A noite bruxuleante estava envolta em magia e calor, com as bruxas do Coven reunidas em uma quermesse mágica. A atmosfera era repleta de risos, luzes cintilantes e aromas encantadores que permeavam o ar. No epicentro da festa havia estandes mágicos que ofereciam poções efervescentes, doces encantados e jogos de adivinhação.
No centro da agitação, uma fogueira mágica iluminava o ambiente, lançando faíscas coloridas que dançavam no ar. As bruxos, trajando suas vestes típicas, compartilhavam risadas enquanto desfrutavam da magia que permeava o evento.
Em meio à celebração, Diana e Âmbar se cruzaram, inadvertidamente causando um incidente. O quentão mágico que Diana segurava escapou de sua taça e caiu sobre as vestes de Âmbar. Uma onda de calor mágico emanou do líquido derramado, criando padrões de chamas multicoloridas.
— Desculpe, Âmbar, foi um acidente. Eu não quis...
— Um acidente? Você sempre estraga tudo! — Âmbar interrompeu Diana, seu tom elevando-se. — Eu juro que tentei uma trégua, mas, você não colabora!
O desentendimento começou a atrair olhares curiosos de bruxos ao redor. Jully, percebendo a tensão, se aproximou rapidamente, enquanto Dalila tentava acalmar Âmbar.
— Calma, Âmbar, foi só um pequeno contratempo. Diana não fez de propósito. — Jully tentava apaziguar a situação.
— Ah ela fez sim, ela adora chamar a atenção para ela. — Dalila colocou mais lenha na fogueira.
Enquanto isso, Jully tentava conter Diana, cujos olhos expressavam uma mistura de arrependimento e frustração.
— Vamos manter a calma, pessoal. Não precisamos estragar a festa. Diana, pede desculpas e vamos seguir em frente. — Jully buscava uma solução pacífica.
— Desculpa, Âmbar, eu realmente não queria... — Diana começou a falar, mas Âmbar a interrompeu.
— Chega! — Âmbar levantou suas mãos e começou a conjurar um feitiço de represália. — A lesma da terra eu invoco e em vingança eu transformo. Essa cara de docinho vai ficar com bichinhos...
Ao perceber a tensão escalando, Diana lançou um feitiço para bloquear a magia de Âmbar.
— Isolo e afasto. Reverta o ato. — Das mãos de Diana um clarão surgiu. E o feitiço voltou como elástico em direção a Âmbar, no entanto, ela foi rápida em seu desvio, mas, quem pagou o preço foi Dalila, cujo rosto se transformou em pelotas que pareciam espinhas que começaram a se estourar e sair larvas.
Âmbar com pavor e fúria, já estava levantando as mãos para um novo feitiço, mas, foi interrompida.
— Parem com isso agora! — A voz firme da Rainha Elvira ressoou, atraindo a atenção de todos. Ela se aproximou com uma expressão furiosa.
— Rainha Elvira, nós... — Jully tentou explicar, mas a Rainha a interrompeu com um olhar severo.
— Não quero ouvir desculpas. Em uma noite sagrada como esta, não tolerarei conflitos. — A Rainha dirigiu seu olhar para Âmbar, Dalila, Jully e Diana. — Ambas, para minha sala agora.
As bruxas murmuravam entre si enquanto se dirigiam, sob escolta mágica, para a sala da Rainha. Os demais bruxos observavam, cientes de que as consequências poderiam ser significativas. A quermesse mágica, que outrora pulsava com alegria, viu-se momentaneamente envolta em uma aura de tensão.
Na sala da Rainha Elvira, as quatro bruxas aguardavam em silêncio, cientes de que enfrentariam as consequências de suas ações tumultuadas. Elvira detinha uma expressão austera, fixando seu olhar em cada uma delas antes de começar a falar.
— O que presenciei hoje à noite é inaceitável. Num momento de celebração, vocês decidem transformar a quermesse mágica em um palco de rivalidades. Isso vai contra os princípios do nosso Coven. E já estou sabendo dos atritos anteriores, mas, dessa vez basta.
Âmbar, ainda com uma expressão furiosa, ousou falar.
— Diana sempre...
— Silêncio! — A Rainha a interrompeu com um gesto autoritário. — Cada uma de vocês desrespeitou as normas desta noite especial. Portanto, será aplicado um castigo exemplar.
Dalila começava a vomitar larvas naquele instante, deixando uma atmosfera de nojo o ambiente. Com uma expressão de nojo, Elvira fitou a cena por alguns segundos.
— Eu deveria deixá-la do jeito que está. — Suspirou fundo. — Entretanto, isso é completamente nojento. — Uma pausa se fez, e parecia uma eternidade. — Para a terra eu devolvo e a paz e harmonia eu germino. O rosto flagelado ficará desencantado.
Um clarão surgiu no rosto de Dalila dando vida ao que era.
— Resolvido um dos problemas, agora vamos para o que interessa. Pela a incapacidade de agirem com maturidade e respeito, vocês sentirão os efeitos da discordância. — A Rainha falou com uma voz que ecoava pela sala.
A Rainha Elvira começou a proferir um encantamento, envolvendo-as em uma aura mágica.
— Pelos elementos que dançam na esfera. Pelo cruzamento, a união se espera. Neste solo mágico, forças se revelam. Selo as almas, onde destinos se selam.
As vestes das quatro bruxas ganharam tons etéreos, e a atmosfera na sala ficou pesada com a presença da magia real. Diana, Âmbar, Jully e Dalila sentiram uma sensação estranha, como se estivessem sendo tocadas por uma força mágica invisível.
Com um estralo faíscas coloridas se desiparam no ar.
— Agora, como punição, ficarão temporariamente ligadas umas às outras. O que afeta uma afetará todas. Isso servirá como lembrete de que as ações individuais têm impacto coletivo. — A Rainha Elvira sentenciou.
— Vocês só serão liberadas quando aprenderem a colaborar e respeitar umas às outras.
Ela concluiu, deixando a sala com uma expressão que misturava desaprovação e esperança por uma mudança.
As bruxas, ainda sob o peso da sentença da Rainha Elvira, trocaram olhares pesarosos. O feitiço de ligação mágica começou a se manifestar, criando uma aura etérea que conectava cada uma delas. Uma faísca mágica brilhou, indicando que a punição estava em vigor.
Diana, Âmbar, Jully e Dalila sentiram uma corrente sutil, mas poderosa, unindo seus destinos. Cada movimento de uma era sentido pelas outras, e a compreensão de que suas ações afetariam não apenas a si mesmas, mas também suas companheiras, começou a se estabelecer.
A sala, agora silenciosa, testemunhava a tensão entre as bruxas, mas a esperança por uma mudança pairava no ar. Cada uma refletia sobre suas próprias atitudes, cientes de que a liberdade só viria com a verdadeira colaboração e respeito mútuo.
Enquanto a magia da ligação persistia, a Rainha Elvira, esperançosa por essa lição transformadora, confiava que as bruxas aprenderiam a importância da harmonia em seu coven.
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Realidades Ligadas - O Despertar da Maldição V.1
FantasíaPara Diana, ser uma bruxa sempre foi um desafio, mas nunca imaginou que sua vida mudaria drasticamente ao ser forçada a deixar seu coven de origem. Em meio a essa reviravolta, uma nova jornada se revela, repleta de eventos perigosos e emocionantes q...