Realidades Ligadas - O Despertar da Maldição V.1

Decisões

Seus pensamentos confusos faziam questionamentos diversos, pensamentos inquietantes que nem ela mesma conseguia compreender. No entanto, ela sabia que carregava em seu ventre um ser desconhecido, desconhecido... porque nem ela mesma sabia das consequências. Como prever o futuro de uma criança gerada da união de seres tão distintos? Uma bebê metade bruxa e metade vampira.

Apesar dos medos, Diana o amava por cada centímetro de seu ser. Pensar nele era pensar na mais bela das divindades, uma confirmação simples era ao entrar em contato com seu belo modo de tocá-la e pela doce voz que saía de seus lábios. Seus cabelos, cor de mel, tão macios, os olhos de coloração verde folha seca que, ao encontrar seus olhos azuis, invadiam sua alma, gerando não apenas um amor físico, mas espiritual, vindo do mais profundo de seu ser. De fato, a incerteza e o pavor a envolviam, contudo, sabia que com amor tudo poderia ser resolvido, e o amor por aquela criança em seu ser a dava ainda mais certeza.

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A noite parecia envolta em um manto tépido, permeando cada centímetro do ar com uma suavidade reconfortante. O céu, adornado por estrelas brilhantes, era iluminado pela presença serena da lua minguante, que lançava uma luz prateada sobre a trilha serpenteante entre as árvores. Cada passo da garota era apressado, impulsionado por uma ansiedade incontida para compartilhar uma novidade.

À medida que se aproximava da cabana escondida, esta começava a se revelar em meio à penumbra. Seus olhos azuis irradiavam uma felicidade genuína, enquanto uma brisa suave brincava com seus cabelos cacheados, como se tentasse acalmar sua expectativa crescente.

Com mãos trêmulas, ela avançou em direção à maçaneta, uma tensão súbita tomando conta de seu ser. Apesar do pressentimento sombrio, decidiu ignorá-lo. Ao abrir a porta, o que seus olhos encontraram dilacerou seus sentimentos, rompendo a bolha de felicidade e esperança que ela havia construído com tanto cuidado: seu amado estava em uma cena íntima com uma mulher desconhecida. Uma onda de dor dilacerante a invadiu, as lágrimas borbulhando nos cantos de seus olhos e o coração se despedaçando em seu peito, incapaz de suportar a cruel realidade. Sem forças para reagir, ela se viu correndo desordenadamente, tropeçando nos próprios passos, sua mente incapaz de processar o desastre emocional diante dela. Como alguém a quem ela tanto amava poderia ter feito algo assim? Como enfrentaria os problemas que agora se avizinhavam? Sentia-se perdida, sozinha e indefesa diante da traição daquele que julgava ser seu porto seguro. Ainda estava repleta pelo choque, seu coração não queria aceitar e entender tamanha dor.

A noite envolta em mistério seguia seu curso, a trilha iluminada pela luz prateada da lua parecia conduzir Diana a um lugar de revelações sombrias. Seus passos ecoavam na quietude da floresta, cada vez mais rápidos à medida que se aproximava da cabana oculta. O vento sussurrava, como se alertasse sobre uma ameaça iminente.

Subitamente, um rosnado gutural quebrou o silêncio. Hector, o lobo de pelagem negra e olhos faiscantes de ódio, emergiu das sombras. Ele a encarou com um ódio visceral, uma rixa antiga alimentando seu desejo de vingança contra Diana. Com garras afiadas e dentes à mostra, ele avançou com selvageria, determinado a atacá-la.