XXVII - Nada

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Nada. Passados, segredos. Futuros, medos. O presente que se nega a se esconder ao lado de pinhas falsas. Mesmo assim, descalças, as crianças brincam. Livres, mas incertas com o tempo, confusas: "Como viemos parar aqui? Como tudo isso surgiu?"

A praia nem ao longe verão, mas não desistem: "Vamos à quente estação!" Nadar, nadar, nadar...

Onde todos irão, num pequeno ou grande vão. Fácil ou difícil, e até sem intenção. Infernal é pensar que acabaremos em definitivo. Tortuoso é viver no martírio do sempre vivo. Mas para este o eterno alívio virá, e naquele o posterior conforto durará.

A praia nem ao longe verão, mas não desistem: "Vamos à quente estação!" Nadar, nadar, nadar...

No improvisado bote, tenta não se afogar na sufocante tempestade, lançando as últimas palavras para si: "Venha cá, não largue minha mão! Estamos sozinhos! Os outros já se foram para o além, espero que para o lado do bem! Não desistirei de ti, terra, ó reveladora da liberdade, esta busca covarde!"

A praia nem ao longe verão, mas não desistem: "Vamos à quente estação!" Nadar, nadar, nadar...

Nada. Passados, segredos. Futuros, medos. O presente que se nega a se esconder ao lado de pinhas falsas. Mesmo assim, descalças, as crianças brincam. Livres, mas incertas com o tempo, confusas: "Como viemos parar aqui? Como tudo isso surgiu?"

O ego e o mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora