o início de uma revolta articulada por bruxos rebeldes, que desafiavam abertamente o controle do Conselho e a subjugação dos vampiros e lobos. O refeitório, antes palco de refeições e convívio, transformava-se em um cenário de mudança, onde as escolhas de cada bruxo influenciariam o futuro do coven.

— A rebelião também está se consolidando nesse momento, ao Sul, Leste e Oeste. E já adianto, aqueles que permanecessem em cima do muro, consente coma s injustiças.

Diana, no epicentro desse momento, sentia o peso da decisão que se aproximava, seus olhos refletindo a indecisão diante do dilema que se desenrolava.

Nesse turbilhão, a Rainha do Coven do Norte, uma figura imponente com vestes que refletiam sua autoridade, adentrou o refeitório. Seu olhar sério e firme silenciou o ambiente por alguns segundos.

— Alerto aos presentes de que já informei o Conselho sobre a baderna, por tanto, exijo ordem.

Entretanto, os líderes da rebelião responderam com gritos desafiadores.

— Luta pela liberdade, ninguém vai nos calar! Bruxos, vampiros e lobos unidos, jamais serão vencidos! — O refrão ecoou no refeitório, ganhando força à medida que mais bruxos se juntavam ao coro.

O confronto entre a autoridade estabelecida e a busca pela liberdade fervilhava, transformando o refeitório em um campo de tensão e resistência.

— Isso não vai ficar assim. — A Rainha tentava falar em meio aos gritos. — O desrespeito às regras vai custar a vocês um preço alto.

A mulher sai à beira de surtos de raiva e o tumulto continua. Após alguns segundos percebendo que causaram rebuliço, vão parando gradualmente.  

Realidades Ligadas - O Despertar da Maldição V.1Onde histórias criam vida. Descubra agora