XV - O silêncio volta

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O silêncio volta. Retoma a agonia.
Raciocínio se equilibra e encara sua fria agitação.

A melodia expira-se e enxuga a emoção. As lágrimas somem dos olhos. Trazem foco. E retiram a sujeira que os tapava.

Minutos de beleza da vaidade. Atrai-nos como presas de nós mesmos. Caça a atenção. Fisga as fraquezas.

A melodia expira-se e enxuga a emoção.

Somos zumbis durante o prazer. Mortos-vivos. Matamo-nos para viver. Por este ínfimo e falso desejo.

A melodia expira-se e enxuga a emoção.

O vasto mundo de acertos distrai. Nossa terra bela e pura não basta. E os fracos erros aproveitam-se de nossa profunda humanidade. Vigiam nosso pensamento. Enxergam nossos breves minutos a sós no silêncio. E este é transformado em berros durante os longos anos. E em um eterno pesar.

A melodia expira-se e enxuga a emoção. As lágrimas somem dos olhos. Trazem foco. E retiram a sujeira que os tapava.

O silêncio volta. Retoma a agonia.
Raciocínio se equilibra. E encara sua fria agitação.

O ego e o mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora