Odeia-se quando julga amar-se, pois até teu mal tu encorajas a de si encapar-se, e aprofunda-o mais e mais, não vendo medida ou valor, mas procurando um alívio onde dizem: "Tudo em nome do amor!"
Entrega a mente ao secular, rente à corrente popular.
Assim até o fim, fraco do Ser eterno, sim, com a força na carne que o prende. E o alimento cru revende, cruelmente, para o pobre carente.
Entrega a mente ao secular, rente à corrente popular.
Obriga-se à responsabilidade, à dita coragem, mas no fundo é fraco, viciado e pelo próprio corpo parado. Impedido de crescer e acorrentado no querer por querer, preso pela liberdade que diz ter. Arrancado do armário um espantalho, atraindo corvos e povos, com a cabeça em baixo da palha, mostrando um sorriso que esconde a falha, que o impede de viver, com o chapéu para os corvos traiçoeiros não ver.
Entrega a mente ao secular, rente à corrente popular.
Odeia-se quando julga amar-se, pois até teu mal tu encorajas a de si encapar-se, e aprofunda-o mais e mais, não vendo medida ou valor, mas procurando um alívio onde dizem: "Tudo em nome do amor!"
VOCÊ ESTÁ LENDO
O ego e o mundo
PoetrySão tantas as coisas que sentimos, e elas não cabem em nós. É preciso libertar nossas verdades para fazê-las encararem o mundo. Nosso sangue é pesado de tantas manias, conflitos, interesses... É um martírio encarar ele sendo arrancado de nossas veia...