XXXII - Amargo

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Amargo sentimento que cobre o peito quando você se vai. E cai, sem menor piedade, o disfarce que você me punha. Agora sou louco, desesperado novamente por aquele doce que me esconde. Onde, quando e porque adoro desejar isso, e adoro ter... Tal motivo não vejo, mas a consciência insiste e permite o desejo, e vou vendo a vontade aumentar com o tanto de tempo que o alvejo.

Erro a quem, ao que e para que peço ajuda, mas morro sem saber daquele mal feito socorro, que não está num pote, na prazerosa busca pelo ouro.

Voltando à sanidade, me entregando à sua doce fachada, não existem mais barreiras, limites ou bandeiras. Não importa lógica, razão, mas uma mágica sensação. A que nos dá tudo o que buscamos sem precisar, mandando embora o que precisamos sem buscar.

Sem mensagens claras nos comunicamos, e feito cães amestrados aceitamos o que ouvimos. Nos confundimos? Não. Não existe confusão, mesmo em nosso corpo frágil e moldável, pueril e a nós mesmos hostil.

Erro a quem, ao que e para que peço ajuda, mas morro sem saber daquele mal feito socorro, que não está num pote, na prazerosa busca pelo ouro.

Amargo sentimento que cobre o peito quando você se vai. E cai, sem menor piedade, o disfarce que você me punha. Agora sou louco, desesperado novamente por aquele doce que me esconde. Onde, quando e porque adoro desejar isso, e adoro ter... Tal motivo não vejo, mas a consciência insiste e permite o desejo, e vou vendo a vontade aumentar com o tanto de tempo que o alvejo.

O ego e o mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora