A fuga

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Ponto de vista de Arthur

Estar sozinho com ele é aterrador. Eu quero que ele esqueça o que se passou entre nós. Ou não? A minha confusão mental não me permite pensar com clareza. Mas ainda acho que o melhor a fazer é enterrar o que quer que eu esteja sentindo em relação ao meu chefe e tentar fazer o meu melhor no trabalho. Em último caso, eu peço demissão. 

- Por que está me chamando de senhor, Arthur? Me chame de Daichi. Quero ouvir você dizer meu nome. - Está tão quente aqui na sala dele...

- Eu... eu... é que... - o que é que posso dizer? 

- Arthur, se acalme. Respire fundo - Ele se aproxima de mim, coloca as mãos em meus ombros gentilmente. E aquela familiar corrente elétrica desperta cada célula do meu corpo, me fazendo estremecer. - Arthur, olha para mim. - E eu obedeço. 

Tenho certeza de que meus olhos me traem, mostrando a ele a minha alma desnuda, dando a ele vislumbres dos meus desejos mais secretos, das minhas dores e dos meus sonhos. Ele continua me olhando insistente, preocupado.

- Respire fundo, Arthur... está tudo bem. Eu só te chamei aqui para dizer que você não precisa se preocupar com o que aconteceu no sábado. Eu realmente quero que você se sinta bem aqui conosco.

As mãos dele continuam em meus ombros, massageando, me deixando sem forças, mas ao mesmo tempo cheio de fogo. 

- sr. Sato, quero dizer, Daichi eu... - Nem as palavras eu consigo articular corretamente. 

Ele me guia até um sofá no canto do escritório e me senta ali. Pega uma garrafa de água em um pequeno refrigerador e volta, sentando-se ao meu lado.

- Tome um pouco de água Arthur. Respire fundo. - Ele continua com a mão em meu ombro, massageando.

Droga!!! Enquanto ele me tocar eu não vou conseguir me acalmar!!! 

- Por favor... - E eu deixo o fogo me consumir. 

Eu me ajoelho no sofá, montado nele, e o beijo. Ele abre a boca, corresppondendo ao beijo faminto. Ele não tem apenas cheiro, mas também gosto de mar. Eu já não tenho controle sobre meus gemidos. Sinto suas mãos acariciando meus quadris e minhas coxas, enquanto minhas mãos percorrem seu tórax, indo direto para os botões de sua camisa. Eu o quero nu. inconscientemente começo a mover meus quadris, roçando-os em suas coxas. Sinto-o ficar rígido como eu. 

Separo nossas bocas apenas para começar a beijar seu pescoço. As mãos dele passeiam livres por meu corpo reavivando as sensações maravilhosas da nossa primeira noite. Meu corpo quer mais daquele calor, daquela proximidade, daqueles toques. 


Ponto de vista de Daichi

Eu percebi que ele estava tendo um ataque de pânico. Eu jamais imaginei que ele reagiria assim. Mas eu fui um inconsequente. Eu sabia que ele estava com o coração partido e portanto, mais suscetível às emoções. Eu devia ter me contido no sábado, ao invés de ir atrás dele como um adolescente cheio de hormônios. Eu falei com ele, fiz massagem, tudo para tentar fazê-lo se sentir melhor. Arthur, eu só quero poder cuidar de você... respira...

Então ele me surpreende. Monta em mim e me beija a boca, na mesma hora em que meu autocontrole sai pela porta. Quanto mais ele geme, mais louco de tesão eu fico. Minhas mãos passeiam por seu corpo. Ele é tão delicioso. Seus quadris se movem, roçando minhas pernas e meu membro fica tão rígido que estou desconfortável. Ele abre minha camisa para passar as mãos por meu tórax. Eu esqueço totalmente onde estou. Eu só quero possuí-lo de novo, e de novo, e de novo. 

Combustão (Livro 3 da Série Akai ito)Onde histórias criam vida. Descubra agora