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Byun Baek-hyun ON

Uma vez, em minha adolescência, eu perguntei ao meu pai do porquê eu me sentia estranho as vezes... Vazio...
Então, quando eu fiz aquela pergunta, ele me disse algo que eu nunca esqueceria na minha vida:

Ah dias em que você se sente vazio... E havera um dia em que você estará vazio...

E qual é a diferença?

Lembro-me que perguntei, porque para mim, não fazia sentido algum.

Ele afirmou com confiança, e mais uma vez, eu não conseguia enchergar a diferença.

Quem esta vazio não sente nada...

Por mais que eu fosse um pirralho, que não sabia distingui o que era emoçõe e o que era sentimento, eu nunca apaguei aquilo da minha mente.

Hoje, faz sete dias em que eu só vou na minha casa para tomar banho.
Hoje faz sete dias que eu estou praticamente sentado no mesmo lugar.
Hoje faz sete dias que eu sinto o vazio.
Hoje faz sete dias que eu entendi o que é estar vazio.

Eu simplesmente não sinto nada.
Fome, alegria, sono...

Eu não sinto nada. É como se eu estivesse anestesiado e no escuro, apenas esperando o meu sangue retorna a minha circulação, mas principalmente, esperando minha luz reacender.

Eu já não sei mais o que pensar, porque toca vez que minha cabeça me força a fazer isso, eu imagino o que poderia ter acontecido se tudo fosse diferente...

Seria realmente mais fácil se eu tivesse dito a verdade? A minha luz teria se apagado se eu tivesse dito a verdade?

Minha Seon estaria aqui comigo se eu tivesse dito a verdade?

Eu já chorei, já gritei, já fiz birra e chorei mais ainda, até meus sentimentos se esvarirem de mim, mas toda vez que eu me obrigo a pensar em como ela deve estar sentindo-se em relação a mim, meus ombros pesam como se quisesse cair de meu corpo por causa do peso da culpa que eu estava sentindo.

Na verdade eu ainda estou, só que no momento, até minha dor emocional está desistindo de mim.

Seon deve ter desistido de mim.

Enquanto eu estava ali, pensando em como tudo parece tão sem sentido sem ter ela ao meu lado, eu observei de longe uma movimentação a mais no lugar.

Eu estava na área VIP do hospital, foi alí onde o senhor Park fez questão de colocar Seon, ele só não a colocon quarto VIP PLUS porque não havia um disponível. É óbvio que o senhor Park exigiu um quarto daqueles enormes para Seon, mas realmente, todos estava ocupados.

Enquanto eu olhava para as pessoas que andavam por ali, todos entrando e saindo de leitos, eu vi que no fim do corredor a porta se abria.

A cor preta era evidente não só para mim, mas Também para um miupe sem óculos.

“Como não cahamr atenção daquele jeito?” — Pensei comigo mesmo.

O senhor Park vinha andando lentamente, todo engravatado e sério como de costume.
Ao seu lado estavam: Suho, Yangxi, Chanyeol, D.O e Kai.

Durante a semana, o senhor Park veio todos os dias até aqui, ele queria ter ficado no quarto assim como eu, mas o doutor Park não deixou, então, muitas vezes ficavamos na sala de espera olhando para o nada, e as vezes ele saia pela manhã para resolver coisas sobre a procura do maldito que possa ter disparado o tiro e algumas coisas da empresa, mas logo voltava e passava a noite aqui.

Eu sei não era só por isso que ele saia, mas também para falar com os policiais.

Sim, nós demos estrada no hospital, com uma bala enfiada na barriga da minha namorada, é claro que outros médicos suspeitariam e logo avisariam a polícia, mas como eu já disse, temos contatos em todos os lugares.

O senhor Park pagou muito bem a policial de Seul para fingir que realmente foi um acidente, e em relação aos médicos, nós temos contatos também, porque o dono do hospital deve muito dinheiro para a máfia, e bem, digamos que temos um médico em especial que é um dos nossos... Tem nosso sangue.

O nome dele é Park Chulmoo, e sim, ele tem sangue mafioso, assim como Chanyeol.

Eles são irmãos.

Como eu, o pai de Chanyeol é da máfia, e quando Chanyeol nasceu, Chulmoo já estava na terra a quase nove anos antes dele. Os dois cresceram sempre sabendo de quem eram filhos e de onde eles vinham, mas apenas Chanyeol quis continuar nessa vida, porquê logo Chulmoo disse ao pai que queria ser médico.

O pai não havia nem um pouco da ideia, mas depois de muita confusão, o pai dele cedeu e ate pagou os estudos do filho, mas só fez isso porque o mesmo fez o filho jura, que não importasse o motivo, ele sempre atenderia mafiosos.

E o filho, louco para seguir seu sonho aceitou.

Então, o senhor Park fez questão de chamar Chulmoo para cuidar de Seon, e por mais que pareça que ele não gosta da máfia, ele logo colocou o tratamento dela em primeiro lugar.

Não importa, mas quando se tem sangue mafioso, de alguma forma, você sempre seguirá a máfia, porque ela pode ter sua maldade, mas ela nunca te abandona.

Isso vale para qualquer ser-humano que tem esse sangue correndo um suas veias.

— Senhor Park. — O cumprimentei me levantando e fazendo reverência quando ele parou em minha frente.

Por mais que eu estivesse praticamente podre, eu precisava respeitar.
Ele ainda era meu chefe.

— Baekhyun. — Falou comigo com toda a calma. — Você já foi em casa hoje? _ Ele perguntou vendo o meu estado.

Os caras estavam ao lado dele, e eu sei que se eles não estivessem ocupados matando aquela pose, já teriam feito alguma piada.

Eu faria o mesmo.

— Não senhor. — Falei sem muita intonação.

Eu só queria ficar ali.

— Vá para casa, tome um banho e coma. Sua mãe está preocupada com você, e você sabe que todos nós estamos. — Ele disse colocando a mão em meu ombro. — Vá em casa Baekhyun, depois você volta. — Falou olhando em meus olhos.

Eu deveria ir, mas ela poderia acordar, e eu poderia não estar perto o suficiente ao ponto de poder ver minha Seon.

Eu ia abrir minha boca para falar algo, mas logo Chulmoo se aproximou nos cumprimentando.

— Boa tarde. — Ele falou com um tom sério de mais.

— Como ela está? — Perguntou o senhor Park enquanto apenas observamos aquilo tudo.

— Bem, a recuperação ainda está um pouco lenta, mas ela já está comendo, e a irmã dela ainda está com ela no quarto. — Falou de uma maneira natural.

Como assim Seon está comendo?

— Desculpe me intrometer na conversa, mas... Ela está acordada?

Cont.

ᴇ ᴀ s ʏ : ɪᴛ ᴡᴏᴜʟᴅ ʜᴀᴠᴇ ʙᴇᴇɴ ᴇᴀsɪᴇʀ ⫷ ʙʏᴜɴ ʙᴀᴇᴋ-ʜʏᴜɴ ⫸Onde histórias criam vida. Descubra agora