29. Sing

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Desculpem novamente meu leve delay (de quatro dias, pois é). Na verdade, a partir daqui, os capítulos já estavam prontos, eu só tenho de botar em ordem. Lembram que eu falei sobre ter adicionado várias coisas desde que eu postei essa história no Nyah? Pois é. Eu estou tendo um trabalho danado de ligar o que eu já tinha escrito com o que está acontecendo, mas acho que vai dar certo. (eu sinceramente prefiro escrever do zero do que ficar bolando pontes, mas como eu tenho quase cinquenta páginas escritas, não posso simplesmente abandonar isso). Enfim, boa leitura x

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- Você tem planos para o resto do dia? - Ed perguntou a Ang, depois que Im subiu para terminar algumas encomendas.

- Só à noite. - ela foi sincera. Esperava que ele tivesse entendido, apesar de seu olhar não mostrar nenhum reconhecimento ou preconceito - algo que ela já meio que esperava.

- Se você quiser, pode começar agora, já que quer tanto acabar com essa dívida. - Ed disse, sorrindo ao lembrar do desespero dela.

Ele não sabia o porquê da afobação dela. O desespero de ficar como o próprio pai, e acabar como ele.

- Tudo bem. - Angel assentiu, indo a banca e pegando algumas revistas.

- Parece que você já é a mandachuva por aqui, não é? Veja só. Já sabe até onde estão as revistas. - Ed disse, levantando suas sobrancelhas e cruzando os braços, enquanto abria um sorriso irônico.

- Sua voz é muito bonita. Que tal poupa-la e dar uma mãozinha? - Ang brincou, enquanto estava ainda de costas para ele.

- Você quer trapacear? - Ed perguntou, encostando a parte de trás das pernas no balcão.

- Como é? - ela disse, levantando-se e botando as revistas sobre o balcão.

- Você me ouviu. Eu vendo mais nessa banca do que a própria Rainha Elizabeth tocando gaita em um monociclo. - ele anunciou, e Angel teve de morder o lábio para controlar o riso ao imaginar a cena.

- Quanta modéstia, estou impressionada. - Ang disse. Se ele era tão bom nas vendas como dizia, de repente com ele ali, ajudando-a, seria melhor. Assim, ela poderia se livrar logo da dívida e por o fluxo de revistas em dia.

Em seguida, ambos entraram na banca, e Ed botou todas as revistas que tinham no balcão.

- Pronta para aprender como se faz?

- Você parece ser um daqueles caras que falaram demais, mas não estão com nada. - ela desafiou.

- Isso é o que você vai ver.

Por mais que Angel odiasse admitir, venderam mais revistas do que nunca. Ed fazia brincadeiras com músicas, sobre o que ele achava da personalidade das pessoas que passavam na rua e Ang fazia um beatbox atrapalhado que piorava quando ela ria - o que era muito frequente -, porque sempre que Ed ficava sem nada para rimar, usava a palavra "frango", e Angel gargalhava. Algumas pessoas juntavam-se ao coro quando Ed falava "frango". Eles repetiam a palavra entusiasmadamente. Às vezes, Ed parava de cantar na hora que ia dizer frango, e apontava para o seu novo "coro particular" fazer o trabalho sozinho. Algumas pessoas até filmaram a palhaçada, e Ed pediu o vídeo.

- Vou assistir e me arrepender disso, depois. - ele falou, provocando risos na pequena multidão que se aglomerava ao redor deles. A neve não atrapalhou em nada, e de repente o frio parecia ter sumido pela brincadeira calorosa que reunia algumas pessoas na frente da banca.

The A Team Story (#Wattys2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora