Conflitos

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Os cabelos negros e cacheados Diana pareciam se deitar na profunda tristeza, enquanto seus olhos azuis profundos que pareciam refletir um universo inteiro de emoções e um rosto habitualmente radiante, agora, exibia marcas profundas de preocupação e dor. Apesar disso, sua expressão mantinha uma determinação inabalável, uma resiliência oculta sob a camada de dor que a consumia. O ar carregado de tensão pesava nos ombros da garota enquanto ela vagueava pela casa, tentando encontrar um pouco de conforto em meio ao caos emocional que se instalara. As sombras das cortinas dançavam no chão, ecoando a turbulência em sua mente.

Os móveis da sala pareciam estranhamente silenciosos, testemunhas mudas do desespero que a consumia. Cada objeto parecia carregar o peso da ausência iminente de seu pai. Diana sentou-se no sofá, seus olhos fixos no vazio, enquanto o eco da notícia ainda ressoava em sua mente.

Uma leve brisa entrou pela janela entreaberta, trazendo consigo o sussurro das árvores. Ela fechou os olhos, tentando em vão bloquear o turbilhão de emoções que a invadia.

Lembranças de momentos felizes com seu pai inundavam sua mente, contrastando dolorosamente com a tristeza do momento presente. Ela sentiu um aperto no peito, a sensação de estar se afogando em um mar de desespero.

De repente, o ambiente se transformou. Ela se viu no meio de uma floresta densa, os sons da natureza misturados a um silêncio assustador. Ao longe, vislumbrou uma figura familiar. Era seu pai, Roberto, cercado por uma aura de luz e proteção. Ele estava imponente, porém, uma melancolia pairava em seus olhos. Ele abriu a boca para falar, mas nenhuma palavra saiu. A expressão de tristeza em seu rosto dizia mais do que qualquer discurso.

Diana estendeu a mão, tentando alcançá-lo, mas ele se afastava cada vez mais. A angústia crescia em seu peito, o desespero a envolvia, e ela se viu gritando por socorro, por ajuda.

De repente, Diana despertou de seu transe, suas mãos tremiam. Lágrimas rolavam por suas bochechas, seu coração acelerado. A realidade do pesadelo a atingiu em cheio, deixando-a sem ar. Ela estava encurralada por uma sensação de impotência, sem saber para onde se virar ou como lidar com a avalanche de emoções.

Diana soluçou, sentindo-se perdida e incapaz de tomar qualquer decisão. O grito sufocado em seu peito ecoava no silêncio da noite, enquanto ela enfrentava o luto e a incerteza que agora pairavam sobre sua vida.


Realidades Ligadas - O Despertar da Maldição V.1Onde histórias criam vida. Descubra agora