Soulmates - Sillie And Salivia

30

— Só mais um e você ganha. — um garotinho comenta animado ao meu lado. Lhe lancei um sorriso divertido para então voltar a me concentrar no alvo. Se eu ganhar poderei escolher um bicho de pelúcia e é isso que eu quero, mesmo que eu tenha que gastar muito dinheiro, estou determinada a ganhar aquele pinguim gigante para Millie.

Decidi que vou fazer uma coleção para ela.

Volto para a posição, fazendo o que Hailee me ensinou há alguns anos atrás lá na Espanha. Quase posso ouvi-la me dando instruções.

E com impulso jogo o dardo.

Como previsto ele acertou o alvo como os outros e eu ganhei. As pessoas ao meu lado me parabenizaram e o homem me perguntou qual pelúcia eu queria, apontei para o pinguim e ele me deu junto de um parabéns.

Millie tinha ido comprar cachorros quentes, ela me disse que estava com muita fome e eu a repreendi por não comer antes de sairmos, mas ela não ouve. Assim que me virei a avistei em uma fila da barraquinha de comidas, sua vez tinha acabado de chegar e isso a animou.

Agarrei o pinguim com força e comecei meu trajeto para ela. Millie parece sentir que estou observando pois ela olha para mim, um sorriso logo se formando quando me encontra. Sinalizei para lhe mostrar o pinguim e ela riu inclinando a cabeça para o lado.

Sua atenção voltou para o homem da barraquinha que lhe deu dois cachorros quentes, eu não sou muito fã deles, pelo menos o daqui, lá na Inglaterra eles fazem melhor. Eu disse isso a ela a algumas horas atrás.

— Os cachorros quentes daqui são ótimos Sadie.

— São apenas pão, uma salsicha, ketchup e maionese, apenas, como isso pode ser ótimo? — questionei arqueando as sobrancelhas.

— Dúvido que a Inglaterra faça melhor. — disse ignorando minha pergunta.

— Quando formos para lá vou fazer questão de tirar sua dúvida. — eu prometi com um sorriso presunçoso.

Ela falou alguma coisa para o homem apontando para o pão e ele o pegou novamente e colocou mais ketchup, esse com certeza é o meu, Millie sabe que gosto de muito molho.

Do outro lado tem um trem fantasma, eu prometi a mim mesma que na próxima vez que eu fosse a um parque tentaria ir nesse, parece que é hoje que cumprirei essa promessa e não me agrada nadinha isso.

Parei de andar para ajeitar o pinguim nos meus braços ele até que é pesado. Millie tinha pegado meu cachorro quente novamente e já estava vindo em minha direção. Um homem entrou em minha vista, ele parecia olhar para mim ou algo atrás, apontando uma arma na minha direção.

Quando esse pensamento chega, é tarde demais, sinto o impacto de algo no meu estômago, meu corpo se desequilibra e eu recuo vários passos tentando me manter em pé. Soltei o pinguim desorientada, minha mão procurando o local em que a bala se instalou.

— Sadie. — ouço a voz de Millie se sobrepor. Ergui meu rosto para olhar seu rosto encontro uma fisionomia aterrorizada. Ela tira a bolsa do caminho também procurando o ferimento, mas não acha nada. — Onde está? Me diga onde está! — ela implora me segurando para eu não cair.

— Está tudo bem. — eu tento dizer, ainda em choque, mexo na bolsa e de lá tiro uma bala e meu espelho com moldura.

A bala não passou por causa da moldura que é feita de algo muito resistente, se não fosse minha mania de deixar a bolsa de frente eu teria sido facilmente baleada.

— Temos que sair daqui! — exclamou agarrando meu pulso e me puxando para um caminho, nos misturamos entre pessoas para chegar a uma cerca perto do estacionamento, Millie não parou, nem olhou para trás. Ela me ajudou a pular a cerca agora olhando para todos os lados para garantir que ninguém suspeito estava se aproximando.