_Da minha parte, não acho que aquela criatura mereça qualquer compaixão, mas você decide Lao Pó...
Era uma decisão difícil. Nessas horas o ômega quase acreditava em signos porque tomar decisões sendo libriano não era nada fácil
Zhan suspirou fundo. Por um lado Yun era sua tia, Irmã de sua mãe e foi sua madrasta também.
Por outro lado, Yun fez da vida de seu pai um inferno, da sua infância e adolescência um trauma, fez mal a tanta gente no caminho, como Cheng; e o pior de tudo para si, quis roubar seu filho recém nascido para vendê-lo.
_Pode ser que eu mude de ideia um dia...mas não quero saber de nada que tenha a ver com essa alfa. Não desejo o mal mas ela morreu naquele dia no hospital, pelo menos dentro de mim...Se me dão licença vou ver meu filho.
Levantando se dirigiu a escada em direção ao quarto do pequeno YiZhan.
Na sala os três alfas se despediram. Nada mais havia para falar do assunto.
Preocupado com Zhan, o alfa foi até o quarto do filho e entrou silenciosamente no quarto.
O mais velho estava sentado na poltrona com seu filho nos braços, parecia estar alheio a tudo, olhando encantado para o rostinho do bebê.
Se colocando a vista do ômega falou baixinho para evitar assusta-lo.
_Tudo bem, baobao? Quer conversar?
_Estava aqui pensando...quero que nosso filho seja muito, muito feliz. Quero ensina-lo a respeitar as pessoas, a amar os mais fracos, quero que ele cresça sem ninguém o diminuindo. Ele também não vai ser um menino mimado que tem de tudo e não valoriza nada. Precisa saber que SER é mais importante que TER. Precisamos mostrar pra ele como é importante se colocar no lugar do outro, como não deve cooperar com a Injustiça.
Yibo se sentou ao lado do ômega, acariciando a face macia do seu filho.
_Ele vai ser como você, Lao Pó. Amoroso, empático, tolerant...
_E muito generoso, confiável, honrado e "pé no chão" como você, Lao Gong.
_Sim _disse rindo_ Vamos trabalhar muito nisso!
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Eram quase sete da noite quando Liu chegou em casa. Tudo estava silencioso, aparentemente nainai Já tinha se recolhido.
Encontrou Cheng na cozinha terminando de preparar o jantar. Chegar em casa e encontrar o amor da sua vida era tudo que Liu precisava.
_Boa noite, amor!
Cheng se vira correndo na direção do alfa que o levanta pela cintura, deixando se enroscar pelas longas pernas do ômega. Os lábios se encontrando em um beijo saudoso.
_A-Kuan, senti sua falta! Acho que estou mal acostumado com você sempre em casa.
_ Você quer voltar a trabalhar? Assim poderíamos ir juntos, e eu veria você o dia todo.
A expressão de Cheng mudou para pensativo. Pegando na mão do alfa o faz sentar na cadeira.
Pegando duas canecas prepara um chá para os dois.
_Não gostou da ideia? Se preferir ficar em casa, tudo bem.
Estendendo a caneca para Liu, com os dizeres: "você vai ser papai" respondeu.
_Não é isso. Aliás, quero sim voltar ao trabalho, pelo menos por um tempo.
Aos poucos a notícia foi penetrando na mente do alfa que alternava o olhar entre a caneca e o rosto de Cheng.
O sorriso se abrindo, trouxe alívio ao ômega, apesar de falarem de filhos antes, ele não esperava ficar grávido antes de se casarem. O pai de Liu era muito conservador, seria um problema a se resolver.
Exultante com a notícia Liu abraça Cheng rodopiando com o ômega pela cozinha.
_Meu amor... nós vamos ter um bebê, mesmo? Verdade?
_Sim, A-Kuan. E precisamos apressar esse casamento, seu pai é tão tradicional. Temo que ele pode não gostar.
_Vou ligar pra eles _ disse pegando o celular sem soltar Cheng. O ômega segura sua mão.
_Pra que a pressa?
_Se eu pudesse gritaria pra cidade toda: EU VOU SER PAI!!!
Cheng ria e desistiu de impedi-lo.
No viva voz ouviram ansiosos o sinal de chamada. Sua mãe atendeu.
_Ma, o pai tá aí com você?
_Está sim, meu filho. Aconteceu alguma coisa, sua voz tá agitada...
_Coloca na viva voz, A-Cheng e eu precisamos dar uma notícia.
Logo, a voz do pai se ouve, perguntando o que tinha acontecido.
_Pa, Ma...vocês vão ser avós.
Um silêncio se fez do outro lado da linha. Cheng ficou tenso, sem perceber cravou as unhas no braço de Liu, aguardando alguma resposta.
_Pá? Ma? Vocês vão dizer alguma coisa.
_Sua mãe está emocionada demais pra dizer alguma coisa. Parabéns meu filho!
_Cheng estava preocupado que o senhor não fosse gostar. Afinal, ainda não nos casamos.
_Realmente teria sido melhor se fosse assim...mas veja bem, sua irmã mais velha não nasceu de sete meses como a gente fala pra todo mundo. Disse dando uma gargalhada.
Liu e Cheng olharam um pro outro a principio de boca aberta, espanto que se tornou um sorriso enorme na face dos dois, enquanto ouviam a mãe brigar com o pai por ter contado aquilo.
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Um tempo pra crescer
FanfictionUm professor de matemática casado há 4 anos com um ex piloto agora empresário no ramo de motos customizadas. A família quer aumentar... Um trauma de infância... Um resgatado de trabalho escravo e um empresário. O amor pode unir mesmo as pessoas mais...