E ainda estava eu, sentada no colo do Baekhyun, descansando minha cabeça em seu ombro enquanto o abraçava. Não importava o quanto eu mentisse para mim mesma, os braços de Baekhyun sempre seriam o melhor lugar do mundo para mim.
Ele me anestesiava das dores que me eram causadas mesmo ele tendo mentido para mim. Mesmo eu ainda tendo pontos em minha barriga e estivesse sentido minha pele se repuxar por estar sentada daquele jeito, eu conseguia ignorar aquilo porque eu sabia que era ele.
Falando assim nem parecia a Seon de duas semanas atrás, com raiva de tudo e de todos, mas algo em mim me dizia que eu precisava enteder algo e antes que eu quebrasse o nosso silêncio de minutos, Baekhyun fez isso primeiro.
— Seon-A, precisamos conversar. — Sua voz saiu baixa e rouca e ignorando tudo o que o simples som de sua voz me fazia sentir, dei um sinal com a cabeça que ainda em seu pescoço para que ele continuasse.
Os barulhinhos do porquinho Lexos soavam sobre o recinto cada vez mais alto eu e Baekhyun naquele momento só conseguiamos prestar atenção em nós mesmos, como se ali fosse o centro da terra...
— Eu só preciso que escute, é só o que eu preciso. — Explicou de uma maneira simples e mesmo sem saber o que seria dito, assenti novamente com a cabeça na curvatura de seu pescoço.
Baekhyun tinha um cheiro tão bom.
— Eu nasci dia 6 de maio de 1992, em Wonmi-gu, um bairro de Bucheon. Sou filho único e tive uma infância feliz ao lado do meu pai e da minha mãe. Minha mãe sempre foi amorosa, e meu pai sempre foi o cara mais passiente do mundo, e um dia, nós tivemos que nus mudar para Seul... Eu tinha onze anos. — Seu tom era baixo e calmo, e eu ainda estava ali, apenas vendo sua mandíbula mexer quando ele falava. — Nós vinhemos para cá por causa do trabalho do meu pai... Eu sempre soube de onde eu vinha e com o que meu pai trabalhava, então, quando viemos para Seul, eu fiquei muito feliz porque sempre quis conhecer onde meu pai trabalhava e como era a capital, me lembro do primeiro diaa aqui, meu pai fez Bibimbap¹, me lembro que comemos sentados no chão e nossa mesa foi a caixa do fogão virada para o lado porque as coisas ainda estavam empacotadas.— Disse e então eu vi um sorriso se alargar em sua boca. Ele parecia recordar tudo aquilo com uma vividez. — Eu passei minha adolescência aqui, e como de costume, quando temos... — Eu não que ele queria evitar falar a palavra, mas mesmo assim disse — Temos sangue mafioso, nós começamos a acompanhar nossos pais dês de muito cedo, e a primeira vez que vi o senhor Park, eu tinha onze anos... Ele era mais novo que hoje e bem gentiu, ele me deixou ir com o papai para a casa dele e enquanto ele estava trabalhando, eu ficava lá olhando para o nada, até que um dia um garotinho chamada Park Chanyeol foi aparesentado a mim junto com o irmão dele, Park Chulmoo também ia e nós as vezes brincávamos de jogar basquete com uma bola que Chanyeol levava. Jogávamos na quadra que havia perto da garagem e então começamos a ser amigos e depois os outros meninos nos conhecemos depois. Uns tem sangue mafioso, outros decidiram entrar nessa vida quando já estávamos mais velhos e eu... Bom, eu decidi seguir os passos do meu pai e quando eu completei dezoito anos eu fiz o juramento da máfia, do qual eu deveria defender e acreditar. — Falava e seu tom estava começando a perder a macietos.
Arrumei uma posição melhor para minha cabeça em seu ombro e então senti suas mãos realizarem pelas minhas costas, ele estava me fazendo carinho enquanto eu escutava tudo pacientemente.
Eu não conseguia enteder como o porquê das pessoas escolherem viver assim, mas eu acho que enquanto ouver essa tradição, isso nunca será mudado, a não ser que a próxima geração de mafiosos seja como o Doutor Park que aparentemente desistiu de seguir os passos do pai e do irmão.
— Como você conseguiu? — Perguntei agora me ajeitando para ficar frente a frente com ele. — Como teve certeza de que era isso que queria? — Perguntei descansando as mãos em seu peito. Naquele momento, eu via as expressões de Baekhyun por completo e ele não parecia mais o Baekhyun feliz de alguns momentos atrás que estava me pedindo um beijo.
Uma tentativa de sorriso surgiu em seu rosto mas logo desapareceu, de longe podia ver que estava trabalhando mentalmente a forma que iria falar comigo e escolhendo as palavras que iria usar.
— Sabe quando a gente vê essas crianças de filmes que querem ser como seus pais? — Disse que sim com a cabeça — Esse era eu até os meus vinte e dois anos. Eu admirava meu pai muito e meio que cresci escutando ele falar da linhagem da nossa família e o como nós éramos bom de mira e então, eu logo decidi isso. — Falou e então eu assenti meio que entendendo que aquela era a realidade de Baekhyun.
Afinal, quando somos criança e temos alguém que cuida bem de nós e nós ama, nós — mesmo que sem querer — nos espelhamos nesta pessoa. Eu sabia e entedia o porquê daquela escolha tão espelhada no pai de Baekhyun, eu também sabia o que era se espelhar tanto em alguém para querer seguir os próprios passos dela, mesmo eu tendo crescido sem pai nem mãe, eu ainda tinha a Madre Choi que cuidava de mim tão bem que até meus quinze anos de idade eu tinha quase certeza de que seria freira. Foi por isso que até uns meses atrás um nunca nem tinha beijado.
— Mas por que você só quis seguir os passos do seu pai até seus vinte dois anos? — Perguntei ainda olhando para seus olhos.
A mandíbula de Baekhyun se apertou e ele engoliu seco. Eu sentia que a parte dolorosa da história se aproximava cada vez mais.
— Por que de repente, quando eu já havia caído na monótonia de sair a noite para vadiar com os rapazes e fazer entregas de dia, eu sentia que minha vida estava na mesma coisa intediante e foi assim por um bom tempo, eu sentia que não estava vivendo direito... Até que um dia, o Senhor Park apareceu com alguém...
— Quem? — Perguntei sentindo uma sensação estranha no estômago.
— Kiara.
Cont.
Eu fico bom pena do Baekhyun toda vez que ele fala da história dele <\3
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ᴇ ᴀ s ʏ : ɪᴛ ᴡᴏᴜʟᴅ ʜᴀᴠᴇ ʙᴇᴇɴ ᴇᴀsɪᴇʀ ⫷ ʙʏᴜɴ ʙᴀᴇᴋ-ʜʏᴜɴ ⫸
Fiksi Penggemar"...E de repente a chave da sua vida já não serve mais para porta nenhuma..." Era assim que se encontrava a vida de Seon, que depois de passar por tanta coisa se via a beira de um abismo... De repente, ela nem conhecia mais a si mesma - por culpa de...