O Bar

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O Bar Mágico dos Duendes era um refúgio de atmosfera vibrante, iluminado por luzes coloridas e pontuado pelo som animado de risadas e conversas. Mesas esculpidas em madeira encantada ofereciam espaço para desfrutarem de suas bebidas mágicas enquanto observavam a dança de duendes animados entre garrafas de poções. O bar era uma tapeçaria mágica de culturas e seres sobrenaturais. Garçons duendes habilidosos deslizavam entre as mesas, equilibrando bandejas cheias de poções efervescentes e petiscos mágicos. Uma banda de fadas tocava uma melodia hipnotizante, adicionando uma trilha sonora ao encontro tenso.

Na outra extremidade do bar, uma área mais sombria, marcada pela presença de lobos e vampiros. Os lobos, com olhares intensos e posturas alertas, estavam agrupados, mantendo uma tensa trégua com os vampiros, cujos olhos rubros faiscavam com uma energia sobrenatural.

Âmbar, com suas vestes decotadas, se enturmou no meio de um animado grupo de bruxos que comemoravam o aniversário de Álvaro que havia convidado a sua sala para comemoração. Enquanto isso, na outra ponta da mesa Diana, Jully e Dalila observavam com cautela a dinâmica tensa entre lobos e vampiros. A rivalidade entre eles estava prestes a explodir quando um desentendimento anterior atingiu seu ápice.

Âmbar, envolta na atmosfera festiva e animada, dançava com graciosidade, os cabelos dourados capturando a luz das chamas mágicas que iluminavam o salão. Cada movimento era uma expressão de pura exuberância, atraindo olhares de admiração e suspiros dos bruxos ao seu redor. As luzes mágicas dançavam ao ritmo dela, realçando seu charme e elegância enquanto ela se movia com confiança pelo salão.

No entanto, a quantidade excessiva do Elixir Embriagante que Âmbar havia consumido estava a incentivando a brincar com perigo. Sua dança envolvente e animada inadvertidamente a levou para a área de tensão entre lobos e vampiros. Os olhares desconfiados dos lobos e os olhares ameaçadores dos vampiros mudaram a atmosfera da celebração para a iminência de um conflito.

Em meio a esse cenário, um rapaz de aparência mais ponderada se destacou. Ele se levantou com uma expressão maliciosa, aproximando-se de Âmbar. Um gesto inesperado seguiu-se quando ele estendeu a mão para ela, sugerindo uma saída para fora do salão. O convite, embora inusitado, carregava uma determinação que capturou a atenção de Âmbar, levando-a a aceitar prontamente, talvez motivada pelo Elixir ou pela curiosidade.

Enquanto Âmbar seguia o rapaz para longe do conflito iminente, Diana, Jully e Dalila observaram atentamente a situação. A troca de olhares entre as bruxas revelou uma compreensão silenciosa da necessidade de agir antes que a situação escalasse. Diana, engolindo seu orgulho, aproximou-se das companheiras, sugerindo uma aliança temporária para evitar um confronto direto, a resposta foi positiva, e sem hesitar foram em direção a porta, impedindo a passagem.

— A onde você pensa que está indo com ela? — Dalila questionou com seus olhos fixos no rapaz.

O rapaz de olhos vermelhos, revelando sua verdadeira natureza vampírica, encarou Dalila com desdém diante de sua pergunta. A tensão no ar tornou-se quase tangível enquanto ele respondia:

— Não é da sua conta, o convite foi feito a ela e não a você.

Âmbar, percebendo o perigo na situação, sentiu um lampejo de consciência atravessando a névoa do Elixir Embriagante que a envolvia. No entanto, antes que pudesse articular completamente seus pensamentos, Jully, ciente do perigo iminente, interveio:

— Âmbar, venha conosco.

Jully tentou puxar Âmbar para longe do vampiro, mas ele se manteve firme, resistindo aos esforços dela. A situação rapidamente escalou para um confronto direto entre as três bruxas e o vampiro, enquanto a atmosfera festiva ao redor dava lugar a uma cena caótica.

Os bruxos que antes festejavam começaram a se afastar do tumulto, percebendo a ameaça iminente. Por outro lado, vampiros que estavam na mesa, instigados pela agitação, começaram a se aproximar, criando uma barreira física entre as bruxas e a possível saída.

Diana, Jully e Dalila, apesar de sua habilidade mágica, enfrentavam um desafio inesperado. A magia estava tensionada no ar.

O vampiro, com um sorriso arrogante, estava determinado a levar Âmbar para fora do salão, enquanto as bruxas, guiadas por sua preocupação com a amiga, estavam decididas a impedi-lo.

A tensão atingiu seu ápice quando as faíscas mágicas começaram a dançar entre os envolvidos, indicando que a situação estava à beira de um confronto mágico. O restante dos presentes observava, curiosos e cautelosos, a cena que se desdobrava diante deles. O destino de Âmbar e o desfecho do conflito pairavam no ar, à medida que a rivalidade entre bruxas e vampiros se tornava cada vez mais evidente naquela noite tumultuada.

No entanto, um duende astuto, percebendo o perigo iminente, jogou um pó do sono nos vampiros e alguns cambalearam, facilitando uma confusão momentânea, foi então que ele se aproximou-se discretamente e sussurrou sobre uma passagem secreta nos bastidores do bar. Percebendo a oportunidade de escapar do confronto iminente, as bruxas, ainda com a barreira mágica ativa, seguiram o duende até o ponto de fuga.


Realidades Ligadas - O Despertar da Maldição V.1Onde histórias criam vida. Descubra agora