Almoçamos e Five vai até o quarto trocar de roupa para irmos a cidade, quando ele volta eu suspiro alto.
Five: tá tão ruim assim?
- na verdade eu diria que você tá muito lindo.
A calça xadrez preta não é tão justa e o sobretudo comprido tem um corte que o valoriza muito, tudo em preto, cinza e um pouco de branco.
Five: se você diz eu acredito.
- pode acreditar.
Five: ah eu esqueci de te dar a capa pra vestir por cima do vestido e na cabeça, também tem as luvas.
- mas o vestido já é bem quente.
Five: lá na cidade é bem frio, melhor você vestir pra não pegar um resfriado.
- tá bom.
Ele passa a capa pelas minhas costas arrumando o estranho capuz na minha cabeça.
Five: tão linda. - me sinto corar da cor escarlate do vestido.
Five: me dá suas mãos.
- por que você abre os portais unindo os poderes?
Five: portais exigem muito esforço, você só se teleporta para lugares próximos então não sabe muito bem, mas dá tontura e um pouco de náusea, mas agora eu quero colocar as luvas em você. - ele coloca as luvas macias nas minhas mãos.
- ah, nossa.
Five: é complicado, mas quando unimos os poderes não sentimos nada.
- não mesmo.
Five abre o portal e passamos por ele saindo em um beco na cidade. Five segura meu braço enlaçado ao dele, adentramos as ruas de pedra da cidade onde charretes puxadas por cavalos passam com moças lindas olhando pela abertura da janela, homens conversam sobre negócios nas portas do comércio e crianças brincam com bolas de neve despreocupadas. As árvores estão sem folhas por conta do frio, dando um toque final na beleza das construções bem arquitetadas.
- isso tudo é tão lindo.
Five: é. Eu pensei de passarmos em uma padaria tomar um café, o que acha?
- eu acho que dá boa.
Five: já aviso que o café que eles fazem é simplesmente divino, um dos melhores que já tomei.
- você já tomou?
Five: sim, quando vim comprar as roupas.
- ah sim, achei que você já tinha viajado pra cá antes.
Five: pra ser sincero nunca vim prá cá, só ouvia muito George falar então meio já conhecia sem conhecer, entende?
- entendo. Como conheceu George?
Five: ele foi encarregado de me dar sermões quando a comissão me pegou, mas acabou que viramos amigos e de vez em quando eu fazia algumas visitas a ele, mas ele já estava pra se aposentar aí nunca mais vi ele.
- ele fazia exatamente o que na comissão?
Five: é um assunto delicado, promete que não vai se assustar?
- prometo.
Five: ele era assassino de aluguel, a comissão dava o nome da pessoa e ele matava. - não consigo evitar engasgar com a palavra assassino.
- eu achei que ele fizesse algo normal, tipo contabilidade sei lá, eu achava ele legal.
Five: ele é legal, apenas escolheu uma profissão diferente, não precisa ter medo dele além de que George se arrepende até hoje de ter feito isso.
- também né.
Five: falando em George, eu acho que eu sei de onde é aquela mulher.
- onde?
Five: já conversamos, vamos entrar no café antes.
- ah, já chegamos.
Five: sim. - ele abre a porta e entramos no lugar que cheira a café da manhã.
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Uɴғᴏʀᴇsᴇᴇɴ || Five Hargreeves
Fanfiction"inebriante" assim s/n deve o descrever. Não sabe ao certo sobre o que sente ou se sente, Five a corresponde? O desejo de poder insaciável de uma gestora ardilosa e cruel, até onde ela será capaz de ir para conseguir o que tanto almeja? Seria um amo...