Sempre estás aqui, por mais que eu fujas de ti. Por mais que eu solte lágrimas vagas, e elas sejam obras simples da carne, vens num profundo alarme, nos menores e maiores males, com um mudo e ensurdecedor detalhe.
Alerta não pedido e nem um pouco merecido, para evitar mais um cadáver queimado, com o coração mais uma vez partido.
Mantém-se erguido, meu velho amigo. A infância permanece comigo, mas sem aquela sede pura, que desta vez é saciada pela água amarga, por uma eterna amargura. Gentil loucura, que grosseiramente de mim se expele, mas engana-me e volta a preencher a pele. Sem a brusca sanidade que não vem com a idade, a que esquece de deter a disfarçada maldade.
Alerta não pedido e nem um pouco merecido, para evitar mais um cadáver queimado, com o coração mais uma vez partido.
Continuo a errar e os avisos se aumentam. Nem parar eles tentam, por mais que eu os tente, que ao ignorará-los alimente um pedido carente. Que dê fome e a cesse para o invejoso descrente. É o que deixo na mente que faz o tal se esbaldar, o que sorrio e me orgulho, mas pouco evoluo, parado e trancado, pensando em pensar.
Alerta não pedido e nem um pouco merecido, para evitar mais um cadáver queimado, com o coração mais uma vez partido.
Sempre estás aqui, por mais que eu fujas de ti. Por mais que eu solte lágrimas vagas, e elas sejam obras simples da carne, vens num profundo alarme, nos menores e maiores males, com um mudo e ensurdecedor detalhe.
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O ego e o mundo
PoetrySão tantas as coisas que sentimos, e elas não cabem em nós. É preciso libertar nossas verdades para fazê-las encararem o mundo. Nosso sangue é pesado de tantas manias, conflitos, interesses... É um martírio encarar ele sendo arrancado de nossas veia...