O Chocolate

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O ambiente era repleto de suaves cintilações mágicas, iluminando o salão suntuoso do Coven. As mesas estavam adornadas com velas que emitiam uma luz etérea, e uma aura de encanto pairava no ar.

Num canto, próximo a uma mesa repleta de doces encantados, Âmbar segurava um delicado chocolate adornado com detalhes dourados. A fachada amigável de Âmbar contrastava com a tensão que pairava entre elas.

— Aqui está, Diana. Um gesto de paz entre nós. — Âmbar disse, tentando parecer sincera.

Diana, alheia à trama que se desenrolava, aceitou o doce com gratidão, sem notar a malícia que envolvia aquele aparente ato de generosidade. O salão, com sua atmosfera encantada, servia como pano de fundo para esse momento carregado de intenções ocultas.

— Está bem, Âmbar. — Ela agradecida pela oferta, deu uma mordida no chocolate. — Acho que somos adultas o suficiente para encerrar essa rixa que não possui necessidade.

— Sim Diana, você tem toda razão. — Respondeu com um sorriso malicioso.

Os segundos seguintes despertaram um desconforto estranho em Diana. Uma sensação de mal-estar se espalhou rapidamente, e garota percebeu que algo não estava certo.

— Âmbar, o que você fez com esse chocolate? Estou me sentindo péssima. — Diana exclamou, agarrando sua barriga.

Âmbar sorriu de maneira sarcástica, revelando a traição.

— Apenas um pequeno feitiço para tornar as coisas mais interessantes. Acho que você vai precisar de um banheiro muito em breve. — Âmbar zombou, aproveitando o momento de vingança.

Diana, agora se contorcendo de dor, percebeu que a situação estava fora de controle. Ela rapidamente se dirigiu aos colegas bruxos em busca de ajuda, mas a dor se intensificou, tornando cada passo uma luta.

— Precisamos de uma fada mágica para reverter isso. — Jully exclamou, percebendo a gravidade da situação. — Âmbar, ela está ficando cinza, dessa vez você passou dos limites.

Beatriz que percebeu o tumulto chegou e imediatamente ficou assustada ao analisar sua filha.

— O que aconteceu aqui? — Ela questionou preocupada. — Você aí. — Disse para um bruxo loiro que fitava a cena. — Conjure um mensageiro para traga uma fada mágica especializada em cura de antídotos imediatamente.

Enquanto isso, Diana tentava suportar a dor, com Âmbar observando com satisfação.

— Você não sabe o mal que fez, esse feitiço é venoso. Se ela não for salva a tempo, pode acabar morrendo. — Dalila murmurou para Âmbar que agora mudava para uma expressão preocupada.

— Âmbar, desfaça isso agora. — Jully sussurrou nervosa.

— Eu não sei como desfaz. Eu encontrei um feitiço aleatório em um livro e não sei como desfazer agora. — Âmbar indicava uma voz trêmula.

Não tardou muito e a fada mágica chegou, ela imediatamente identificou o feitiço de laxante venoso mágico. Com suas habilidades, ela começou a reverter os efeitos, aliviando o sofrimento de Diana.

— Âmbar, esse tipo de comportamento é inaceitável. — A fada repreendeu, enquanto continuava a desfazer o feitiço.

— Mas...

— Não me venha com mas... Eu sei que foi você.

Âmbar, agora enfrentando a repreensão da fada e o olhar de desaprovação dos colegas bruxos, percebeu que sua tentativa de vingança tinha saído pela culatra. Diana, ainda se recuperando, lançou um olhar de desdém para Âmbar.

— Escute bem Âmbar, eu não sou de me meter nos assuntos particulares da minha filha, mas caso algo parecido venha acontecer novamente, a rinha será alertada. — Beatriz ameaçou com tom severo.

Âmbar apesar do receio se mostrou inabalável, jamais mostraria temor. E após a fala de Beatriz, após alguns segundos saiu do quarto de Diana.

Realidades Ligadas - O Despertar da Maldição V.1Onde histórias criam vida. Descubra agora