PARA ENTRAREM NO CLIMA, OUÇAM A MÚSICA
Ponto de vista de Arthur
Quando voltamos à sala, Daichi não perdeu tempo e se sentou ao meu lado. Sua mão repousada em minha perna me dava uma sensação de segurança, mas também acendia meu fogo. Seu polegar se movendo em minha coxa de vez em quando, seu braço roçando meu corpo. Que vontade de beijá-lo.
Mais algumas horas nos presentearam com várias canções desafinadas e muitas risadas. Me fizeram subir ao palco mais duas vezes. Na primeira eu pude escolher a música. Então ataquei de romance de novo com "Slave to Love" de Brian Ferry. Eu tenho um fraco por baladas românticas dos anos 80, apesar de ter apenas 24 anos.
Na segunda vez foi Túlio quem escolheu, pois íamos cantar juntos. E me surpreendi com sua escolha. Ele me perguntou se eu sabia cantar em italiano e minha única experiência tinha sido com "Volare". Mas agora ele levou a coisa a um nível muito mais alto. Uma das canções italianas de maior sucesso, interpretada por Jimmy Fontana, "Il mondo". Eu não sabia que Túlio era um romântico. Mentira. Dava para adivinhar depois do sertanejo sofrência que ele e Seiji iam cantar. Pois é, eu acabei não ouvindo, porque estava fazendo algo muito mais interessante...
Até Laura e Carla resolveram cantar em dueto. Eu não posso dizer que estavam bêbadas, mas que estavam muito mais soltas e que os olhares que trocavam eram muito mais quentes, isso era óbvio.
Quando o pessoal do escritório resolveu ir para casa já passava da uma da manhã. Nenhum deles estava realmente bêbado, mas o álcool os deixava definitivamente mais divertidos.
- Carla, Laura, eu levo vocês em casa! - Seiji já está dando o braço às meninas para acompanhá-las.
- Gente, eu adorei isso!!! Precisamos fazer de novo!!! Só o Daichi não cantou hoje! Saiu fugindo e depois se escondeu... Daichi, da próxima você não escapa!!! - diz Carla, abraçada a Seiji.
- Eu prometo que canto na próxima! - Daichi diz com convicção.
Toya se despede me olhando estranho. Ele não fala nada sobre domingo. Mais estranho ainda. Enquanto isso, Milton apenas observa tudo calado com um sorriso no rosto. Aliás, um sorriso que me dá arrepios gelados.
Nos despedimos na porta do karaokê e sinto um braço em minha cintura. Eu reconheceria aquele toque em qualquer lugar.
- Vamos para casa? - Ele diz com a boca em meu ouvido.
- Sim, por favor. Eu estou morrendo de sono. Mal posso esperar para cair na cama... - E começo a caminhar para pegar o metrô.
- Como é que é? Você quer dormir? - Com duas passadas ele já está ao meu lado.
- Claro que sim! Você não?
- Eu... achei que...
Era muito divertido ver aquela cara dele de frustração. Estava óbvio o que ele queria de mim. E eu queria o mesmo dele, mas provocá-lo era mesmo muito divertido.
- Achou o quê, Sr. Sato?
- Arthur, eu já te avisei...
- O que? Vai me jogar no mar de novo?
- Pode ser. É o que você quer?
- Acho que prefiro ser castigado na cama, ou na areia da praia, ou mesmo no banheiro do karaokê... Ahhhhhhhh - Ele está com a mão em meu pescoço, massageando minha nuca de forma sensual e me arrepiando todo.
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Combustão (Livro 3 da Série Akai ito)
RomancePLÁGIO É CRIME! Estória original, escrita por mim, com personagens de minha autoria. Proibida a reprodução total ou parcial!!!!! Quando você vê seu primeiro amor se transformar em cinzas e todas as esperanças que você tinha desaparecem, o que você f...