Castigo Capital

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Um estampido muito forte fez o instinto de Zhan agir, se jogando em direção ao berço para proteger seu pequeno YiZhan.

A mulher caída de lado pode ver pelas mãos de quem havia sido atingida.

Na porta Yibo, Lele e um membro da segurança do estado.

Yibo correu em direção de Zhan aninhando o ômega e seu filhote dentro dos seus braços. O pequeno YiZhan acordou com o barulho e começou a chorar a plenos pulmões.

Logo, o quarto estava cheio, com vários curiosos na porta.

Medicos e enfermeiros apressadamente prestavam os primeiros socorros em Yun, que havia sido atingida proximo a coluna lombar, pelo projetil disparado pelo policial do MSE.

A seringa contendo toxina botulínica e cianeto tinha uma quantidade letal, Yun queria Zhan morto e teria conseguido.

Rapidamento retiraram o casal e o bebê, os transferindo para outro quarto.

_ Você com certeza tem sorte. Disse dr. Cao ao examinar Zhan. _pelo que me contou deu sorte de não ter tido uma deiscencia de sutura.

_de...o que?

_ Uma abertura dos pontos da cesariana. É muito perigoso pois não poderia ser refeita; teria riscos de infecção, sem falar que teria que entrar com antibiótico e sempre seria um problema na hora da escolha da medicação, afinal temos que garantir a produção de leite do pequeno.

Zhan corou até as raízes dos cabelos, ainda que o assunto fosse muito natural, a maioria dos omegas fugia dessa possibilidade.

Porém Zhan queria provar toda dor e beleza da experiência de ter um filho, mas ainda sim, tímido corava.

_Sim. Apesar de tudo que aconteceu posso dizer que sou muito sortudo mesmo.

Deixando o quarto o médico prometeu voltar mais tarde.

Yibo evitava o olhar de Zhan, ajeitando as coisas do ômega no novo quarto.

_Lao Gong? ...BoDi?...o que foi?

_Eu não estava com você quando precisou. disse olhando pela janela do quarto.

_BoDi...vem aqui, vem...

Estendendo os braços agitou as mãos para que o alfa se aproximasse. Yibo abraçou Zhan, um tremor passou pelo corpo do alfa. Poderia tê-lo perdido pra sempre.

_Amor, você sabia que eu estava te chamando não é?

_sim...mas...

Interrompendo o alfa, continuou.

_E você sentiu tudo que eu estava sentindo , né?

_Sim...

_Então, como você pode dizer que não estava comigo? Você me sentiu...e eu senti você também. E saber que você chegaria a qualquer minuto me deu força pra lutar pela nossa pequena família.

Afastando os cabelos de Zhan, beijou a testa do ômega demoradamente, em seguida a face e por fim pressionou seus lábios na boca de Zhan.

Eram beijos cheios de muitos significados para os dois. Respeito, amor, fidelidade, unidade.

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_A-Kuan, venha ver!

Segurando no braço do alfa, Cheng puxava Liu para a frente da sala de TV.

No plantão de notícias urgentes era televisionado a prisão de várias pessoas influentes em toda cidade e mesmo no Estado Nacional, incluindo nisso prefeitos, delegados e empresários. Todos por envolvimento em diversos crimes.

Na reportagem foi levantado o caso dos galpões, esquema debelado graças a um garoto usado para trabalho escravo, que conseguiu enviar um pedido de socorro. Esse garoto anônimo na reportagem era Cheng.

De mãos dadas, o alfa e o ômega assistiam a programação. Quando o nome de Xiao Yun apareceu Liu não podia acreditar.

Tentou ligar para Yibo, que atendeu na segunda tentativa.

_Você viu a TV, Bo? Sua sogra vai ser presa.

_Já está...e pior...assistimos "in loco". Ela estava no quarto de Zhan e...

Resumindo contou à Liu todos os eventos ocorridos naquele final de tarde. No final estavam todos exaustos demais.

_Se precisar de alguma coisa me avise, Yibo. Qualquer coisa.

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_Yibo, pedi pra falar com você sozinho por que Zhan já teve emoções demais para um dia. Um bebê nascendo de manhã e quase sendo morto a tarde é demais para qualquer um. A Yun está em estado crítico, a bala está alojada na coluna, segundo os médicos se ela sobreviver não vai mais andar.

Ainda sim um guarda armado estava na porta do quarto. Obtendo alguma estabilidade, do hospital Yun seria levada ao presídio feminino.

_Tem razão, Lele. Melhor Zhan não pensar nisso agora.

_Alguns crimes que ela cometeu são passíveis de pena capital, você sabe, né? Pena de morte. Mas com o quadro de saúde dela pode-se pedir prisão perpétua, seria uma saída.

_Vamos ver primeiro se Yun vai sobreviver, prefiro nem falar o que eu penso sobre tudo isso. Aquela...coisa...tentou matar meu Zhan e levar meu filho.

Encerrando a conversa se despediu, voltando para o quarto.

Sentado na cama com seu pequeno no colo Zhan parecia uma pintura. O sorriso carinhoso, os olhos brilhantes dirigidos à YiZhan, que bem alimentado dormia novamente, era uma imagem que Yibo queria guardar para sempre na memória.

_Lao Gong, vem aqui! Pega seu filho! Preciso descansar!

_ você manda, Lao pó!

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Na cama de Liu, Cheng abraçava o alfa. Somente o barulho do vento balançando as árvores se fazia.

_Voce está bem A-Cheng?

_A-Kuan...estou bem. Estou mais preocupado com Zhan, imagina o que ele passou hoje... espero que nada disso influencie nossa amizade. Gosto muito dele, é como um irmão que eu não tive.

_Conhecendo Zhan provavelmente ele também não quer perder a sua amizade. Como dizia uma amiga de faculdade: fica em paz. Amanhã é outro dia.

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