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Seon ON

Meus olhos me traíram quando minhas pálpebras vacilaram, eu não sabia ao certo que horas exatamente eram, mas eu sabia que talvez estivesse escurecendo, pois luzes amarelas foram acesas naquele imenso galpão. Meu corpo pinicava por causa da corda presa em minhas pernas e tornso, minha coluna doía por eu estar muito tempo parada em uma única posição horrível. Minha boca estava seca, eu sentia um sono tão grande que me assustava e para piorar, acho que estava começando ficar realmente ruim, pois o frio do fim de tarde estava se aproximando e eu iria congelar ali se passasse a noite naquelas condições. Caramba, estávamos próximos a estação fria do ano.

Eu me sentia cansada, fisicamente e emocionante, sem ter para onde olhar, sem ter como gritar por socorro, — Coisa que eu havia feito mais cedo até ficar com minha garganta doendo — muito menos o que fazer por mim mesma.

A pior parte de estar sozinha, é se sentir impotente o suficiente ao ponto de não conseguir se ajudar, esse para mim é o maior estágio da sólidão, e a parte que nem você mesma pode mais ouvir seus próprios gritos, e era desta forma que eu me sentia.

Mais uma vez, a única luz que eu tinha dentro de mim estava se apagando e eu estava começando a perguntar o porquê de eu ter que sofrer tanto assim. Por que o mundo era tão cruel e as pessoas tão más? Por que tudo tinha que ser tão doloroso e eu tinha que sentir tudo aquilo na pele sem nem ao menos poder curar minhas próprias feridas antes mesmo de ter que abrir outra?

Por que? — Eu sussurei com dificuldade sentindo minha boca seca. Parecia que meus lábios estavam rachandos e toda vez que eu os movia, sentia que no meio do meu lábio inferior estava ferido, pois ardia quando eu o movimentava e passava minha própria língua. Meu estômago estava doendo por causa da fome. Eu havia passado praticamente um dia inteiro sem comer, sem nem ao menos poder ir no banheiro ou me mexer.

Poxa, minha bexiga estava esplodindo.

Eu baixei minha cabeça sentindo minha coluna doer e dei um resmungo de dor, neste momento, eu escutei o maldito destravar das trancas daquela porta, e então, em um lampejo de esperança, eu levantei minha cabeça imaginando ser Baekhyun, mas não, não era ele, e sim uma mulher de cabelos rosa vindo em minha direção com uma bandeja na mão.

Areum.

Ao lado do portão estavam os guardas que já haviam sido trocados uma vez. Não eram os mesmos daquela manhã.

Areum se aproximava com a bandeja de metal enquanto eu olhava para seu rosto. Eu não conseguia ver tão de longe, mas dês de que pus os olhos nela, eu só conseguia me perguntar como ela estaria se sentindo naquele momento. Poderia uma das melhores pessoas que um dia eu conheci estar feliz em me ver daquela forma? Ela estava feliz fazendo aquilo? Havia alguma satisfação em ajudar pessoas como Nia para ela?

— Eu achei que te conhecia bem. — Me esforcei para falar enquanto piscava meus olhos que ardiam por causa do sono. Minha voz saiu estranha, mas em uma altura que apenas Areum poderia me ouvir por estar próxima a mim.

Ela olhou para mim e apertou os lábios em uma linha reta se sentando no chão, bem em minha frente. Foi aí que eu vi em sua bandeija. Havia Kimchi, uma sopa que eu acreditei ser de tofu e arroz, ao lado dos recipientes com os condimentos, havia um copo de metal e uma garrafa de plástico que contia água. Lá também havia utensílios de ferro para comer.

— Não basta me ver morrer aos poucos, Nia quer que eu morra de vontade também? — Eu perguntei fazendo uma careta sentindo mais um rachão se formar em meu lábio, dessa vez havia sido no lábio superior e eu rapidamente senti um gosto metálico.

