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Helena: Bom, já vou indo.  Vou visitar a Hilda e dar um passeio por aí. 

Matilde: Ah, tudo bem, querida. Mande um beijo à Hilda por mim, por favor!

Helena: Mando sim, até logo! - diz e prepara-se para partir.

Helena trajetando o caminho ao hospital, pensa na mensagem que recebeu e sente que essa mensagem não foi engano e então tenta esquecer e pensa que deveriaser mesmo um engano, pois não faria sentido.

Chegando lá, Helena entra no quarto de sua irmão que acaba de sair do banho e conversam.

Hilda: A Helô esteve aqui ontem, super animada porque ela está pensando em viajar para Marrocos. Parece que ela vai ser voluntária para um MADA. Cê acredita nisso!

Helena: Ela esteve cá hoje?

Hilda: Não, ontem a noite. Conversamos bastante.

Helena: Aaah! Que lindo isso. Você não sabe como estou feliz por vê-la recuperada, voltando a ser ela própria. Mas também com a experiência terrível que ela teve, ela pode ajudar outras pessoas que passam pelas mesmas coisas que ela e talvez pior.

Hilda: Isso é verdade. Lembro que num certo momento, eu já não a reconhecia, não parecia a nossa irmazinha caçula, ela estava estrapulando demais. Mas graças a Deus que ela se recuperou, graças a Deus.

Helena: Hmhum...

Hilda: E o seu casamento com o César, hum? Como vai, vamos ter um nenenzinho a bordo já já? - diz brincando com a irmã.

Helena: Ah, o César... - faz essa carinha de apaixonada. - O César parece que tem magia dentro dele, ela me conhece tão bem, ele sabe todos os meus pontos fracos, as minhas tristezas, inseguranças, os meus prazeres, as minhas alegrias.... enfim. - suspira, reencosta numa cadeira próxima a cama de Hilda e morde a boca revirando os olhos de prazer. - Ele me enlouquece, tá tudo maravilhoso, eu quero mais todos os dias.... as vexes eu penso que como eu suportei ficar tanto tempo sem ele. O César tem a certeza absoluta que vamos ter um filho... mas....

Hilda: Mas.... mas o que, Helena? Você está insegura, sente que não vai conseguir ter esse filho?

Helena se aproxima da cama onde Hilda está deitada, senta-se na beira da cama e coloca a sua mão em cima da mão da sua irmã.

Helena: Eu não sei, minha irmã, eu não sei. Só sei que as vezes eu tenho uma confiaça, depois eu me lembro de tudo que aconteceu e..... - dá uma breve pausa. - Você sabe que não gostos de ilusões falsas e muito menos quando eu me iludo e depois dou com a cara no chão.

Hilda: Hmm! Não gosta de ilusões falsas, mas gosta muito de fantasias, né!

Helena: Eu tô falando sério, Hilda!

Hilda: E eu também! Helena, eu não estou te reconhecendo! Você sempre foi uma mulher que sonhava, fantasiava até as coisas mais picantes que qualquer mulher casada ou comprometida pensaria em fazer, que nunca desistia do que queria e lutava, lutava, como fez para reconquistar o César, até conseguir. Que tem força, garra, gosta de um bom desafio, dona de si, de personalidade forte, o que é isso, Helena! É  a primeira vez de toda nossa vida que vejo você assim, recuando, receando... - Se levanta até ficar totalmente sentada na cadeira, entrelaça os dedos das suas mãos aos dela e aconcelha a irmã. - Helena, não desite. Se até o César tem total certeza que vão ter um filho, que te dá esperanças, confiança e você está fazendo tratamento, tá tudo no seu alcance. Aproveita, não joge fora! Porque isso eu sei que você faz e muito bem.

Mulheres Apaixonadas- Helena e César depois do fimOnde histórias criam vida. Descubra agora