XXXI - Sustento-me

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Sustento-me em vaga matéria, simples e nada séria. E quando a simplicidade se vai, cai o frágil dependente, e dela nada sai, em explicação ausente.

No final nada importa, mas agora a porta da dor é aberta, escancarada, afundando-me em mágoa rasa.

Não abrem uma mão estendida, mas fecham-na com a unha indicadora para frente erguida! Partida de algo que nada vale, e que se cale neste futuro muito sujeito a não aceitar arrependimento! Um tempo que não aceita ser desfeito.

O que aprendi no que perdi? Não posso afirmar. Responder ainda parece impossível. Mas é incrível, em tal fato, neste infinito de nada que vive em minha mente agora, que eu ainda tente achar aprendizado em coisa tão tola. Impostora é minha cabeça, que nada vê somente em paisagem? Enquanto no fundo ajuda a conservar meu ego, minha vaidade, que passará, em curta validade?

No final nada importa, mas agora a porta da dor é aberta, escancarada, afundando-me em mágoa rasa.

Sustento-me em vaga matéria, simples e nada séria. E quando a simplicidade se vai, cai o frágil dependente, e dela nada sai, em explicação ausente.

O ego e o mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora