33. Dive right in

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Desculpem a demora, eu disse que seria complicado postar semana passada. Bom, como dia 14 foi um Tatsversário, tive de postar hoje, hahaha ;)

Sobre o capítulo: Angel anda dispersa e as pessoas começam a notar. Uma nova amizade é feita, e um conselho para ajudar (ou não) Ang é dado.

Boa leitura x

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Por mais que tentasse se concentrar em ser sensual, não conseguia parar de pensar em como tinha enganado Ed e basicamente, sua família. Em como pode ter sido são falsa por dinheiro. Logo eles, que haviam sido tão bons com ela.

Seu olhar era vazio e distante, e não conseguia ouvir a música e nem ver as pessoas. Apenas sentia alguns caras botando dinheiro em sua lingerie, mas não se importava com as mãos que iam em lugares que seriam desconfortáveis para qualquer mulher. Estava apenas se movendo involuntariamente, de um lado para o outro, como um robô programado, olhando para o nada.

De repente, sentiu um puxão brusco no seu braço. Uma das meninas estava carregando-a para o camarim, e ela não fazia ideia de quem era.

Seus cabelos eram negros, e sua pele bem bronzeada. Ela usava um pequeno short e um sutiã vermelho bem atraente, que era preenchido por seios fartos que pareciam não ser falsos. Ela estava suada e ofegante, e era um pouco mais velha do que Angel. Ela fez a menina se sentar em uma das cadeiras, e virando-a para si, começou a gritar com ela:

- Escuta aqui, garota, qual seu problema? Você é retardada ou algo assim? Um monte de caras mostrou interesse em você, mas você nem os olhava. Só ficava observando a parede, igual uma psicopata! - e botou as mãos na cintura, se inclinando levemente para perto de Ang.

- Não sei o que me deu hoje, eu... - Angel tentou explicar, sem a encarar nos olhos.

- Qual seu nome? - perguntou, ainda agressiva.

- Traicy.

- Ok, Traicy, eu me chamo Gwen, e todas nós temos problemas nessa merda. Deixa eu te falar uma coisa, e preste bem atenção, porque talvez seja o segredo disso tudo: os homens que estão lá fora não ligam para nossa vida, nossos sentimentos ou o que quer que seja que não envolva nosso corpo, num sentido material. Eles só querem uma trepada boa, e nossa função é não deixar que as merdas da vida atrapalhem nosso desempenho. - ela disse, ainda em um tom alto. Ang não sabia que estava tão óbvio que ela estava com problemas. Jamais imaginaria que uma das meninas a pararia por causa disso.

- Está tão na cara assim? - Angel quis confirmar.

- Garota, está no meio da sua testa. - Gwen riu ironicamente e se sentou ao lado dela. - Vim pra cá muito nova, sei lidar com essas porras. Se eu consegui, você consegue aprender também. - ela respirou fundo e fez um movimento para Ang se aproximar, com a mão. - Vamos lá, me conte.

Angel ponderou se iria contar ou não. Ela não a conhecia, não sabia do que essa Gwen era capaz, mas a julgar pelos conselhos e a maneira com que percebeu que Ang estava afetada, parecia confiável.

- Estou cansada de ser ingênua. Não sei se posso confiar em você. - Angel foi sincera.

- Traicy, pensa: o que de pior pode acontecer se você me contar? Alívio? Lágrimas? Eu não tenho nada a ganhar contando sua história para alguém, e você, nada a perder. Bom, melhor ficar com o telefone na mão para ligar para a polícia em caso de um desses dois acontecer. - Gwen satirizou, e Ang riu um pouco.

Nada que ela pudesse falar, mesmo que Gwen contasse a Nik ou Britanny, poderia arruinar seu "emprego" no bordel. Angel respirou fundo e começou a falar, contando desde o início. Falou da mãe desse rapaz ruivo, que a ajudou. Falou de como o conheceu, por acaso. Como se sentiu quando se reencontraram, e como foi aquele dia... E a noite. Aos poucos, foi se sentindo mais leve.

The A Team Story (#Wattys2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora