As caçadoras de sonhos te visitará a noite, mas você nunca vai saber se vai ser para te proporcionar sonhos ou pesadelos.
Nicha olhava atentamente para o livro, era tentador completamente preto, com um símbolo diferente no meio, olhou para frente vendo uma menina de cabelos castanhos, um olho de cada cor, assim como o de seus sonhos, assim como os da esperança eram.
Ela estava concentrada em seu livro, não olhava para ela mas podia notar a coloração diferente em seus olhos. Resolveu parar de olhar o livro novamente, focando na autora do mesmo: Lalisa Manoban.
"Eis que a distopia é uma estigma, eis que um dia a luz não brilhou, eis que um dia as pessoas não falavam mais nada de bom. Seu rosto está sem expressões, parece que você se acostumou com os sonhos e pesadelos constantes.
No canto esquerdo e escuro do seu quarto, tem pessoas observando, por mais dificil seja você sabe que tem alguém ali, e encarar de volta está fora de cogitação, levando em conta o medo que cresce dentro de si a cada segundo, naquela noite que tinham alguém me observando eu sonhava com overdose.
Mais cedo, tinha uma pessoa que me magoou, uma pessoa que eu amava muito que era minha parceira. Deitada em minha cama eu pensava se aquilo não era culpa minha aquele sentimento só crescia dentro de mim a cada segundo. 'Maldito seja esse eterno sonhar!' gritei para mim mesma enquanto caia no sono.
Você não sonha com algo que está estável, ou se você está em terra firme, mas você lembra perfeitamente de como foi a queda, o vento em seu corpo enquanto você caia, e sensação horrível quando seu corpo encontra o possível fim daquela queda. Isso acontece com a sua alto culpa, a queda representa seu eu mais frágil naquele momento, no fim você ainda sente sua culpa consumindo, não importa quantas desculpas pessa pera seu eu do espelho.
Não consigo me mexer, não importa o que eu faça eu não consigo. Você consegue sentir tudo a sua volta, escutar o som baixo do aquecedor aumentar misteriosamente, o suor em seu corpo escorrer pela sua pele tão lento quanto os dedos dela, escutar a risada dela enquanto vê seu desepero, ela sente seu desespero, e tudo piora qua do você vê que não consegue falar, não a menos gritar. A voz suave tão próximo em sua orelha, seria tão seduzente quanto assustadora 'Não vai terminar, até você acordar gritando.. ou tentando pelo menos.'
O medo e necessário, o medo descontrolado é loucura. Aquela certeza de que você vai encontrar um demônio quando vai pegar água para beber não parece ser tão louca comparado a os sonhos que está tendo, de repente sonhar com pessoas mortas, sonhar com torturas, sonhar com o mesmo sorriso debochado e cabelos loiros parece ser uma coisa comum 'É apenas um pesadelo.' Você disse para si mesma, quando acordava de outro sonho torturante, aquela gotejar no topo de sua cabeça que parece se estender para o resto do seus dias acordado, seu medo se torna constante.
Parece que você nunca vai superar seus traumas, seus sonhos são massivos é invasivos. Cada dia mais aquele dia específico, aquela hora aterrorizante, o momento mais difícil da sua vida sendo revivido todos os dias em seus sonhos, deixando você cada vez mais fundo naquela imensidão, naquela trauma. Ela vai fazer você ficar confortável, vai fazer você se apaixonar por ela, vai fazer você ficar completamente entregue e vai acabar com toda a sua vida em um só sonho, ela faz você se a apaixonar pelo seu trauma.
Suas inseguranças são debatidas com o que especificamente? Coragem? Nem mesmo a dona da coragem vai fazer você ficar livre dela, sua insegurança e um combustível, você não vai saber onde está, você não vai saber o que fazer, você só vai sentir sua insegurança te matar, você não vai saber onde seus pés estão, você fica perdido, você fica desalento. A insegurança cresce, você fica mais entregue aquilo. A vida se torna extremamente desconfortável, tudo que você faz é culpa sua, não a nada que possa fazer já que você é a sua insegurança. Ela não dá tréguas, ela quer destruir você.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Bem vindo a Montero!
FanfictionNa vida, nos escondemos partes de nós que não queremos que os outros vejam. Não queremos mostrar nossas partes vulneráveis, não queremos mostrar nossas partes estranhas, nossas partes ruins. São poucos que conhece todos os nosso lados. Nos trancamos...