Sustento-me em vaga matéria, simples e nada séria. E quando a simplicidade se vai, cai o frágil dependente, e dela nada sai, em explicação ausente.
No final nada importa, mas agora a porta da dor é aberta, escancarada, afundando-me em mágoa rasa.
Não abrem uma mão estendida, mas fecham-na com a unha indicadora para frente erguida! Partida de algo que nada vale, e que se cale neste futuro muito sujeito a não aceitar arrependimento! Um tempo que não aceita ser desfeito.
O que aprendi no que perdi? Não posso afirmar. Responder ainda parece impossível. Mas é incrível, em tal fato, neste infinito de nada que vive em minha mente agora, que eu ainda tente achar aprendizado em coisa tão tola. Impostora é minha cabeça, que nada vê somente em paisagem? Enquanto no fundo ajuda a conservar meu ego, minha vaidade, que passará, em curta validade?
No final nada importa, mas agora a porta da dor é aberta, escancarada, afundando-me em mágoa rasa.
Sustento-me em vaga matéria, simples e nada séria. E quando a simplicidade se vai, cai o frágil dependente, e dela nada sai, em explicação ausente.
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O ego e o mundo
PoetrySão tantas as coisas que sentimos, e elas não cabem em nós. É preciso libertar nossas verdades para fazê-las encararem o mundo. Nosso sangue é pesado de tantas manias, conflitos, interesses... É um martírio encarar ele sendo arrancado de nossas veia...