Piquenique Mágico

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Sob o sol brilhante e uma brisa suave, Diana, Dalila, Jully e Âmbar se reuniram em uma clareira tranquila nos arredores do coven para um piquenique. Estenderam uma toalha colorida no chão e arrumaram cestas cheias de quitutes mágicos.

Enquanto Jully preparava uma poção de suco de frutas em uma jarra, Dalila fazia malabarismos com pequenos feitiços para manter os insetos afastados, garantindo um ambiente tranquilo. Âmbar chegou trazendo um pote de compota de frutas e se juntou ao grupo.

As garotas se acomodaram em círculo, cada uma trazendo consigo histórias de suas jornadas mágicas. Diana compartilhou suas aventuras ao explorar novos feitiços, Dalila contou sobre uma descoberta empolgante que fizera nos corredores do coven, e Jully falou sobre a última lição de alquimia que havia aprendido.

— Achei bem interessante essa descoberta nos corredores do coven, vou querer que mostre depois. — Diana anunciou excitada.

— Humm... e quais são as suas intenções para essa excitação toda? — Dalila perguntou com sarcasmo. — O que os túneis subterrâneos despertam tanto nesse coração?

Diana se revela envergonhada e ao mesmo tempo entusiasmada.

— Só estou curiosa, nada demais. — Pegou um pedaço do bolo de chocolate que Dalila havia feito.

— Eu diria que tem nome e sobrenome. — Jully cutucou. — Porque vocês acham que ela anda tão distraída e repentinos sumiços.

Os olhos de Jully encontraram-se com os de Diana. Jully conhecia bem a curiosidade da garota, afinal, desde o início, ela estava acompanhando tudo e foi ela quem garantiu que a carta de Victor chegasse a Diana. E com o passar do tempo, Diana revelou-lhe que estava se encontrando com o vampiro. Num primeiro momento, Jully não gostou muito da ideia, temendo que algo terrível pudesse acontecer. No entanto, ver como Diana estava feliz enchia seu coração. Isso acabou fortalecendo o vínculo entre elas, fazendo com a relação evoluísse, criando um laço que as tornava parecidas como irmãs.

— O que está rolando aqui que não estou sabendo? — Âmbar perguntou curiosa.

— Nada de mais. — Diana respondeu desviando o olhar com um riso malicioso e envergonhando. — E você Âmbar... não tem nenhuma experiência para nos contar?

Âmbar, com uma expressão confiante, trouxe à tona uma história sobre como sua última experiência com um feitiço de proteção quase deu errado, provocando risadas entre as amigas.

— Acredite, foi um caos! — Âmbar riu. — Aquela proteção maluca quase transformou minha mochila em geléia de mirtilo!

Enquanto comiam, riam e compartilhavam suas experiências, uma sensação de companheirismo e apoio mútuo preenchia a atmosfera, dando um brilho especial àquela tarde de sol e magia.

— O mais engraçado é que, no final, acabamos sempre nos ajudando, não é mesmo? — comentou Jully, olhando para o grupo com um sorriso.

— É verdade, mesmo com todas as nossas diferenças, juntas somos mais fortes. — disse Diana, sentindo uma onda de gratidão pela amizade que tinham construído.

— Lembro quando Diana chegou aqui, coitada... Âmbar foi tão antipática. — Dalila trouxe à tona uma memória.

— Ah... não é pra tanto, só fui um poquinho. — Ela se defendeu aos risos.

— Você era tão insuportável que eu confesso que queria em alguns momentos te dar um tapas. — Diana comentou.

— Ah.. mas agora vocês não tem o que reclamar, eu melhorei poxa... — Afirmou risonha.

— Claro... o amor muda as pessoas, não é Âmbar?

— Não sei do que você está falando, Dalila. — Se fez de desentendida.

— Eu sei muito bem do seu novo casinho com o Alexandre.

— Aquele que senta sempre no fundo na primeira carteira à direita? — Jully enunciou.

— Ele mesmo. — Dalila respondeu.

— Em boca fechada, não entra mosca. — Âmbar arremessou um docinho em Dalila que acertou sua testa.

— Você me paga por isso.

Uma guerra de comida começou, risadas ecoavam enquanto bolinhos mágicos e frutas voavam pelo ar. Os quitutes flutuavam, impulsionados por pequenos feitiços travessos de Dalila e Jully, transformando a clareira num campo de batalha gastronômico.

Diana tentou se esquivar das colheres de purê de abóbora voadoras, mas não escapou de uma pequena chuva de chantilly. Rindo, ela se rendeu à brincadeira e, com um movimento com as mãos, criou um escudo de bolhas de sabão coloridas, desviando os petiscos com habilidade.

Enquanto isso, Âmbar e Dalila lideravam equipes imaginárias, usando frutas e biscoitos como munição, envolvendo-se numa batalha cômica e animada.

A tarde avançava, e com o sol se pondo no horizonte, as risadas deram lugar a suspiros de contentamento. As garotas recolheram os feitiços e encerraram a brincadeira, sentando-se para compartilhar momentos de tranquilidade.

— Foi divertido, mas agora precisamos descansar um pouco. — Dalila sorriu, ajeitando-se sobre a toalha.

Enquanto o crepúsculo coloria o céu, o piquenique transformou-se num momento especial de cumplicidade e confiança, fortalecendo os laços que uniam essas garotas tão diferentes, mas unidas por uma amizade verdadeira. Diana estava tão feliz com aquele momento e ocasionou que seus pensamentos voltassem para a fase que tivera no passado em seu coven anterior com Luiza, Mirela e Denise, ela sentia muita falta, contudo, com o passar do tempo ficou mais fácil. No início ambas trocavam cartas, porém, com o tempo e a correria as conversas se perderam e os assuntos morreram, fazendo com que no fim só houvesse lembranças. Entretanto, estava grata pelas novas amigas e sentia algo que nem nunca sentira antes.


Realidades Ligadas - O Despertar da Maldição V.1Onde histórias criam vida. Descubra agora