Voltava para minha casa depressa, com os passos mais rápidos que poderia dar. Lágrimas escoriam pelo meu rosto, que tinha um rubro pelo choro incessante. Avisto aquela casa, maior do que as outras da vila, entro tirando minhas sandálias de modo apressado.
— Mamãe! — a chamo, com a voz atrapalhada.
— O que foi meu amor? — a mesma aparece, quando me viu, colocou um olhar preocupado em sua bela face.
Não respondi, apenas a abracei e deixei as lágrimas terminarem seu percurso. A mais velha me afasta delicadamente, podendo ter uma visão inteira do meu corpo. Seu rosto volta a expressão serena, quando finalmente acha o causador do meu lacrimejar, um arranhão no joelho esquerdo.
Me pega em seu colo, me levando ao quarto onde passava suas noites de sono. Me colocou em sua cama, e logo foi procurar sua caixinha de primeiros socorros. Sem demora, mamãe retorna com a caixa em mãos. Com sua sutileza, prepara um curativo para aquele machucado, causado por uma queda que nem ao menos me lembrava.
— Mamãe, aquela história do Sol e da lua que Hitode me contou é verdade? — a pergunto.
— Sim, é verdade filha — responde, terminando o curativo.
— Então as estrelas realmente são testemunhas do amor deles dois?
— Sim, assim com a gente — fala, guardando o que foi usado dentro da caixinha. Fiz uma cara de desentendida, ela se pós a continuar. — Usamos a respiração da estrela, então também somos testemunhas do amor deles. Por isso, matamos os onis, que querem causar desespero nas noites iluminadas pela lua.
Diz saindo do cômodo, mas antes de sair totalmente do meu campo de visão, vira um pouco a cabeça, voltando a falar. — Matamos aqueles que querem estragar a prova de amor do Sol para a lua.
Depois de algumas horas de viagem, eu e os meninos tínhamos chegado ao vilarejo. Fui procurar uma hospedagem, para descansarmos a exaustão da longa viagem. Eles aguardavam do lado de fora, então logo os encontrei.
— Reservei dois quartos. Desculpe garotos, mas não tinha quartos para cada um, espero que não se importem — falo coçando a nuca.
— Não, de jeito nenhum. Obrigado por ter se dado ao trabalho de reservar um quarto para a gente! — falou Tanjiro, se curvando em agradecimento, que foi acompanhado dos demais.
— É o mínimo, já que vocês estão em minha tutela. Vamos, temos muita coisa pela frente.
Falei entrando no pequeno prédio. Mostrei a direção do quarto deles, entreguei a chave para Genya. Disse para eles organizarem suas coisas e descasarem, que logo teríamos que sair para realizar a missão. Entrei no meu quarto, que ficava ao lado do deles. Aproveitaria esse tempo para rever os pergaminhos, os quais tinham detalhes da função que teríamos.
Fazia alguns minutos, e alguma me incomodava em relação a esse oni. Nos pergaminhos continham relatos de pessoas que o viram. Alguns eram confusos, nada muito concreto. Mas o que me incomodava era que as aparências descritas não batiam. Será mais de um?
Olhei para a única janela daquele quarto. Me levantei de onde estava sentada, indo em direção a ela. Os tons de laranja e amarelo se misturavam, tingindo o céu que até então era azul. Arrumei a papelada, vesti meu kimono, o qual tinha tirado para ficar mais confortável. Andei até o quarto dos meninos, batendo na porta de leve, a abrindo devagar.
— Estão prontos? Partiremos agora — olhei para dentro do cômodo.
Eles estavam devidamente apresentados, com suas vestes de caçadores. Nezuko estava fora de sua caixa, que quando me viu, correu para me abraçar. Os falei que iriamos começar agora a missão, os explicando os detalhes minuciosos da mesma. Saímos da hospedagem, andando pelo vilarejo, que era praticamente uma pequena cidade.
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*The Pilar Of The Star* - 𝒦𝒾𝓂𝑒𝓉𝓈𝓊 𝓃𝓸 𝒴𝒶𝒾𝒷𝒶
FanfictionEm uma época em que os onis ainda dominavam a escuridão das noites. S/n Hoshi é conhecida como a Hashira da Estrela, vindo de uma linhagem de Hashiras, composta apenas por mulheres. Após passar por muito sofrimento em sua vida, se junta com sua prim...