5. Very First Time

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Queria pedir desculpas pela demora pra postar, e desejar um feliz ano novo a todos! Espero que gostem desse capítulo. É um marco na vida de Angel, e na história, claro. x

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Antes de sair do bordel, Angel encontrou seu sobretudo pendurado em um cabideiro, junto a diversos outros agasalhos masculinos. Ela pegou-o, afinal, devia estar frio lá fora.

Ang olhou seu reflexo no espelho, era a primeira vez após meses. Ela estava irreconhecível. Estava bonita, provocante e arrebatadora, com a exceção de seu lápis de olho, que estava borrado. Ela ajeitou o excesso, passou rímel e um batom vermelho para finalizar. Ela não se sentia orgulhosa por estar fazendo aquilo. Nem um pouco. Mas era necessário.

Ela respirou fundo, e abriu a porta de saída do bordel. O vento gelado da noite invadiu sua pele, deixando-a arrepiada.

Novamente sozinha, entregue ao mundo. Entregue a sorte. Imogen fora tão boa por ter dado aquela oportunidade para Ang, e era assim que ela iria retribuir... Mas não teria tanto problema, era apenas um dia sem vendas. E além do mais, ela não estava perdendo dinheiro algum, ela iria conseguir em dobro se fizesse tudo certo. No momento, sua maior preocupação era Teddy.

Com quem seu gato havia ficado? Ela não conseguia se lembrar... E não tinha a menor noção de onde ele estava. Sua cabeça começou a latejar. Ela raramente tinha dores de cabeça, apenas sob estresse extremo, ou quando forçava incessantemente sua memória, em busca de alguma lembrança longínqua.

Depois de caminhar um pouco, chegou a um pequeno estacionamento de algum estabelecimento fechado, provavelmente, por causa da hora.

Angel abriu o sobretudo, botou uma perna na frente, mãos na cintura, e meio sem jeito, tentou manter uma expressão confiante. Aos poucos, o casaco fora caindo de seus ombros. Não demorou muito tempo para um carro parar. O homem era ligeiramente velho, mas parecia ter dinheiro. Ang lançou um sorriso atiçador e apoiou os cotovelos na janela da porta do passageiro.

- O que uma gostosa como você faz sozinha desse frio? – uma voz grossa e rouca perguntou.

- Eu presto... Serviços. Está interessado? Se você estiver com frio, não se preocupe, eu posso te esquentar... – ela disse, com a voz mais sedutora que conseguiu arranjar. Era mais fácil o cara a esquentar, porque ela estava praticamente seminua na rua, mas o homem não comentou nada sobre isso, apenas sorriu maliciosamente. Em seguida, fez sinal para que ela entrasse no carro, então Angel o fez.

Após alguns minutos de silêncio, o homem colocou uma das mãos na parte interna da coxa de Angel, que se sentiu meio desconfortável, mas mordeu o lábio para mostrar que estava “gostando”. O cara apertou mais forte, tinha dado certo.

- Qual seu nome, docinho? – ele perguntou.

- Isso realmente interessa? – Angel rebateu.

- Olha, tão novinha, e já com tanta atitude... Eu gosto assim. – o homem falou, começando a subir a mão, chegando à barriga de Ang muito rapidamente. Ele estava sedento, e ela ficou relutante para ver se já havia algum volume nas calças dele. Angel apenas olhava para baixo, para a mão do homem.

- O... O sinal abriu, meu bem. – ela falou, apontando para a sua frente.

O homem se virou e murmurou algo, que ela não tinha conseguido ouvir. Em menos de cinco minutos, o senhor já tinha parado o carro. Ele retirou a mão grossa, mas macia de cima dela, e ela pode notar uma aliança. Ainda em silencio, ele habilidosamente estacionou, foi até a recepção, pegou uma chave, e começou a andar pelo corredor, como se ele conhecesse aquele lugar como a palma de sua mão.

A menina o seguia, um pouco atrás, e observava cada detalhe, encantada: O edifício era enorme e o teto alto, com detalhes em veludo vermelho nas paredes. Pendurado na recepção, um lustre colossal nada discreto, e nas paredes, e pintura impecável, com um padrão que se repetia ao longo do corredor. O cara parou enfrente a uma porta e colocou a chave apressadamente na fechadura, girando-a.

O quarto era muito bonito: Tinha apenas dois abajures, um de cada lado da enorme cama King Size, e uma pequena porta que devia ser o banheiro. Não havia armário, nem nada mais, com a exceção da janela, que era coberta por uma persiana bege, e era um pouco mal iluminado.

Enquanto Angel observava a janela, sem perder tempo, o homem foi agarrá-la. Ele a jogou contra a parede, beijando-a, ardentemente. Suas mãos dançavam por todo o corpo da menina, o que a deixava quente. Ela sentia suas bochechas queimando.

As línguas tinham um ritmo frenético. O homem explorava toda a boca de Angel. Ela afastou os lábios dos dele por um tempo, e foi por trás dele, empurrando-o na cama. Sem saber de onde veio essa atitude, ela mordeu a orelha dele com força, o que o fez gemer alto.

***

Depois de algum tempo, ambos caíram, muito cansados, na cama.

- Você era virgem? Puta que pariu, nunca peguei uma prostituta virgem! – o cara falou, ofegante. Só naquele momento ela percebera que havia gotículas na testa dele. Ele estava suado.

- Sim, eu era. Mas foi bom, não? – Angel disse, virada do lado oposto do homem, na cama. Ela não conseguia encará-lo. Ela tinha uma vergonha que não a permitia sequer olhar as mãos dele. Não agora, que ela ficava se lembrando dos lugares que elas haviam estado. Durante o ato, ela permaneceu segura e confiante, embora não soubesse como. Talvez seu coração acelerado pudesse ser justificado como um momento de excitação, e o homem nunca desconfiaria que ela estava nervosa por sua primeira vez.

                                                      

- Bom? Você está me perguntando se foi bom? Foi a melhor transa que eu já tive! Você é fantástica, quero te pegar mais vezes. Vai me dizer seu nome ou não? – o cara falou, ora rindo ora gritando. Ele parecia realmente satisfeito.

- Traicy. Meu nome é Traicy, e o seu?

- Eu tenho esposa. Chame-me apenas por G. – ele disse. – Boa noite, Traicy. – falou, enlaçando a cintura de Angel com o braço.

Ela queria que ele a soltasse, mas, pelo menos não se sentia mais tão sozinha, mesmo sabendo que ela só estava ali por dinheiro, e ele, por sexo.

Apesar de estar muito cansada, ela não conseguia dormir. Sentia culpa pelo que tinha feito. Ela fora comprada. Seus olhos estavam enchendo d’água. Ela não podia chorar ali, agora. Depois de bancar a “menina má”, ia fraquejar? O estrago estava feito. Tinha de ser forte. Mas não dá para ser forte o tempo todo, afinal de contas.

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Bom, eu estava viajando, e estava literalmente no "meio do mato", não tinha nem sinal de celular, quem dirá internet. Peço desculpas mais uma vez, acho que isso não deve mais acontecer. Estou muito feliz com os 20 votos, e cada vez mais visualizações e novos leitores e seguidores! Sem falar no fato de a fanfic já ser tão recente (pelo menos no wattpad) e já estar no Ranking de Teen Fiction... Só tenho a agradecer! <3

The A Team Story (#Wattys2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora