O professor Sebastian conduzia seus alunos até um bosque encantado, onde a magia dançava entre as árvores e a luz filtrava-se suavemente pelas folhagens. O professor, com seu ar misterioso, revelou que o dia seria diferente e intrigante.
— Bem-vindos, jovens bruxos e bruxas, a uma aula especial. Hoje, enfrentaremos os desafios da Flor Dália. Uma atividade prática para testar suas habilidades e trabalho em equipe. — Sua voz ecoava, envolta em uma aura de mistério.
Os alunos murmuravam entre si, ansiosos pela novidade.
— Serão divididos em quartetos. — Professor Sebastian prosseguiu. — Cada equipe enfrentará os mistérios que a Flor Dália apresentará.
Ao formar os quartetos, Diana, Âmbar, Dalila e Jully foram sorteadas pelo professor e se viram destinadas a enfrentar os desafios juntas, uma coincidência que adicionou um toque de tensão ao grupo já ligado por Elvira.
— Ah, ótimo! Além de estarmos presas umas às outras, vamos encarar os desafios da Flor Dália juntas. Que dia maravilhoso. — Diana não pôde deixar de expressar sua frustração.
— Talvez, seja uma oportunidade para você aprender alguma coisa. — Âmbar, com um sorriso sarcástico, respondeu.
— Vamos manter a calma, pois eu não quero enfrentar as consequências do feitiço de Elvira por culpa de vocês duas. — Dalila afirmou.
— E nem eu. — Jully acrescentou.
Ao adentrarem o bosque uma atmosfera era impregnada com uma luz dourada, filtrada pelas folhas cintilantes das árvores que exalavam um aroma místico.
As flores dália, conhecidas por sua habilidade de personificar demônios, desabrochavam em várias cores, emitindo uma aura encantadora e ameaçadora ao mesmo tempo. As árvores possuíam entalhes mágicos que, quando tocadas ou encantadas corretamente, emitiam melodias mágicas, proporcionando orientação ou, em alguns casos, provocando ilusões que desafiavam a mente.
Trilhas se estendiam pelo bosque, mas algumas eram ilusórias, levando as intrépidas bruxas a encruzilhadas mágicas onde suas escolhas podiam alterar drasticamente o caminho à frente.
— Espere, eu li isso no livro para saber achar o caminho correto, precisamos... — Dalila tentava se lembrar.
— Eu li sobre isso também. — Jully concordou. — Vamos prestar atenção nos entalhes mágicos e nas melodias das árvores.
Diana, mesmo sob o fardo do desentendimento com Âmbar, assentiu, reconhecendo a importância de superar as dificuldades juntas.
— Certo, vamos nos concentrar. — Dalila sugeriu, iniciando o encantamento em uma das árvores.
Os entalhes começaram a brilhar e uma melodia suave preencheu o ar. No entanto, Âmbar, com sua típica atitude desafiadora, hesitou em seguir o caminho indicado.
— Eu não confio nisso. Vou pelo meu instinto. — Âmbar ignorou as orientações mágicas e escolheu uma trilha diferente.
Diana suspirou, mas Jully tentou manter o ânimo.
— Está bem Âmbar, vamos na sua dessa vez. — um com seu método. Vamos ver aonde isso nos leva.
À medida que avançavam, a ilusão do bosque mágico se intensificava, desafiando a percepção das bruxas. Sombras dançavam entre as flores, e a atmosfera vibrava com a magia das dálias.
— Isso está ficando estranho. — Dalila murmurou, olhando ao redor com cautela.
De repente, uma risada ecoou pelo bosque, uma risada que parecia sair das próprias flores.
— Bem-vindas, intrusas. Vejo que buscam desafios. — Uma voz etérea se misturava com a risada, revelando uma presença mágica.
— O que é isso? — Âmbar perguntou, ficando alerta.
— A Flor Dália possui consciência própria, provavelmente é um guardião do conhecimento oculto. — Jully explicou.
A risada continuou, e as bruxas sentiram uma mudança na atmosfera. Desafios mágicos aguardavam, e a colaboração entre elas seria essencial para superar as artimanhas do bosque encantado. O quarteto, mesmo com suas diferenças, precisava aprender a trabalhar em conjunto para desvendar os segredos que a Flor Dália reservava.
À medida que avançavam pelo bosque encantado, a risada da Flor Dália parecia guiar seu caminho. O terreno sob seus pés mudava, transformando-se em um mosaico mágico de cores e padrões. Cada escolha influenciava a trilha que se desdobrava diante delas, e a cooperação tornou-se crucial para interpretar os sinais.
— Acho que agora está mais do que nítido que devemos confiar na magia da flor. — Jully sugeriu, tocando suavemente uma das pétalas brilhantes.
A risada suavizou, indicando aprovação. Entretanto, Âmbar ainda mantinha uma expressão desconfiada.
— Não me agrada depender de uma flor para nossas escolhas. — Âmbar resmungou.
— As dálias são sábias, Âmbar. Devemos respeitar seu conhecimento. — Dalila aconselhou, olhando ao redor em busca de sinais mágicos.
Enquanto isso, Diana notou uma árvore peculiar com entalhes elaborados, indicando uma trilha menos percorrida. Ela decidiu explorar essa direção.
— Acho que há algo especial ali. Vamos verificar. — Diana chamou as outras.
Seguindo pela trilha menos óbvia, depararam-se com um lago sereno, refletindo a lua mágica que se erguia no céu. À beira do lago, uma figura etérea se materializou, revelando uma fada guardiã.
— Vocês buscaram além das trilhas comuns. Seu esforço será recompensado. — A fada sorriu. — Se preparem para a próxima etapa.
Em um clarão uma clareira se materializou e em seguida formou em envoltório de aura mágica das flores dália. O que parecia sereno ficou repleto por sombras, materialização de demônios com figuras animalescas que se misturam com insetos e animais se moldavam. O restante das flores vibravam com uma energia intensa, refletindo as sombras.
Unindo forças, elas invocaram a defesa aprendida em aulas anteriores.
— Isolo e afasto! — Proclamaram juntas, lançando um feitiço que criou uma barreira protetora ao seu redor.
O brilho mágico da barreira espalhou-se, criando uma rede de escudos mágicos.
Os demônios ilusórios, ao encontrar a resistência unida das bruxas, e aluz que emanava da barreira começaram a desvanecer, perdendo sua intensidade assustadora.
Com cada demônio derrotado, a clareira se iluminava, e as flores dália respondiam com uma melodia suave. A experiência, embora desafiadora, fortaleceu os laços entre as bruxas, transformando a clareira antes sombria em um espaço de triunfo e superação.
Ao final, elas compartilharam olhares de compreensão, sabendo que haviam enfrentado não apenas as ilusões mágicas, mas também souberam trabalhar em grupo .
Ao final da aula prática, o professor Sebastian desfez a magia dizendo algumas palavras, pois ainda havia aqueles que não conseguiram cumprir os desafios do bosque. Finalmente ao fim ele se aproximou de Diana, Dalila, Âmbar e Jully.
— Parabéns, bruxas. Vocês enfrentaram os desafios da Flor Dália com sabedoria e colaboração. Cada um de vocês teve algo único a contribuir. — O professor elogiou.
O feitiço que as ligava ainda permanecia. No entanto, agora elas compartilhavam não apenas uma ligação mágica, mas também uma compreensão mais profunda das complexidades de trabalhar juntas, aprendizado que se tornaria valioso em seus futuros desafios no Coven.
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Realidades Ligadas - O Despertar da Maldição V.1
FantasyPara Diana, ser uma bruxa sempre foi um desafio, mas nunca imaginou que sua vida mudaria drasticamente ao ser forçada a deixar seu coven de origem. Em meio a essa reviravolta, uma nova jornada se revela, repleta de eventos perigosos e emocionantes q...