Capítulo 9- Esclarecimento

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(Esse capítulo contém um pequeno spoiler do mangá)

Cruzava aquela floresta escura, nem a luz agradável da lua conseguia adentrar aquele ambiente. As folhas das árvores tampavam qualquer brecha de uma possível iluminação, estava usando minha visão para poder não tropeçar no caminho. Me sentia cansada, acabara de realizar uma missão, somente queria um lugar para dormir e nada melhor que minha casa. 

Me aproximava da minha vila, já poderia ver as pequenas lamparinas acessas. Mas algo estava errado, normalmente meu vilarejo era sempre tão movimentado, não parecia ter nenhuma pessoa nas ruas. Apressei o passo, entrando na vila. 

Meus olhos se arregalaram instantaneamente, via casas destruídas e corpos no chão. Coloquei a mão na boca, aquilo poderia significar apenas uma coisa: um oni havia invadido a vila. Rapidamente me coloquei a procurar qualquer rastro do demônio. 

Após procurar por todo o vilarejo, rondando até as vielas mais escondidas, não tinha achado nada do oni. Porém, havia deixado de procurar em um único lugar, minha casa. Corria tanto que quase tropecei nos meus próprios pés. Nas melhores das hipóteses mamãe ou Hitode poderiam ter o matado ou ele apenas fugiu. 

Cheguei perto da minha moradia, vendo a porta totalmente danificada. Um sentimento percorre cada espaço do meu corpo, enxergava sangue na entrada da minha casa. Entro, notando as servas da minha mãe sem vida, viro o rosto, continuo meu caminho pelos cômodos, achando uma cena traumatizante.

Um oni matando Hitode, ao seu lado o corpo de mamãe lacerado. 

O carrego para dentro do vilarejo, tendo uma calma forçada, não poderia forçar seu corpo, mas ele não poderia perder mais sangue. Shinazugawa era pesado, ele apoiava a maior parte de sua extensão corporal em mim. 

Conseguimos chegar até a casa que estávamos sendo recebidos. Tentando ao máximo não fazer barulho, sendo em vão, pois ganhamos a atenção de homens que trabalhavam para Tosha. Eles ajudaram carregar Shinazugawa até o quarto, o deixando sentando em seu futon. 

— Por favor, tragam água limpa para mim, o mais rápido que puderem — falo em tom de ordem, assim eles saem do quarto. 

Me sentei ao lado do Hashira, pegando seu braço, para ver como seu pulso estava. 

— O que está fazendo? — perguntou baixo. 

— Vendo seu pulso. Está somente um pouco fraco e não fale, não está em condições de fazer isso — respondo normalmente. 

Procuro um remédio anti-inflamatório e faixas para fazer um curativo. Os achando, os homens chegam com a água em uma bacia a deixando perto de mim. Agradeço e eles nos deixam sozinhos. 

Então com cuidado tiro a faixa improvisada que usei, que a essa altura estava ensopada de sangue. Agora vendo com mais clareza, era um corte de aproximadamente uns 7 centímetros, sendo localizado abaixo das costelas, um pouco para o centro de seu abdômen. Não iria conseguir lavar aquele corte sem molhar sua farda, teria que manda-lo a tirar. 

— Tire a parte superior da farda. 

— Quê? — perguntou. 

— Não estou falando para ficar pelado, apenas para facilitar a limpeza do corte e não molhar seu uniforme — falo séria. 

Assim o maior fez, deixando suas costas e abdômen todo a amostra, não tirei meus olhos de seus músculos definidos, notando cada cicatriz existente em seu corpo. Ele notou meu olhar nele, me lançou uma expressão de desentendido, desvio o olhar para outro lugar. 

 

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*The Pilar Of The Star* - 𝒦𝒾𝓂𝑒𝓉𝓈𝓊 𝓃𝓸 𝒴𝒶𝒾𝒷𝒶Onde histórias criam vida. Descubra agora