Passamos neste mundo onde a cada esquina há uma vaga alma. Calma ao extremo ela também passa. E nos nota, vendo nada mais que uma existência morta, nula e sem o menor sentido, um bicho sem o mínimo instinto.
O vazio apodrece a árvore de galho em galho ou ela destrói-se por completo, facilitando o trabalho.
As dores rotineiras e as várias maneiras de matá-las se passam. Vagos somos de soluções, mas cheios de problemas, de dilemas e de mais perguntas que respostas. As questões torturam e as dores são repostas. Elas duram, mas nunca justificam, e é pensado: "Sofro, pois estou a sofrer. Recompensa de quê? Se nada quero e também nada espero do alívio que eu possa ter?"
Nos prendemos a nós. Afundamos juntos de nosso frágil barco. Não largamos a madeira mais pesada e vamos com ela, num peso que nossa frágil e oca existência não suporta. Mas a mesma madeira pesada já foi carregada, de chibatada à chibatada, e foi mostrado o denso esforço que não fazemos nem por nós, em pueris tentativas de nos livrarmos das tristezas em atos tão falhos, esquecendo a doente raiz e queimando os pequenos galhos.
O vazio apodrece a árvore de galho em galho ou ela destrói-se por completo, facilitando o trabalho.
Passamos neste mundo onde a cada esquina há uma vaga alma. Calma ao extremo ela também passa. E nos nota, vendo nada mais que uma existência morta, nula e sem o menor sentido, um bicho sem o mínimo instinto.
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O ego e o mundo
PoetrySão tantas as coisas que sentimos, e elas não cabem em nós. É preciso libertar nossas verdades para fazê-las encararem o mundo. Nosso sangue é pesado de tantas manias, conflitos, interesses... É um martírio encarar ele sendo arrancado de nossas veia...