Capítulo 18- Luta

292 42 11
                                    

Isso apenas poderia ser uma alucinação da minha mente, mesmo que eu me concentrasse em repetir isso como um mantra, saberia que nem dos meus piores pensamentos seria capaz de imaginar tamanha loucura.

Mesmo com sua pele transfigurada e os traços característicos de um oni, eu poderia identificar o rosto da minha mãe em qualquer lugar e essa aberração a minha frente era ela. A mulher com rosto harmonioso e gentil agora carregava uma genuína face de assassina. Seus olhos dourados que antes eram repletos de graciosidade, agora levavam consigo uma marca de Lua Superior 4 e sege de sangue.

Mas como isso aconteceu? Tenho absoluta certeza que a vi sem um resquício de vida naquele dia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Mas como isso aconteceu? Tenho absoluta certeza que a vi sem um resquício de vida naquele dia. Mesmo que ela tivesse sobrevivido, apenas o próprio Muzan consegue transformar humanos em onis. A menos que... Oh, foi isso então.

Me lembro que aquele demônio havia dito que recebeu mais sangue de Muzan, então deve ter recaído sobre os ferimentos dela. Deve ter sido algo do tipo, pois é a única explicação plausível para essa situação.

— Essa é sua mãe? — Shinazugawa pergunta um pouco alterado.

— Infelizmente é — digo.

Por mais que eu amasse minha mãe tinha em mente o que precisava fazer. O que fazia uma dor dilacerante percorrer cada parte do meu ser, minhas mãos tremiam entre a empunhadura da minha nichirin. Saber que eu deveria matá-la era de fato assustador.

— Dois caçadores de demônios e um... O que exatamente seria você? — ela analisa Genya, provavelmente se perguntando o que seria o instrumento que ele apontava em sua direção.

— Eu também sou... — antes que o garoto pudesse responder algo passa entre nós.

— Que brinquedinho interessante — ela diz, olhando para o mais novo, vendo a arma de fogo. — Então foi isso que você usou contra mim, essa coisa tem cheiro de glicínia. Devo tomar cuidado.

Com um movimento de suas garras, ela parte o revolver em dois. Tudo isso de uma maneira muita rápida. Apenas vejo ela vir em nossa direção, como se estivesse fazendo pouco caso das nossas habilidades de exterminadores. Para ser mais especifica ela andava na minha direção.

— Sua demônia — escuto Sanemi falar, preparando um ataque contra mamãe.

— Silêncio, depois cuido de você — ela faz um ataque, acertando o ventania com algumas estrelas.

Com passos calmos ela vem até mim. Conforme ela ficava mais perto sentia uma enorme vontade de chorar, derramar todas as lágrimas que guardei durante tantos anos. Mesmo ela estando "viva", nunca senti a dor do luto tão forte como sinto agora.

— Olhe para mim — ela ordena, levantando meu queixo com uma de suas garras.

Eu a encarava no fundo de seus olhos, não via a alma da minha mãe ali. Somente existia um corpo vazio, sem nada que pudesse o preencher. A mulher parecia me analisar, quase como se estivesse lendo meus detalhes. Talvez até mesmo vendo-se uma semelhança existente entre nós duas.

*The Pilar Of The Star* - 𝒦𝒾𝓂𝑒𝓉𝓈𝓊 𝓃𝓸 𝒴𝒶𝒾𝒷𝒶Onde histórias criam vida. Descubra agora