The A Team Story (#Wattys2016)

17. You break me

Eu deveria ter postado ontem, eu sei, me perdoem! Eu não tive tempo. Aliás cheguei da escola há pouco, e estou morta e cheia de lição, mas cá estou eu, tentando me redimir humildimente. Bom, esse capítulo é bem agressivo e cheio de surpresas... E um personagem muito interessante volta! Quero saber o que acharam, hein? Boa leitura!

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Algo feito uma ração humana era posto no prato de cada uma, quando todas já estavam de banho tomado. Ela já sentia saudades do Abrigo. Angel era mesmo a caloura, e parecia o colegial, mas não que ela soubesse. Havia várias camadas de acordo com o valor, como se uma pequena pirâmide social tivesse sido moldada, e tudo ficava claro quando se sentavam nas poucas mesas.

Ang estava na fila para pegar a Refeição, quando Sarah apareceu do seu lado e falou bem próxima a ela:

- Não olhe para as loiras, elas se acham superiores a todas, e são loucas por uma briga. Britanny odeia brigas. – avisou, ao perceber quem a amiga olhava. Porém, Sarah era loira. Percebeu o olhar confuso de Angel e logo explicou – Me recusei a entrar em seu grupo e elas logo me tomaram por arrogante. Já bati em algumas delas, e não tenho mais chance de confraternizar. Por elas serem como uma “família”, nenhuma delas vai mais com a minha cara.

- Acho que por eu ser sua amiga, elas não foram com a minha também. – Angel comentou.

- As protegidas da Britanny se sentam ali no canto. São cinco. Com elas, você não deve mexer MESMO. O lucro delas é regular, mas puxam tanto o saco da chefe que acabam ganhando privilegio em algumas coisas. – Danna, que estava bem na frente de Ang disse. – Tem as mais bonitinhas, as lésbicas, as encrenqueiras, as ninfomaníacas, as masoquistas e as pobres desoladas que estão perdidas nesse mundo. – explicou.

- E em que grupo estamos? – Angel perguntou.

- Sentamos com as mais bonitas. Elas até pegaram uma cadeira extra para você... Sinta-se em casa, baby! – Sarah celebrou. Ela estava com medo de não aceitarem Angel, e não saberia o que fazer se isso realmente acontecesse.

Elas comeram enquanto conversavam animadamente sobre algumas transas loucas que tiveram (parecia que era o único assunto em comum que rolava por ali). Ang se enturmou bem rápido, e logo todas estavam rindo, quase como se nada estivesse errado naquele lugar e naquela situação. Algumas realmente eram apaixonadas pelo que faziam.

- Somos pagas para amar. Para dar e ter prazer. Isso é muito foda. – uma mulher bem morena disse. Ang pensou em dizer “mas isso tem um preço e um fardo que carregaremos para sempre, mesmo quando deixarmos isso. Isso é, se alguma de nós deixar”, mas desistiu, pois podia soar grosseiro e preconceituoso, e poderia desconstruir toda sua “reputação”.

Britanny chamou todas as meninas para terminarem de se arrumar, porque já era quase hora do show.

 

Angel foi ao camarim, escovou os dentes com uma escova velha, retocou a maquiagem e estava prestes a subir no palco quando de repente, uma ruiva de espartilho rosa a puxou pelo cotovelo, com força.

- Vem aqui, garota. – falou, fazendo com que ela descesse desajeitadamente a escada que dava ao palco.