Ruivinha.

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As 2:37 da madrugada meu celular toca incessantemente.

Procuro ele ainda de olhos fechados quando encontro olho na tela.

Eva.

Quatro ligações perdidas.

Fecho os olhos e quando estou quase cochilando ela me liga novamente.

-Hm?.- pergunto meia grogue.

Eva: -Bella! Ainda bem que atendeu, é a Hazel! Encontrei ela machucada e com cheiro forte de bebida, eu preciso da sua ajuda!.- fala desesperada.

Levanto em um pulo com o celular ainda na mão e procuro uma roupa.

Um blusão e uma calça de moletom, isso vai servir.

-Onde vocês estão?- pergunto ao telefone e me visto rápido.

Ela me passa o endereço e desço correndo.

A sorte é que não era longe, avisto o bar com a grande placa brilhando em néon e vou em rumo a esquina dele.

Meu sangue gela quando vejo a Eva gritando com dois homens, eles atacam ela que apenas protege o corpo da ruiva.

Procuro algo para bater neles e encontro uma barra de metal, não é muito resistente, mas vai ter que servir.

Pego o maior impulso que posso e atinjo as costas de um que cai gemendo de dor.

O outro me olha com raiva e eu apenas me preparo, atinjo sua cara com um soco e ele sorri perverso. Fodeu.

Ele revida com um soco no meu rosto, as coisas saem do eixo por um instante e sinto o gosto de sangue na boca, ele aproveita meu momento de fragilidade e me levanta pelo pescoço, chuto suas partes baixas e ele me solta, se ajoelhando de dor, chuto sua cabeça e ele caí.

Aproveitamos esse momento para correr dali, a Hazel já estava um pouco consciente, ela colocou cada braço ao redor dos nossos ombros e assim "corremos" até que ela apontou para um carro que ela era provavelmente a dona e entramos nele.

Eva dirigiu e eu fiquei atrás cuidando da ruiva.

Toco minha face e pescoço que doem...

O que deveríamos fazer agora?
A hazel voltou ao seu estado inconsciente, e não sabia como prosseguir...

Decidimos levá-la ao hospital, não tínhamos certeza de como ela realmente estava então essa era a opção.

Provavelmente ela teria uma história por trás disso, e seria opção dela procurar a polícia depois disso ou não.

Já no meu caso, não conseguiríamos reconhecer os homens que nos atacaram, estava sem iluminação e foi tudo tão rápido...

Então Eva entrou com ela no hospital e eu fiquei no carro.

O que eu diria para meus tios? Não sou de me meter em confusão, mas foi necessário...

Talvez nem fique marcado, olho no espelho do carro e minha bochecha estava começando a ficar roxa, meu lábio estava cortado e meu pescoço vermelho.

Pqp.

Não iria conseguir ir ao colégio amanhã, ainda bem que não tenho expediente no café.

Me assusto com a porta abrindo e Eva entrando no carro.

Eva:- cuidaram dos ferimentos dela e  estão lhe dando um soro na veia, não entendo muito bem dessas coisas, mas disseram que ela vai ficar bem.- me olha e toca meu rosto.- você tá péssima, foi muito corajosa, desculpa não ter ajudado...- soa um pouco cabisbaixa.

Quero Ela!Onde histórias criam vida. Descubra agora