XVIII - A morte

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A morte aparece na mente. Não simbólica... real! Clara e lúcida como gelo cristalizado. Como um cristal quebrado que rasga a pele. A pele que faz-se fria e rochosa, mas que logo acorda para sua frágil realidade.

A carne desperdiça a alma e alimenta o mundo.

O odor fresco e puro daquela sombra inocente de sua natureza. O sol continua a bater no físico, com o cheiro tornando-se fétido com os anos.

A carne desperdiça a alma e alimenta o mundo.

A bola quica até a estrada, se mostrando culpada. O carro machuca o brinquedo sem vida e traz a morte. Corre sem trauma algum. E continuará veloz pela eternidade, pois sempre haverá um escudo chamado diversão. E nunca se dará conta do ponto fraco chamado inocência.

A carne desperdiça a alma e alimenta o mundo.

A morte aparece na mente. Não simbólica... real! Clara e lúcida como gelo cristalizado. Como um cristal quebrado que rasga a pele. A pele que faz-se fria e rochosa, mas que logo acorda para sua frágil realidade.

O ego e o mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora