Um tempo pra crescer

Fim de festa

Na piscina os convidados mais jovens se sentaram em roda jogando cartas, alguém havia levado um aparelho de som e uma música animada dava o tom.

Os mais velhos Yubin e Ji Li reclamavam da musica. Parceiros na jogatina gritavam um com o outro principalmente  quando perdiam.

Zhan arrastou Cheng casa adentro para mostrar o quarto do bebê. Os olhos brilhavam ao falar do seu filho enquanto mostrava os detalhes da decoração, o berço, as gavetas repletas de pequenas roupinhas de todas as cores, modelos e tecidos.

O mobile de coelhinhos em crochê  balançava sobre o berço todo branco com pequenas almofadas coloridas onde estava recostado um leãozinho de pelucia.

--Está tudo tão lindo, Zhan! Olha esse mantinha que fofa! Dizia agarrado a manta de lã forrada em algodão. Vocês devem estar nas nuvens com a chegada do bebê...

--Sim, eu esperei muito por ele. Não vejo a hora de ter ele nos meus braços, ver seu rostinho, poder sentir seu cheiro...lágrimas saltaram dos olhos do ômega grávido. Tenho estado tão feliz que até me dá medo.

Cheng entendia bem esse sentimento, afinal vivia isso nesse momento. Tinha medo que sua bolha de felicidade pelo qual passava estourasse em algum momento, e ele se visse sem nada, e pior, sem Liu.

Sentiu um nó na garganta, reprimindo o sentimento de pânico que o ameaçava segurou no ombro de Zhan e forçando um sorriso tentou animar o outro.

-- não se preocupe com nada, a gestação está bem, e o sr Wang, digo, Yibo não deixaria que nada de ruim acontecesse. Fique tranquilo.
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Enquanto isso no jardim o pai de Liu e de Yibo discutiam amigavelmente, ambos tinham posições bem diferentes na forma de dirigirem suas empresas.
Deshi, pai de Liu, conservador e o pai de Yibo liberal, mas ambos tinham muito respeito um pelo outro e eram homens de sucesso.

--Quem aguenta esses dois? Você veja bem, Li Fen, nosso neto quase chegando, um sábado lindo desses e eles discutindo sobre trabalho.

--Concordo! O que precisamos é decidir logo o casamento do nosso Liu. Nai nai...venha se sentar aqui com a gente  chamou abanando a mão e ajudando a velha governanta a se sentar. Precisamos agilizar o casamento do Cheng e do Liu.

Afastado dali Yibo e Liu conversavam em tom baixo sobre o andamento da investigação.

--Tenho poupado Cheng, ele já sofre pela demora que está sendo essa investigação, imagine se souber que Wen Xu sumiu por três dias, e pior, que Feng Mingjin que foi enviado para fora do estado foi encontrado morto.

--como isso é possível? Ele não estava sob proteção?

Conforme Liu explicava mais intrigante a situação ficava.

Aparentemente o esquema tinha gente poderosa envolvida, a polícia local havia sido afastada do caso sob suspeita de vazamento de informações e tudo foi passado para o primeiro departamento de casos nacionais do MSE - Ministério de Segurança do Estado.

--Aumentei a segurança na empresa depois do caso do Mão de ferro, conforme você tinha orientado e fiz isso em casa também, aconselho que faça o mesmo aqui. Pode ser paranoia minha mas sabe como é.

Yibo assentiu com a cabeça e mudou de assunto quando viu os ômegas se aproximando.

O dia passou rapidamente e logo os convidados foram se despedindo, ficando no final apenas Liu e Cheng, que ajudaram Yibo a levar para o quarto do bebê os vários presentes e mimos que haviam recebido.

--Amei essa babá eletrônica que seus pais nos deram, amor. Mas seu pai é exagerado demais, essa cadeira de descanso automática é caríssima, e esse carrinho? Seu pai enlouqueceu. Pelo andar da carruagem quando nosso pequeno fizer um ano ele vai dar o que? Um pônei?

--Amor, o velho tá feliz, deixa ele. Economizo o nosso dinheiro, veja o lado bom da coisa...

--Você é terrível!

Liu e Cheng riam dos dois e se despediram dizendo ser muito tarde. Nai nai ja havia saído mais cedo e o casal já havia recebido a mensagem do motorista que havia retornado para os buscar.

Logo o carro saiu com os dois, e com o segurança os seguindo logo atrás.