O Baile

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O salão do coven do Sul brilhava com a luz suave das velas flutuantes e uma paleta de cores mágicas que se misturavam na decoração encantada. O baile, inicialmente calmo, estava repleto de bruxos e bruxas elegantemente vestidos, dançando ao som de uma melodia mística. As risadas e conversas preenchiam o ambiente, enquanto os convidados se perdiam nos movimentos graciosos e nos giros coreografados.

A atmosfera exalava uma magia sutil, fazendo com que todos se sentissem envolvidos por um encantamento único. A decoração exuberante consistia em flores luminosas e ilusões flutuantes que criavam um cenário etéreo. Os dançarinos deslizavam pelo chão em trajes extravagantes, suas máscaras adornadas refletindo a luz de maneira cintilante.

No centro do salão, Diana, envolta em um vestido de veludo negro e uma máscara dourada, girava suavemente com um misterioso parceiro, Victor, que estava elegantemente vestido para a ocasião, aderindo ao tom refinado e mágico do baile. Seu traje de gala consistia em um terno sob medida, combinando com a atmosfera sofisticada do evento. A jaqueta de veludo negro, adornada com detalhes sutis em dourado, proporcionava uma aura de elegância e mistério. A camisa branca, impecavelmente alinhada, contrastava com a escuridão do terno, conferindo um toque clássico e refinado ao seu visual. Uma gravata borboleta dourada, combinando com a máscara de Diana, proporcionava um elemento de harmonia e coordenação entre o casal, mesmo sob o véu do anonimato das máscaras.

Os sapatos reluziam em um polimento impecável, refletindo o brilho das luzes do salão. Cada detalhe em seu traje contribuía para uma presença marcante, criando uma imagem de sofisticação e, ao mesmo tempo, um certo ar de mistério que estava em sintonia com a atmosfera do baile encantado. Enquanto girava com Diana na pista de dança, Victor emanava uma confiança tranquila, adicionando um toque de charme ao evento, sem revelar sua identidade sob a máscara vermelha.

Enquanto a dança continuava, a agitação sutil entre os bruxos do coven do Sul tornava-se palpável. Silenciosamente, eles articulavam uma rebelião contra as políticas restritivas do Conselho, que reprimiam os vampiros e lobisomens. Alguns sussurros de insatisfação e olhares de desafio cruzavam o salão, enquanto os rebeldes planejavam o momento certo para tornar suas vozes ouvidas.

— Você parece familiar. — Disse Diana, intrigada enquanto era envolvida pela música e a dança.

— Talvez já tenhamos nos cruzado antes, quem sabe? — Respondeu Victor.

Nesse instante, os primeiros gritos de protesto ecoaram pelo salão.

Luta pela liberdade, ninguém vai nos calar! Bruxos, vampiros e lobos unidos, jamais serão vencidos!

A rebelião havia começado. Em meio ao salão, os bruxos do coven do Sul, juntamente com vampiros e lobos, ergueram suas vozes contra a repressão do Conselho. A atmosfera, uma vez festiva, tornou-se carregada de tensão e descontentamento.

Victor e Diana, ainda dançando, trocaram olhares de surpresa e entendimento. O baile que começara tão tranquilamente agora se transformava em um palco de resistência, onde os diferentes seres mágicos uniam forças contra a opressão.

De repente, as portas do salão foram abertas com violência, revelando um grupo de guardas do Conselho. Usando suas túnicas imponentes, eles irromperam no local, varinhas em punho, prontos para controlar a situação.

— Todos, cessem imediatamente! — ordenou o líder dos guardas, sua voz ecoando pela sala.

No entanto, a rebelião não mostrava sinais de recuar. Alguns bruxos lançavam feitiços em direção aos guardas, enquanto vampiros e lobos assumiam formas mais intimidadoras, prontos para proteger seus aliados.

Victor e Diana param de dançar e antes que o confronto fique mais sério, Diana solicita um pedido ao seu parceiro misterioso.

— Posso ver seu rosto?

Victor tirou sua máscara, revelando seu rosto marcante. Diana, ao observar seu semblante, experimentou uma leve surpresa, mas antes que pudesse reagir, Victor fez um gesto convidativo para que ela fizesse o mesmo. Com um movimento delicado, Diana retirou sua máscara, expondo sua expressão determinada. O vampiro abriu um sorriso, um entendimento silencioso passando entre eles. Contudo, Victor afastou-se, dirigindo-se rapidamente para se juntar aos bruxos, vampiros e lobos que estavam no centro do confronto.

Enquanto isso, Dalila, Jully e Âmbar, que inicialmente estavam observando a cena com curiosidade, decidiram agir. Âmbar foi a primeira a se juntar à batalha, lançando feitiços com maestria. Diana, Dalila e Jully trocaram olhares determinados e, sem hesitar, seguiram-na, utilizando seus conhecimentos mágicos para fortalecer os aliados.

Diana, imersa na batalha, sentiu a energia da rebelião pulsando ao seu redor. Seu coração batia forte enquanto ela contribuía com seus próprios feitiços para repelir a repressão do Conselho.

O confronto se intensificou. Os bruxos, vampiros e lobos, com uma colaboração surpreendente, conseguiram superar os guardas do Conselho. Feitiços e habilidades mágicas se entrelaçavam no ar, criando uma dança caótica de luz e sombra. Victor, agora ao lado dos rebeldes, ergueu a mão em um gesto triunfante quando percebeu que os guardas do Conselho recuavam, derrotados.

— Pela liberdade! — Um bruxo de cabelos vermelhos gritou, e a vitória ecoou pelo salão, uma mistura de comemoração e alívio.

Quando a poeira mágica finalmente se assentou, os rebeldes, agora unidos e fortalecidos, comemoraram sua conquista.

— A guerra está apenas começando. — Uma bruxa de cabelos roxos acrescentou, sua voz firme ecoando o sentimento de desafio no ar.

Os bruxos, vampiros e lobos se reuniram, unidos por um propósito comum, enquanto o Conselho recuava, ciente de que a rebelião havia lançado as bases para uma mudança iminente. A noite, que começara com um baile aparentemente pacífico, agora marcava o início de uma revolta que ecoaria através das linhas da história mágica.


Realidades Ligadas - O Despertar da Maldição V.1Onde histórias criam vida. Descubra agora