As poeiras que se aproximam tem tons de azul, amarelo, roxo e verde, todas em tons claros, e quando encostam em estrelas de luz própria é possível ver algumas faíscas se soltarem em espécies de mini raios ou, bem, de onde estamos, parecem pequenas e inofensivas.
Five: isso é lindo, mas eu tenho a impressão que está se aproximando de nós.
Olho com mais atenção e realmente as poeiras vêm na nossa direção com uma certa velocidade.
- Five eu pensei em uma coisa agora.
Five: no que?
- nada, deixa.
Em algum lugar no fundo do meu coração diz que talvez Five sempre esteve certo. E se Fago e Hissa foram para a outra nave e nos deixaram ali a sós para morrer? Faz todo sentido a gestora ter nos mandado para esse planeta para morrermos, além de que o sr. Hargreeves também é um alien e pode estar muito bem compactuando com isso. Com esse pensamento me levanto até o centro da nave a procura de alguma cápsula como a que Fago e Hissa usaram para pelo menos Five sobreviver.
Five: o que tá fazendo?
- me deixa.
Five: amor?
Vejo apenas uma cápsula na gaveta onde Hissa havia pegado para ela e Fago, olho para o vidro onde vejo as poeiras e algumas rochas vindo na direção da nave. Tão próximas que já sinto a dor da perda. Instintivamente puxo Five para mais perto o beijando pela última vez, os lábios quentes dele, a língua que passeia pela minha boca me levando a um estado de êxtase extremo. Separo nossos lábios encostando nossas testas e o olhando nos lindos lagos verdes confusos, lágrimas começam a rolar pelo meu rosto, tento segurá-las em vão.
Five: tá tudo bem? Isso parece uma despedida.
- eu te amo meu amor, eu só te amo. - coloco a cápsula nas costas de Five apertando o botão que ativa a proteção.
Five: o que tá fazendo?!
Observo mais uma vez para o vidro onde as rochas já vem mais agressivamente. Sem tempo para conversa, empurro Five para a porta da nave deixando ele na parte de evacuação enquanto o olho fixamente pela separação de vidro. Aperto o botão de abertura e apenas o vejo assustado, caindo no vácuo do universo e indo cada vez mais longe sem conseguir relutar para o que está prestes a acontecer. Nem o Drae mais forte poderia evitar a morte sob essas circunstâncias. Saio de perto da porta e vou em direção a cama olhando as rochas que já estão tão próximas.
Deito na cama chorando e cheirando o lençol que ainda tem resquícios do cheiro de Five, inebriante. Lembranças do que havia acabado de acontecer naquela cama invadem minha mente, pelo menos pude senti-lo uma última vez antes da morte e, lembrando dela, enxugo os olhos e observo as rochas que já inundam as laterais da nave. A poeiras colorida é agressiva e quebra o vidro evacuando o oxigênio existente no local, antes de ter tempo de me mexer uma rocha quebra a frente do vidro me atingindo com precisão. Com a dor de ser esmagada e ter todos os ossos quebrados, respiro pela última vez sentido o sangue se esvaziando e a vida sendo esmagada com tanta força quanto a dor que sinto, sem forças nem esperança para resistir adentro o vazio da morte.
Há apenas as lembranças dos momentos vividos com Five, o amor que ele me fez experimentar, as aventuras nas poucas semanas de namoro me fizeram mais feliz que muitos jamais foram durante uma vida inteira. Se essa foi a minha vida, eu estou feliz por tê-la vivido tão bem e, agora, com a certeza que Five está bem, estou pronta para descobrir o que vem após a morte.
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Uɴғᴏʀᴇsᴇᴇɴ || Five Hargreeves
Fanfiction"inebriante" assim s/n deve o descrever. Não sabe ao certo sobre o que sente ou se sente, Five a corresponde? O desejo de poder insaciável de uma gestora ardilosa e cruel, até onde ela será capaz de ir para conseguir o que tanto almeja? Seria um amo...