Os estudantes aguardavam ansiosamente na Sala de Artes Místicas, um espaço revestido por tapeçarias exuberantes e um tom de luz suave que criava uma atmosfera tranquila e misteriosa. O professor Adriel, conhecido por sua excentricidade e habilidades únicas, entrou na sala com uma expressão serena.
— Bom dia! — Ele saudou a classe com um sorriso enigmático. — Hoje, exploraremos uma área pouco convencional, a Arte da Criação de Egrégoras.
Os alunos trocaram olhares curiosos, alguns já haviam ouvido falar sobre o assunto, mas a maioria não sabia exatamente do que se tratava.
— Egrégoras são entidades coletivas, criações resultantes do pensamento e intenção coletivos de um grupo. Elas têm a capacidade de influenciar energeticamente o ambiente e as pessoas ao seu redor. — O professor começou a desenhar runas no ar, formando símbolos brilhantes que pairavam por alguns instantes. — Em outras palavras, são como entidades espirituais criadas pela vontade e energia combinadas de um conjunto de indivíduos.
Os olhares dos estudantes se iluminaram enquanto Adriel explicava os princípios básicos para a criação de uma egrégora, desde a definição clara da intenção do grupo até a manipulação das energias coletivas através de rituais específicos.
— Essas entidades podem assumir diferentes formas e propósitos, desde serem usadas para promover a união entre os membros de um coven até a proteção de um local sagrado. — Ele explicou, movendo suas mãos com graciosidade para enfatizar seus pontos. — Porém, é crucial entender que uma vez criada, uma egrégora se torna uma entidade independente, influenciando tanto o grupo que a gerou quanto o ambiente ao redor.
Os alunos estavam fascinados, cada um absorvendo as palavras do professor com grande interesse.
— Hoje, vocês terão a oportunidade de criar sua própria egrégora em grupos. Escolham com sabedoria a intenção e o propósito dela, e trabalhem juntos para dar vida a essa entidade. — Adriel sorriu, encorajando a turma.
Os estudantes se organizaram em pequenos grupos, discutindo fervorosamente sobre os valores, intenções e características que desejavam atribuir à sua egrégora. Entre as perguntas dos alunos, Dalila levantou a mão:
— Professor, como podemos garantir que nossa egrégora não se torne algo descontrolado ou negativo?
Adriel, com uma calma tranquilizadora, respondeu:
— É uma excelente pergunta, Dalila. A chave está na harmonia e no equilíbrio das intenções do grupo. Mantenham uma clareza absoluta sobre o propósito e os valores que desejam atribuir à entidade. Isso ajudará a guiar a criação para algo positivo e alinhado com seus objetivos.
Enquanto os grupos se dedicavam aos rituais, combinando suas energias e entoando encantamentos, uma das egrégoras pareceu ganhar um brilho excessivo, irradiando energia descontroladamente. A aglomeração de alunos olhou apreensiva para a esfera que pulsava de forma errática, emitindo faíscas multicoloridas.
— Acho que algo deu errado ali! — exclamou Jully, apontando para a esfera de energia descontrolada.
— Espero que dê para controlar. — Diana comentou e olhou para mbar que se encontrava aos risos pela situação.
O professor Adriel correu para ajudar o grupo, movendo-se habilmente entre os estudantes para estabilizar a egrégora, enquanto alguns alunos se aproximavam, oferecendo suas energias para ajudar a acalmar a criação. Depois de alguns momentos de tensão, a egrégora retornou a um estado mais controlado, mas todos estavam cientes da importância de equilibrar as energias durante o processo de criação.
Os alunos, ainda um tanto inquietos após o pequeno incidente, observaram as egrégoras com um olhar de mistério e admiração. O professor Adriel, agora com um sorriso tranquilizador, reuniu a classe para encerrar a atividade.
— Vejam, jovens bruxos e bruxas, vocês testemunharam algo valioso hoje. A criação de uma egrégora não é apenas sobre magia, mas sobre a responsabilidade que vem com o poder. É um lembrete de que nossas intenções moldam nossa realidade. — Adriel olhou para cada um dos alunos. — E, às vezes, é necessário um pequeno tropeço para aprendermos a voar.
Os estudantes concordaram com murmúrios de entendimento. A energia na sala estava diferente, carregada com a experiência compartilhada.
— Esse pequeno contratempo foi uma oportunidade de aprendizado para todos nós. A magia é uma força poderosa, mas é nosso dever usá-la com sabedoria e equilíbrio. Por hoje encerramos, agradeço o empenho!
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Realidades Ligadas - O Despertar da Maldição V.1
FantasíaPara Diana, ser uma bruxa sempre foi um desafio, mas nunca imaginou que sua vida mudaria drasticamente ao ser forçada a deixar seu coven de origem. Em meio a essa reviravolta, uma nova jornada se revela, repleta de eventos perigosos e emocionantes q...