Cap 17

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O barulho incessante incomoda mais uma vez e Ana tateia o móvel a procura do aparelho.

- Alô. – atende sem nem se certificar de quem é que está ligando.

- Buon giorno fiore del giorno! – cumprimenta a prima do outro lado da linha - Estou tentando te ligar a mais de duas horas. – solta a bronca logo em seguida.

- Que horas são? – pergunta meio sonolenta sem nem se dar ao trabalho de olhar o horário.

- Já é quase hora do almoço, minha filha. Pelo jeito a noite foi boa.

- Foi sim. – sorri com a prima gargalhando - Acho que estou de ressaca. – responde sentindo a dor de cabeça chegando para se juntar a boca seca e ao cansaço na festa da ressaca.

- Certeza, sua voz está horrível.

- Fico feliz em sempre poder contar com a sua sinceridade, priminha.

- Fico feliz em poder ajudar. Enfim, te liguei para saber se você não quer almoçar comigo e com Ethan.

- Claro que quero. – sente a cama balançar e olha para o homem dormindo ao seu lado – Vou levar o Enrico, tudo bem?

- Ah claro, sem problemas. – Fani não entende o porquê, mas concorda.

- Que horas são mesmo?

- 11:50. Nos vemos em uma hora.

- Fani...

- Baci, baci! – se despede e desliga, já sabendo que ela iria protestar.

- Merda!

Ela se levanta para começar a se arrumar e vai até o banheiro. Escova os dentes e toma banho antes de se apossar de um dos roupões, já que não sabe onde estão suas roupas, e voltar para o quarto.

- Bom dia. – uma voz rouca a cumprimenta.

- Bom dia. – responde suavemente e olha para ele.

- Faz tempo que acordou? – estende a mão para ela, que anda até a cama.

- Não, minha prima acabou de ligar me convidando para almoçar. – ele a puxa para mais perto e passando uma perna de cada lado de seu corpo, se senta em seu colo – Falei que você vai junto. Tudo bem?

Concorda. Uma de suas mãos encontram a cintura dela e a acaricia lentamente.

- Dormiu bem?

- Aham, e você? – ela respira fundo e tenta se concentrar em qualquer outra coisa que não seja nas maravilhosas mãos dele e o que ela sabe que são capazes de fazer.

- Depois que você me deixou dormir, melhor impossível. – o rosto dela fica vermelho ao lembrar da noite que tiveram e apenas sorri.

Suas mãos automaticamente começam a brincar com uma mecha de cabelo e ela abaixa o olhar.

- Ei, ei, ei, nada disso, Lindinha.

- O que?

- Você está com vergonha e não quero que tenha. – ele aproxima o rosto do dela - Gosto de você sem vergonha. – provoca.

- Para com isso. – começa a rir, envergonhada.

- Tudo bem, tudo bem. – beija seu rosto - Mudando de assunto, ouvi você falando em italiano e tenho que admitir que é extremamente sexy. – ela joga a cabeça para trás e gargalha – Acho que devemos conversar só assim a partir de agora.

- Você não disse que seu italiano é péssimo? – ele confirma, rindo – Além disso, tenho um pouco de vergonha de falar em italiano.

Ele a derruba na cama e se coloca em cima dela.

- Pois não devia, combina muito com você.

- Jura? – ele beija seu maxilar várias vezes - Não sei por que não gosto, só que sempre me senti meio estranha. Sem estar na Itália é... esquisito. Acho que as pessoas me olham estranho, sei lá. – para e olha para ela, com uma expressão um pouco séria.

- Você não devia ligar para isso.

- Eu sei, mas continuo ligando.

- Pois a partir de agora você não vai mais se importar.

- Simples assim? Você tem algum superpoder? Tipo, controlar mentes? – brinca.

- Não, engraçadinha. Prometa que não vai mais se importar com coisas bestas que não agregam em nada na sua vida?

- Ai, meu deus. – revira os olhos.

- Lu! – adverte. – É sério. Promete?

- Prometo.

- E como todos os bons contratos, precisamos selá-lo com um beijo.

- Acho que não é bem assim, escutei dizer que bons contratos são selados com assinaturas e apertos de mão.

- Isso é muito antiprofissional. – revira os olhos, brincalhão.

Ela sorri e o beija lentamente, saboreando-o. Até que sente a faixa do roupão ser aberta e uma mão acariciar seu corpo.

- Ei. – ela chama e para de beijá-lo – Acho que devemos ir nos arrumar.

- Acho que ainda temos tempo. – volta a beijar seu pescoço.

- Acho que não. – discorda e ele aperta sua coxa arrancando-lhe um suspiro surpreso. – Grassetto! (atrevido)

O corpo dele se incendeia com o italiano escapando facilmente daqueles perfeitos lábios carnudos.

- Converse comigo, Lu. - leva uma mão até a panturrilha dela e corre seus dedos perna acima demoradamente, levando-a a loucura.

Ela não responde, pois não consegue raciocinar. Sabe que ele está provocando-a para que continue a soltar seu lado italiano, e por incrível que pareça, seu lado italiano quer ser mostrado. Enrico começa a mordiscá-la e isso a arrepia toda.

- Va bene, basta! – se excede e escapa de seus braços, antes que não consiga mais. Em pé, se recompõe e toma o controle da situação.

- Vá tomar banho. Vou me vestir e precisamos sair, pois tenho que passar em meu quarto para trocar de roupa antes de irmos almoçar.

- Linda, ainda temos tempo. – protesta e se joga de costas na cama.

- Não temos não, levante-se daí e vá para o chuveiro ou vou embora sem você.

Ele se dá por vencido e sai da cama em direção ao banheiro, mas não sem passar por ela e lhe dar mais um intenso beijo.

...

Oiiiii, amores

Queria ter contratos selados com beijos rs.

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Volto semana que vem ;)

xoxo, LMoras.

Vegas para DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora