Vegas para Dois

Cap 5

Oieeeee,

1º- Sextou, meu amores!

2º- Os links da playlist vai estar nos comentários.

3º- Esse é o capitulo que vai apresentar a vocês a Analu, nossa protagonista. Espero que gostem dela!!!

Boa leitura ;)

...

Conferindo os papéis dentro da pasta, mais uma vez, ela sai do elevador em direção a sala de seu pai. Julieta, a secretária dele, avisa que está em uma reunião fora do escritório, mas, como sempre, permite sua entrada, afinal todos sabem que seu pai não tem nada a esconder.

Sentada atrás de sua grande e robusta mesa, continua preenchendo os papéis que trouxe consigo, nada demais, apenas alguns formulários do hotel onde ficarão hospedados no feriado. É sempre ela a organizar a vida dos pais e a essa altura, teoricamente, Analu já haveria de saber pelo menos os dados do pai, mas não. Começa e procurar por algum documento que conste o RG ou até mesmo o CPF, já que sabe que a mãe também nunca se lembra e no momento está inviável se comunicar com ele.

Abrindo uma das gavetas encontra uma pasta vermelha, que de acordo com os sistemas de organização dos pais, contém documentos pessoais, ou seja, algum deles terá a informação necessária. Assim que puxa uma das folhas um papelzinho voa junto e cai no chão. Se abaixa mais do que rapidamente e o pega, não sem antes perceber que na verdade é um bilhete. Seus olhos correm as poucas palavras escritas e a confusão se esparrama por seu corpo. Um bilhete romântico? Desconhece a letra, o que aponta não ser sua mãe a autora. Compara a letra com outro bilhete jogado em cima da mesa, um escrito por Julieta, e vê que também não foi ela quem escreveu. Por ser uma caligrafia suave e pelos pingos serem corações invés de simples pontos, conclui que isso só possa ser de uma terceira mulher.

Uma... amante? – se questiona mentalmente.

O número de telefone escrito no verso a atrai e logo se vê discando, no aparelho fixo do escritório, e levando o mesmo a orelha, aguardando a chamada se completar.

- Oi, querido. – um doce voz feminina cumprimenta.

Seu coração erra as batidas – pessoas se chamam por querido e querida, isso não significa que estejam dormindo juntos – tenta se convencer, mas sente que algo está errado.

- Mauro, amor. – amor? Ai, meu deus. Isso está cada vez pior - Está me ouvindo? Alô? – a mulher insiste.

Ana está estática, sente um nó no estômago.

- Deixa eu ver, mãe. – outra voz surge. – Pai, consegue me ouvir?

Pai? Ela chamou meu pai de PAI.

Desliga rapidamente, completamente abalada. Isso é demais para ela. Naquele momento percebe que algo muito sério está acontecendo. É possível que o pai realmente tenha outra família?

Esse pensamento faz seu mundo virar de cabeça para baixo e por alguns momentos fica encarando a grande fotografia emoldurada de sua família na parede.

Um barulho a traz de volta e resolve terminar o que foi fazer antes de seu pai voltar. Não seria nem um pouco agradável encontrá-lo agora, depois de tudo que acabou de descobrir. Guardando tudo no exato lugar em que encontrou, se dirige para fora do prédio o mais depressa possível.

Tudo até o momento que entra no conforto de seu escritório foi como um borrão. Não lembra de ter se despedido de Julieta, de ter dirigido e nem sabe se alguém a chamou enquanto caminhava pelo andar. Simplesmente nada parecia tão importante.