Seon ON
Tristeza. Meu corpo se preenchia de tristeza, esse sentimento que parecia nunca se ausentar de mim...
Eu me sentia fraca, triste e impotente sobre minha vida, e isso já se fazia um tempo.Eu não queria faze-lo, eu temia fazê-lo, mas eu precisava.
— Seon, estou indo! — A voz de Mina soou abafada por ela ter gritado em frente a porta do meu quarto.
— Certo. — Foi a única coisa que eu pude falar.
Eu estava anestesiada sobre a imensidão que era minha cama. Lexos provavelmente dormia em algum lugar da casa e Baekhyun deveria estar trabalhando.
Enfim, sozinha novamente. Sempre, sempre sozinha...
Estava tudo bem, eu havia me acertado com Baekhyun, não estava mais morando na casa do Hiun nem trabalhando com ele. Fazia quase dois meses que eu não o encontrava e tudo parecia em seu lugar...
Mas aquele sentimento do qual eu nunca me livrei ainda estava ali me sufocando e me deixando cada vez mais doente. Minha alma parecia coberta de tristeza, fazia um mês que eu não saia de casa, nem para ver o sol.
Minha Vitamina D só não estava em falta porque eu sempre ia para a janela de meu quarto todas as manhãs em que eu me acordava e repetia meus dias novamente e novamente e novamente como um ciclo vicioso.
Park Seon-A, essa era ela.
Mas ela não gostava disso, e ela sabia o que fazer para curar a alma dela.E ela iria fazer isso.
[Coloque a música da multimídia]
(ಠ_ಠ)━☆゚.*・。゚Eu rapidamente me levantei da cama, cansada de me sentir fraca. Em um único movimento eu puxei o vestido que eu vestia o jogando sobre minha cama e segui em direção ao banheiro. Quando já estava lá, me livrei de minha roupa íntima a jogando no cesto de roupas e então, rapidamente parei na frente do espelho do banheiro; o grande espelho que me refletia todos os dias.
Ficando na ponta dos pés, eu puxei com cuidado o curativo fino sobre a ferida fechada, logo dando de cara com os pontos. Esses que me saudaram se destacando ainda entre minha pele enchuta. Eu joguei o curativo no lixo e segui em frente.
Por que diabos eu ainda não havia ido no hospital retirar aquilo de mim? Já estava fechado, mas eu havia procastinado me esquecendo por completo de que aquela linha ainda estava entre minha carne.
Eu precisava me livrar dela para poder seguir.
No momento em que a ideia veio em minha cabeça, eu a garrei e rapidamente puxei a caixinha de primeiros socorros que estava em seu lugar, dentro do gabinete da pia do banheiro.
Peguei a mesma em mãos, e então a abri retirando de lá, uma pinça de fazer as sombrancelhas de prata, uma tesoura do mesmo material que servia para cortar unhas, algodão e o antisséptico que eu usava para limpar antes de fazer o curativo.
Rapidamente, abri a garrafa com o conteúdo atisseptico e embebedei uma bolinha de algodão que havia pegado a deixando insopada o suficiente para passar sobre a ferida.
Passando pela região, limpei ao redor e sobre mesmo sentindo aquela sensação de aflição em mim.
“Vamos Seon, você não pode continuar se escondendo desta maneira!” — A minha coragem gritou comigo quando meu medo me disse para não fazer isso.
Não era como se eu fosse me matar, não tinha que ter medo, seria rápido e indolor.
Depois de limpar a ferida, coloquei o algodão ensopado e sujo sobre o mármore da pia, e então peguei outra bolinha e fiz a mesma coisa que havia com a outra bolinha.
Já com a mesma encharca de antisséptico, eu limpei a tesoura e a pinça e então, coloquei a bolinha de algodão ao lado da que estava sobre o mármore da pia.
Eu me afastei do espelho tendo cada vez mais visão de meu corpo e dos pontos e só parei de dar meus passos quando eu achei que estava bom.Parei, respirei fundo e estão, olhei para baixo. A ponta da linha única que fazia os meus pontos serem reais eu avistei, e então a capturei com a ponta da pinça sobre o primeiro nó.
Eu realmente iria fazer isso, eu já estava fazendo e sentia como se aquela fosse a ponta da armadura de autopiedade e fraqueza que eu vestia.
Era como se eu dependesse daquilo para sair de mim e me encontrar novamente.
Eu puxei com cuidado o nó dado pela pessoa que fez minha sutura e então, com cuidado levei minha outra mão com a tesoura e cortei bem em baixo do nó. Segurando o pedaço de linha — Agora solta das que ainda estava sobre minha pele — eu me estiquei para colocá-la sobre a pia e então voltei a minha posição anterior. Cabeça baixa e coluna reta enquanto olhava para a ferida que parecia estar se desfazendo da linha aos poucos.
Pegando a outra ponta que estava do outro lado da ferida, eu a puxei mesmo sentido meu corpo se arrepia, eu estava lutando com todas as minhas forças para fazer aquilo.
Mesmo sentido todo o meu corpo em aflição, eu não podia mais esperar pelos outros, eu podia fazer aqui e na estava fazendo, sem nenhuma complicação.Era eu me libertando de mim mesma.
— Porra... — Eu xinguei enquanto puxava a sutura de vagar.
Estava no final, já tirando a linha de minha pele. Tirando ponto por ponto, eu senti uma dor fina, suportável e acho que era normal por eu estar retirando uma linha de minha pele, mas só incomodou ali, porque depois que eu coloquei o último pedaço da linha preta sobre o balcão da pia.
Eu olhei para mim, bem naquele lugar onde só me restava a cicatriz e talvez alguns pontinhos abertos , talvez o lugar onde as linhas estava.
Minhas mãos tremiam, e eu sentia que iria cair em um precipício, eu havia feito, eu quem havia feito.
E eu me sentia leve.
Como que a auto pena estivesse se ausentado naquele exato momento e meu eu coitadinha tivesse mandando eu me fuder.
Finalmente, finalmente eu podia fazer isso!
Quando a luz se apaga, cabe a você decidir se irá acende-la por conta própria ou se irá esperar sua mãe acender por você... Bom, eu já não tinha mais minha mãe, então, se eu não o fizesse, quem faria por mim? Eu!
Cont.
Embaçou foi tudo agora
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ᴇ ᴀ s ʏ : ɪᴛ ᴡᴏᴜʟᴅ ʜᴀᴠᴇ ʙᴇᴇɴ ᴇᴀsɪᴇʀ ⫷ ʙʏᴜɴ ʙᴀᴇᴋ-ʜʏᴜɴ ⫸
Fanfiction"...E de repente a chave da sua vida já não serve mais para porta nenhuma..." Era assim que se encontrava a vida de Seon, que depois de passar por tanta coisa se via a beira de um abismo... De repente, ela nem conhecia mais a si mesma - por culpa de...