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Estou totalmente ferrada, estou sim. Era para ser só uma viagem para resolver as coisas dos meus estudos, e agora estou responsável por uma garota que esqueceu de tudo.

Tá, seria fácil deixá-la em algum lugar aos cuidados de alguém, mas eu não conseguiria fazer isso, não é do meu fetio. A partir do momento que quase atropelei e vi ela morrer aos poucos eu me liguei a ela então cá estou esperando a garota terminar de se arrumar.

— Loirinha você terminou? — volto a perguntar.

Click a porta se abre.

— Sim! — diz entusiasmada. — Obrigada pelas roupas, ficou um pouco folgada por eu ser exageradamente magra mas ainda está bom. — comentou, mexendo na blusa larga.

— Fica melhor em você do que em mim. — reconheço, as roupas não são nada arrumadas, uma calça velha e um moleton preto com um desenho de três montanhas e três estrelas na ponta da montanha do meio.

O rosto da loira ficou vermelho e por isso ela baixou a cabeça sem graça. Sorrir com seu ato.

— Que papel é esse? — perguntou, apontando para o papel em minhas mãos.

— É os remédio que tenho que comprar para você ficar melhor. — respondo, dobrando o papel e colocando no bolso da minha calça.

— Ah sim.

— Temos que ir logo, eu inventei uma mentira de como você se machucou e o porque do vestido, até agora acreditaram mas não sei se é por muito tempo, então vamos meter o pé daqui. — digo com receio. Vou até a cama e pego a sacola com o vestido da Sabrina caminho de volta para a loira e a puxo para fora do quarto.

— Que sacola é essa?

— É o seu vestido, quando chegarmos em casa vou tentar concertar-lo mas não prometo que se salve eu percebi que o tecido é fragil e ao mesmo tempo muitos forte e fino. — comento. — Você deve ser bem rica.

— Será? — seu rosto se iluminou. — Isso seria muito bom, assim poderia te ajudar. — diz com um sorriso amigavel.

— Legal da sua parte.

Passamos pela recepção e por sorte nenhum médico apareceu para nos parar, disparamos para fora do hospital, enquanto eu estava quase tendo um treco Sabrina estava gostando da situação vejo isso no seu rosto e no sorriso divertido dela.

Agradeci mentalmente por chegarmos até o carro, temos que ir para o aeroporto imediatamente para não correr riscos de perder o vôo.

— Coloca o cinto. — mando, colocando o meu.

— Você não me falou sobre sua vida. — Sabrina comentou, depois de colocar o cinto.

Ligo o carro e o arranco dali, pelo espelho eu vejo o hospital se afastar e sumir quando faço a primeira curva.

— Não tenho muito o que falar. — digo dando de ombros. — Olha isso também é seu. — dou uma sacola pequena com suas jóias.

Sabrina pega com a testa franzida e abre. Vejo seus olhos arregalarem.

— Isso é meu? — questionou desacreditada.

— Sim, tirei de você e guardei aí para não perder ou alguém roubar.

— Essa tiara é linda demais essas pedrinhas até parecem diamantes. — diz, colocando a tiara na cabeça.

— Parece mesmo, fica bem em você. — a questão é, e o que não fica?

— Obrigada, olha tem um colar de diamantes que chique. — Sabrina diz admirando as jóias.

Minha visão ocila entre a estrada e Sabrina que agora está colocando o colar.

Soulmates - Sillie And SaliviaOnde histórias criam vida. Descubra agora