ᴇ ᴀ s ʏ : ɪᴛ ᴡᴏᴜʟᴅ ʜᴀᴠᴇ ʙᴇᴇɴ ᴇᴀsɪᴇʀ ⫷ ʙʏᴜɴ ʙᴀᴇᴋ-ʜʏᴜɴ ⫸

25 ✓

Como iria funcionar? Já sabia.

Eu me agachei com a maletinha em mãos bem a frente de Seon que estava sentada no vaso sanitário.
Ela parecia um pouco nervosa também, acho que também tinha medo de eu acabar machucando ela ou algo assim.

— Pode tirar a mão de cima. — Eu falei enquanto estava abrindo a maleta de curativos.

Ela não se moveu e nem fez nada para tirar a mão de cima, então eu olhei para seu rosto.

— Pode tirar a mão. — Eu falei novamente, só que agora um pouco mais baixo e fazendo contato visual.

A expressão de Seon estava tão distante que eu fiquei com medo. Será que ela estava bem?

— Seon? — Eu chamei.

Ela não estava assim quando me pediu ajuda. Tinha alguma coisa errada!

Seus olhos caíram em mim e então, como se tivesse acordado de um transe ou algo assim, sua mão começou a ser retirada de cima da ferida, e foi ai que eu pede ver como estava.

Estava inflamado. Muito inflamado!
Os pontos estavam em seu lugar certo mas a tonalidade esverdeada em um roxo estranho era totalmente anormal.

E com toda a minha experiência com ferimentos, aquilo provavelmente estava doendo.

Pra caramba!

— Seon... — Minha voz quase não saiu ao imaginar em como aquilo deveria doer.

Eu nunca levei um tiro. Mas eu tenho certeza de que deve doer muito.

[Coloque a música da multimídia]
(╥﹏╥)

— Doe tanto Baekhyun! — Sua voz de repente ficou embargada.

E quando eu levantei o meu olhar, seu rosto já estava molhado.

— Seon-A... — Eu falei já sentido os meus olhos começarem a arder.

— Dói muito, muito e eu não sei o que fazer. — Seon disse e depois disso, começou a chorar muito. — Dói tanto que as vezes parece que eu vou explodir!

Meu coração se apertou mais ainda.
Ela não merecia passar por aquilo.
Ela só queria encontrar o próprio pai e olha aonde está!

Ela começou a chorar em tão pouco tempo já estava soluçando e chorando tão alto que por um momento, para mim, aquilo já não parecia mais físico...

— Seon, aonde dói? — Perguntei já chorando também.

Ela praticamente deu um berro quando eu perguntei isso, estava realmente chorando como uma criança.

Seu choro parecia tão cansado quanto seu corpo.

— Aqui. — Ela levantou a mão até onde ficava seu coração e então desabou mais e mais naquelas lágrimas que parecia estar a muito tempo guardadas. — Meu coração oppa, ele dói tanto que eu já pensei em arrancá-lo. — Parou para soluçar. — Mas se eu arrancá-lo, o oppa Baekhyunie vai embora também. E por mais que eu queria te odiar, eu não consigo!

MAS QUE PORRA, QUE MERDA MAS QUE AAAAAAAAAH!

— Seon-A, me desculpa! — Eu falei pouco me importando se estava chorando eu não. — Me desculpa por mentir e por ter ajudado a esconder a verdade! — Eu falei chorando feito uma criança também.

Ela não respondeu nada, muito menos eu disso algo nos próximos segundos. Só ficou nós dois chorando feito duas crianças.

E foi assim em longos segundos até eu escutar sua voz ainda embargada pelo choro surgir no eco dos nossos choros dentro daquele banheiro.