— Ela não vai matar você. — Areum falou e eu a lancei um olhar que eu achava parecer um olhar de desdém. — Não de fome, nem de vontade, nem agora! — Disse firmemente e aquilo pareceu ser dito mais para ela do que para mim. — Trouxe comida e água. — Disse e abriu um sorriso pequeno ficando de joelhos em minha frente, mais ou menos na minha altura sentada naquela cadeira desconfortável e levou o copo de água em direção a meus lábios.

Eu podeira duvidar de que Nia estava tentando me envenenar? Talvez, mas naquela altura do campeonato, a morte nunca me pareceu tão atrativa.

Meu Deus, o que eu estava pensando.
Mas era a verdade. Minha verdade.
Maldita verdade.

Eu bebi a água morna que logo desceu pela minha garganta me molhando por dentro, depois daquele copo de água, eu bebi mais dois copos cheios e só parei por que Areum parou de me dar.

Deus. — Eu suspirei por estar sem ar por beber a água tão desesperadamente. Nunca achei água tão bom quanto naquele momento.

— Seon. — Areum me chamou e eu abri os olhos que nem havia percebido que estava espremendo. — Me Desculpe, eu não sabia que era você. — Seus olhos rapidamente se inundaram transbordando em lágrimas e seu nariz e bochechas ficaram vermelhos assim como em baixo de seus olhos. — Eu juro pela Madre Choi que não escolhi isso é não queria participar disso! — Falou e deu um soluço.

Meu coração doeu e meus olhos marejaram. Aquela era apenas uma máscara ou era a Areum que eu realmente conhecia?

— Por que? — Eu perguntei e ela abaixou a cabeça pondo o copo no chão. — Se não quer fazer isso por que faz? — Minha voz saiu embargada.

Ela negou com a cabeça.

— Eu amo meus pais, e eles me tornaram em tudo que sou, então eu dês de cedo acreditei que precisava retribuir de alguma maneira, por isso eu aceitei fazer parte disso, mas eu só cuidava do tráfico, até ter que ajudar Nishikado nisso. — Falou. — Eu não sabia que era você, e Deus sabe o quanto tá me doendo te ver aí, nessa merda dessa cadeira o dia práticamente inteiro. — falou baixo ainda chorando.

— O tempo está acabando Kobayashi, de logo essa comida e volte para seu posto. — Uma voz grossa ecoou pelo galpão fazendo Areum olhar por cima do ombro e acenar com a cabeça começando a me dar comida.

Aquele havia sido um aviso vindo de um dos segurança da porta.

Eu nunca achei arroz tão gostoso quando aquele em que estava na minha boca. Meu Deus, o melhor tempero era realmente a fome.

— Limpe suas lágrimas Areum, se não eles vão saber que nós conhecemos e que você me disse essas coisas. — Eu falei de boca cheia e ela passou as costas da mão nas bochechas secando suas lágrimas rapidamente

— Eu realmente sinto muito. — Areum foi sincera. — Eu não sei como, nem onde, eu só sei que não vou deixar Nia fazer o que esta planejando. — disse firme me dando agora uma colher de sopa.

— O que ela quer fazer? — Perguntei assim que engoli a sopa.

Ela olhou para os lados e disse: — Matar Park Hiun e acabar com tudo que ele construiu.

Cont.

Para aqueles que pediram, eu vós trouxe mais uma atualização no dia certo!

Lembrando que os dias das atualizações de EASY 2.0 são nos domingos e a autora aqui tá tentando fazer isso todos os domingos hihihi

E espero que estejam gostando, então, se você está gostando, não se esqueça de votar e comentar, isso me motiva muito para continuar trazendo esse casos de família para vocês.

É isso e até a próxima, beijos de luz da sua autora predileta (pode ser que eu esteja errada quanto a isso, mas vomas fingir que é verdade ;))

ᴇ ᴀ s ʏ : ɪᴛ ᴡᴏᴜʟᴅ ʜᴀᴠᴇ ʙᴇᴇɴ ᴇᴀsɪᴇʀ ⫷ ʙʏᴜɴ ʙᴀᴇᴋ-ʜʏᴜɴ ⫸Onde histórias criam vida. Descubra agora